Algo me diz que essa expressão da Cecil é algo próximo à minha expressão nesse momento.
Assim como ocorreu em Galilei Donna, Yasuomi Umetsu encerra
mais um anime recorrendo à velha formula do tribunal, e se vocês assistiram
este outro anime, certamente já esperavam que seria algo viajado e sem qualquer
apego à realidade, não é? Neeee? Me digam que sim! Hehuehehehue – Bom, mas
mesmo Galilei Donna consegue ser menos incoerente que Wizard Barristers em seu
episódio final (o buraco de Galidon é
mais embaixo... ou encima), ao
não se focar em questões legais, se aproveitando apenas de uma sala com juiz, repórteres
e publico: verdade seja dita, nem mesmo o juiz tinha qualquer poder ali, o
palco era dos personagens. Wizard Barristers vai além, afinal, o enredo gira em
torno de aplicações de leis e códigos judiciais, o que afeta de modo mais grave
a construção do seu mundo. Claro, não é necessário seguir a realidade, ele
poderia criar suas próprias leis, como o fez. Mas é subestimar demais a
inteligência de quem está assistindo, ações lamentáveis como o promotor
convencendo facilmente o juiz de que o cara que estava no centro de todo o
desastre no episódio anterior e com uma acusação tão grave, não precisaria
responder à maioria de seus crimes como uma forma de apressar o julgamento.
Mais incrível ainda é a facilidade com que o juiz acata o pedido. Oi?
Não é preciso ser altamente antenado pra saber que pessoas
de alto calão são beneficiadas por diversas brechas na lei, mas não da forma simplória
como foi ilustrado. Isso porque vou me abster de pormenores, como Shizumu se
transformando num herói de uma hora pra outra ou como em uma história que lida
com leis e crimes, resolve ignorar completamente qualquer tipo de evidência
factual da responsabilidade do pai de Shizumu. A ingenuidade de Cecil em
acreditar prontamente em um cara que lhe fez tudo aquilo, sem se certificar de
um plano B, trai completamente a proposta na qual a personagem foi apresentada,
e vê-la quase chorando ao notar que foi enganada é lamentável. Como comentado
no post do Moesuks: “UGUUUUUUUU, mas você p-prometeu”.
Sua performance como uma Benmashi não convence e evidencia
não apenas o estado estagnado em que a personagem vinha, como também seu
retrocesso. Este episódio em si, é um resumo esplêndido do que foi Wizard
Barristers: uma história inconsistente em todas as esferas e com um
péééééééééssimo roteiro, que apesar do geralmente bom timing pra ação, se perde
num emaranhado de tramas que não levam satisfatoriamente a lugar algum,
praticamente um coito interrompido. Moyoyon, o crescimento de Cecil, a seita
maligna, aqueles mascotes horrorosos, o universo da série, os diálogos, e os
fanservices quase sempre fora do timing? Tudo tão subdesenvolvido e com um desfecho
intimamente relacionado a todos os episódios, que olhando para trás não consigo
pensar em Wizard Barristers como uma experiência minimamente agradável – o que
é um feito, afinal, sempre tive para mim que a série nunca seria mais do que
algo mediano, no entanto, ainda curtia alguns elementos da narrativa, me
surpreendi com sua queda de qualidade em nível alarmante. Não costumo me
arrepender de assistir certos animes, já que é sempre um risco calculado e normalmente
conseguem me divertir em algum grau ou acrescentar algo à minha experiência (pow, não me arrependo nem de ter visto
School Days), mas sinceramente me arrependo de ter perdido tempo com Wizard
Barristers.
Guarde em seus corações o episódio 11, certamente é uma das melhores
demonstrações de má qualidade de um roteiro, desenvolvimento de história e
direção: o combo completo. Se eu ministrasse cursos de animes, pode apostar que eu usaria este como
exemplo de más decisões criativas. Merece meu top Flop 2014, será que algum
outro vai superar?
Minha reação final:
Minha reação final:
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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LOOOOOOOOOL, amei essa calcinha da Moyoyon. É sexy, sem soar brega. E também, ninguém merece essa calcinhas listradinhas ou com ursinhos que as personagens usam nesses animes.
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