E novamente, a humanidade se vê às voltas com nossos colegas cósmicos.
Muitas coisas importantes acontecendo e revelações
inesperadas (e acho que ainda terão mais
no último episódio). Para alguns, anticlimático. Para outros, empolgante. A
construção do mangá é mais gradual e sem a necessidade de omitir certas
informações para construir suspense, como uma importante revelação que ainda
não ocorreu. Mesmo o não dito é fácil de pegar no ar. Claro que este aspecto
caiu bem no anime que escolheu um bom ponto para terminar, embora a entrada dos Hexenjagd acabe sendo prejudicada por
não terem tempo para mostrar a que vieram. Se nem mesmo a valquíria Mako conseguirá mostrar seu potencial (reduzido à lagrimas e paixão)...
Ainda assim, prestando atenção ao andamento do enredo é
possível perceber que as peças se encaixam, como a Kotori, que não era
conhecida de nenhuma garota do harém do Murakami, nem mesmo por Hatsuna. Uma
origem tão enigmática que fez com que todos desconfiassem de suas reais
intenções, o que se provou ser falso, mas sem desvendar seu passado ou mal
entendidos. Como diz a velha máxima, em ficção tudo tem um motivo, mesmo que
este motivo seja algo irrelevante para o enredo [mas talvez importante para a
identidade visual; como por exemplo, uma folha caindo de uma arvore enquanto
dois personagens dormem embaixo dela].
Outra personagem que continua misteriosa é Kana. Sabemos que
ela oculta algum segredo de Neko por isto ter ficado em evidência quando ela e
Kazumi se [re] encontraram. Se o series composition (composição de roteiro) for alguém atento à estrutura narrativa,
não deixará que este detalhe passe batido pelo roteirista do próximo e último
episódio. Uma vez que isto não sirva como elemento para uma possível sequência,
é esperado que todos os conflitos iniciados numa obra, se concluam no seu
termino. E de fato, Kana ficou sozinha com os detritos do corpo de Hatsuna, que
de repente começou a ejetar algo de seu Harnest. O que acontecerá a seguir?
Será relevante? Mas é provavelmente Kotori que desperta mais ansiedade. Uma
pena que mesmo com todos os esforços, não será ai que todas as pontas irão levar
a um desfecho satisfatório.
Por enquanto me agrada a forma como Lynn Okamoto tem
desenvolvido essa premissa de seres humanos ambiciosos tentando alcançar um
novo status utilizando um método (o
único possível) tão perigoso quanto à manutenção das sementes drasil. Isto
nos leva à questão moral da premissa, que aqui me parece mais ambígua do foi em
Elfen Lied. É certo manter as bruxas vivas, ainda que elas não tenham culpa de
nada do que se tornaram, representando um perigo em potencial para toda a
humanidade? O interessante seria não haver nenhuma forma de reverter o
processo, como ocorreu com a descoberta do antivírus diclonius em Elfen Lied,
mas...
Minha reação ao episódio
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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