segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Comentários: Wizard Barristers #05 – Enxergando Além do Obvio

Hahahaha, este gif já seria o suficiente para resumir o episódio, e ainda é uma sequência final de muito timing, fechando bem e com atmosfera apropriada que me fez gargalhar. Mas vamos lá! 
Uma das coisas mais positivas deste episódio, é mostrar que o roteiro não se esqueceu que por mais prodígio que Cecil seja (motivo este que aparentemente tem uma justificativa de proporções, talvez, descomunais), ela ainda é bastante inexperiente e traz consigo o arroubo tão típico de alguém recém saído da escola e que ainda não tem experiência prática com os meandros do mundo adulto. A característica mais comum nessas situações é a ânsia de resolver os problemas que surgem o mais rápido possível para provar a todos o seu potencial, mas ainda sem a malícia no olhar, não conseguindo enxergar além da superfície.

Eu realmente adorei a bronca que Hotaru dá em Cecil, me senti representada, era tudo o que eu estava pensando naquele momento – por maaaaaais que eu consiga compreender plenamente a Cecil, e aliás, naquela situação e também sendo uma notava, eu não me sentiria irritada e frustrada. Mas sabe o que consegue ser igualmente bom? As reações da Cecil após a encoxada da Hotaru. Novamente o roteiro acerta e não cai no erro de fazer com que Cecil abaixe a cabeça e se arrependa da sua atitude hostil com o seu parceiro. Claro, ela sente, sabe que há verdades nas palavras de Hotaru, e quando lhe perguntam se o quer fora do caso, ela abre a boca, mas não consegue dizer. É um misto de pena e insegurança, e uma paradoxal segurança em suas capacidades.

Para ela, ele é um peso morto, já que não consegue compreender seu modo tão despreocupado. E ver essa falta de sincronia entre os dois foi algo divertido. Dessincronia substanciada não só por questão de experiência, mas pela ampla diferença de idade entre eles. Kamakiri, que também atende como Kiri-jii (Chafurin) é um velho já com seus 86 anos, seu modo de operar e ver as coisas é completamente diferente de qualquer um abaixo dos 50 anos. Imagine com uma garota de 17 como parceira... 
É natural as reações de Cecil, afinal, qual a diferença entre um novato promissor dotado de técnica e um veterano bom e experiente no que faz? Por mais que o novato possa vir a ser melhor, ele ainda é inexperiente. Logo, a resposta é: ele pode ver o que você não consegue. E por você não conseguir enxergar, não vai entender e muito menos compreender o extinto básico que qualquer profissional observador adquire em sua área.

Mas eu gosto da teimosia da Cecil neste episódio. Se no anterior a direção (roteiro, storyboard, diretor) não consegue desenvolvê-la tão bem quanto DEVERIA, neste encontra-se o equilíbrio ideal entre respeitar a personalidade e idade da personagem, como também extrair um agradável conflito num caso previsível. O episódio acerta ao tirar a atenção do caso e focar nos personagens e em como eles reagem a cada ação. 
E bom, eu gosto bastante das tomadas externas do anime. Gosto desse cenário colorido e a composição entre 2D e CG é boa e não machuca os olhos. Mas estou sentindo falta de correria desenfreada e o extremo desrespeito pela física em cada frame de ação de Wizard Barristers, tão típico do Umetsu. Vamos, não se intimidade, deixe esse drink flamejante, garçom! 

Avaliação: ★ ★  ★ ★
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Aperte as mãos de suas adoráveis ídolos~ huehuehue imagino que esse tipo de fila seja bastante comum no Japão, mas pobre dos velhos, sempre carregando o estigma de safados e pervertidos. Só reparar no caso Woody Allen, como as pessoas sempre complementam a hostilidade com "velho nojento", "velho [coloque aqui uma ofensa]. No caso, velho já é parte do xingamento, se pensarmos bem, é quase um "gordo nojento" e outros preconceitos. Hahah apenas refletindo um pouco, porque também as vezes caio muito nisso e caio no erro de achar que todo velho é automaticamente suspeito.
Durarará fazia muito isso. Enquanto muitos animes tendem a deixar personagens de fundo em movimentos estáticos alguns usam efeitos estilizados como alternativa (Mawaru Penguindrum feelings), há outros que usam camadas, onde alguns esparsos personagens se movimentam na primeira dando a falsa impressão de que tudo ao fundo está fluindo, quando na verdade há uma segunda e volumosa camada inerte. Bons mesmo eram os movimentos dos personagens de fundo de Uchouten Kazoku.
Por mais rodado que o Kiri-jii seja, trabalhar com ele deve ser.... complicado... XD

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