domingo, 26 de outubro de 2014

Comentários: Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works #03 – The First Battle

[A Primeira Batalha] a gente nunca esquece. Para o Shirou, é o inicio de uma longa jornada como mestre.
O grande destaque deste episódio é sem dúvidas a grandiosidade da luta entre Seibah e Basakah, na mobilidade fluida de seus movimentos e no nível de detalhismo, fazendo com que o confronto entre Golias e o David seja um verdadeiro deleite para os olhos. As capacidades acrobáticas de Berseker o fazem soar como se fosse uma bailarina delicada e o modo como Saber se emparelha em habilidades e a suavidade com que ela gira; cai ou pula tornaram este episódio espetáculo e reduziram os outros personagens a coadjuvantes – se me perguntassem o porquê da Saber ter tantos fãs que a amam este episódio seria um bom exemplo, há algo de fascinante na graciosidade com quê ela enfrenta uma besta selvagem e, claro, suas habilidades de cavaleiro se tornam muito evidente quando ela é obrigada a enfrentar algo que é muito maior e mais forte que ela, pois é pela habilidade mais do que pela força que ela se impõe (não obstante, os códigos de conduta nobres e a aparência franzina cumprem seu papel de instigar o torcedor no interior de cada um).
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Mas eu penso que gostaria de ter visto mais um pouco do temor brutal que Berserker é capaz de causar, como se fosse uma força... uma força buta irracional e instransponível da natureza. O tipo de postura que realmente causa temor. Aqui, no entanto, as coisas se mostram mais equilibradas em favor da Saber do que contra (equilibrar o embate dos servos também se mostrou presente entre Archer e Saber), já que mesmo ele sendo evidentemente mais forte, Saber consegue manter um combate igual.

Não estavam mentido quando disseram que haveria grandes atualizações na obra, e eu vi com bons olhos o novo olhar do seu criador para com a reinterpretação da sua obra em 2014. A atitude extremamente romântica com quê Shirou salta para proteger Saber na obra original sempre o fez parecer um estupido, entre outras atitudes que insinuavam que o garoto não era muito inteligente; embora isso tire um pouco da complexidade que sempre caracterizou o Shirou, afinal, se ele morre, de nada adiantaria o ímpeto de salvar a Saber, no entanto, esta atitude revelava sua característica mais inebriante que é a do auto sacrifício (um dos pontos de criticas de Saber e Rin à ele) para salvar qualquer alguém – mas principalmente sua imaturidade como mestre que demonstra tanto sua incapacidade de reagir racionalmente quanto a força necessária que ele ainda possui.
Mas suponho que em toda mudança há perdas e ganho. Por exemplo, neste novo caminho os tremeliques nas pernas do Shirou e sua desorientação que o fazem se sentir um completo inútil tornam suas emoções algo bastante pungente, é desta forma que ele se vê mais humano ao tremer diante a força bruta descomunal de Berserker e não ter nenhum papel relevante como mestre neste primeiro confronto. Aliás, eu falava ali atrás que o confronto entre Saber e Berserker reduzira os outros personagens a coadjuvantes, mas isto não quer dizer que tenha reduzido seus brilhos. O mapa estratégico no layout do cenário de batalha se mostrou fantástico com três núcleos distintos que ao invés de apenas assistirem e narrarem a luta, se envolvem em seus próprios conflitos. É um exemplo factual de como uma obra audiovisual deve ter uma estrutura de narrativa distinta à de uma mídia escrita – se trata de um consenso obvio que muitas adaptações preguiçosas não [querem ou] conseguem fugir.

O enfrentamento de Rin e a princesinha diabólica Illya torna clara a diferença de nível entre as duas (há um motivo, sempre há um motivo para tudo aqui, felizmente), e Rin tendo que correr e numa posição de desvantagem não apenas se torna um bom cartão de apresentação para mostrar que a Guerra do Graal, mesmo que não estejamos numa obra como Fate/Zero que tem nos diálogos seus aspectos mais positivos, é uma guerra que ainda exige raciocínio estratégico e o saber mexer bem cada peça. Ou seja, não exatamente o mais forte, mas quem soube utilizar melhor suas habilidades e encaixar as melhores jogadas. O diálogo entre Kirei e Gilgostoso dá um vislumbre de como manipular esta Guerra a seu favor, saber esperar e deixar algumas peças se movimentarem na frente também é estratégico. E, as nossas crianças Rin e Shirou ainda terão muito o que aprender com uma raposa felpuda como Kirei, que tem acima de todos os jovens e inexperientes mestres, experiência de combate e a malicia necessária que Shirou e Rin não possuem por serem herói e heroína puros na definição mais clássica da palavra, ao contrário de um anti-heroi como Kiritsugu.

Assim, o estúdio ufotable extrai e traduz com eficiência para uma nova mídia o melhor do melhor de UBW, suas batalhas intensas e extensas são um cardápio apetitoso e espera-se que fiquem ainda mais enérgicas e pulsantes à medida que o enredo ganha forma. Como viram, sou toda elogios, mas ainda assim cabe observações. Noto que há duas divisões visíveis quanto a este episódio: os fãs da produtora Type-Moon (criadora original de FSN) que gostam das reminiscências da ost de combate à outra obra da empresa e os de Fate/Zero que curtem os remixes. Apesar de inicialmente os remixes não me incomodarem, sempre os achei fora do lugar aqui em UBW. E esta é a questão: a OST de UBW até aqui não mostrou uma identidade própria ou que eleve a atmosfera. Os temas de Zero, por mais que sejam bons, fazem parte de um outro contexto, e as de combate não soam particularmente ambiciosas e a altura do que se vê ao fundo ou em outros casos soam um tanto genericamente esquecíveis. Pensando por essa ótica, teria sido mais proveitoso reutilizar os temas originais de UBW, ao menos se faria justiça plena a cada cena. Não que estejam ruins, mas quando você vê algo bom num obra, seu nível de exigência naturalmente se eleva (espero que contratem a Kajiura para compor a trilha sonora de Heavens Feel; suas composições se encaixam bem naquela premissa). E você, tem alguma queixa quanto ao episódio? 

Avaliação: ★ ★ ★ ★
Roteiro: Tatsuki Ichinose, Kazuharu Sato
Diretor Auxiliar: Kei Tsunematsu
Storyboard: Takahiro Miura
Diretor de Animação: Tomonori Sudou
Diretor: Takahiro Miura
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-Estou simplesmente AMAAAAAAAAAAAAAAAAAANDO esses pequenos toques sutis e fizeram novamente; repara na expressão da Saber ao ouvir o sobrenome de família da IIlya. Meu coração está batendo HARD. Oh, Irisssssss MY DESIRE!!!
-"mestre, eu ate agradeço por tudo que fez por mim mas poderia soltar a porra da minha mão agora? obg" OKSDPAODKAPDKAPDOAKDPOAOKDASD AAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUU EU URREI TANTO OKADPAKPDAOKDAKDADKAODKA SEEEEEEEEEEEEEEEEEIBAAAAAAAAAAAAAA <3
-GARcher mostrando suas presas ferinas ao ver que errou a flecha que deveria ter atingido o Shirou. HHAHAHAHA. Bem, aqui inicia a rivalidade, mas vou sentir falta do Shirou aovoando como um cão bravo na garganta do Archer por ele quase ter atingido a Saber. AH GENT, ESSE ARCHER É MUITO COMIVEL, NÃO É? PODE CONFESSAR