Umetsu de volta em novo anime original, com direito, a
character design por suas próprias mãos e um cenário sensacional.
OH, yessss! Essa é a vibe que eu gosto de sentir quando se
trata de Yasuomi Umetsu. Essa ação frenética, esse visual hiper colorido,
personagens femininas com estilo de arte arredondado e o masculino mais
sisudo/sujo; e como um todo, um character design que sabe ser adoravelmente cute
e ao mesmo tempo fora do padrão, por ser, dizem, uma arte “feia”. Verdade que o
valores artísticos com relação à character design aqui estão mais exóticos do que
exuberante no sentido mais clássico da palavra, mas conceitualmente diverso e
com personalidade. Isso vale alguns pontinhos. E também é o que faz ser moe. Juntando
tudo, dá uma mistura com feeling oldschool aliado a tecnologia moderna: o que
resulta em sequências de ação malucas e empolgantes que só o Umetsu consegue
bolar. Que lembra o cinema pipoca estadunidense.
Os CGs vieram para ficar, definitivamente, e é capaz de
chegar o tempo em que serão apenas eles (se
tratando de Japão, porque nos EUA...), e eu já noto os primeiros passos. Mas
enquanto isso, ainda que nem todos saibam usar apropriadamente este recurso,
ele alivia bastante a carga dos animadores, o que resulta em sequências de ação
realmente boas de se olhar, mesmo que o orçamento não seja alto e a staff
modesta. Ou seja, um bom storyboard aliado a um diretor capaz de exprimir o
melhor dele, pode resultar em pérolas. Este papo todo sobre CG é para falar do
3DCG que a série aplica aos monstros artificiais, que wow, cai nos mesmos problemas de Galilei Donna em questão feiura visual. Mas ó, os desenhos 2D estão de orgasmar pelos olhos,
realmente bonitos.
Wizard Barristers fez estreia bastante sólida, o suficiente
para esquecer o nefasto Galilei Donna por alguns minutos e voltar a sonhar que
Umetsu irá manter o nível e resgatar seu velho estilo que o consagrou em A Kite. Raramente quantidade de episódios serve de desculpas para uma história
fracassada, e este primeiro episódio mostra bem isso: são pouco mais de 24
minutos muito bem gastos em apresentar o enredo e fazer com que ele soa
promissor o suficiente para um retorno, caracterizar o mundo, o contexto onde a
nossa heroína está inserida, apresentar o elenco, mostrando o que possuem de
potencial para o enredo e principalmente, o que considero bastante: não sofreu
de ejaculação precoce. A trama iniciada aqui continua. O que não impediu de dar
o pontapé inicial em outros núcleos e começar a entrelaçar a história. Qualquer
enredo seriado necessita de vários núcleos funcionado em sincronia, este também
fora um dos equívocos em Galilei Donna. Salve verdadeiros talentos que
conseguem fazer o que bem entendem e mesmo quebrando regrinhas básicas se saem acima
da média, e por isto são talentos.
Viram que mencionei bastante Galilei Donna, série anterior
também dirigida por Umetsu. Isso porque este episódio se mostrou superior em
todos os aspectos e me deixou motivada para o próximo. Sequências de ação coreografadas
de modo a causar impacto visual e atmosférico e uma trilha sonora que sabe
entrar nos momentos certos. Espero que continue com este folego. Não sei se vou comentar sempre, nem se
seguirei até o fim, porque talvez este mês complique pra mim, mas vou tentar acompanhar
semanalmente aqui no blog.
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A internet ficou molhada ao descobrir que Norio Wakamoto
iria dublar um personagem em Wizard Barristers. Sim, o sapo-mascote-atrevido-pervertido
que sabe o que é bom tirando casquinha da Cecil! Yay! O cara dublou em Cell em
Dragon Ball, o Deu Ex em Mirai Nikki e o caralho a quatro. O velho é clássico e
tem sempre alguém masturbado pra ele em algum canto da internetê, ao menos, é o
que sempre notei. Só nunca entendi o porquê de tanta devoção!
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