[A Primeira Batalha] a gente nunca esquece. Para o Shirou, é o inicio de uma longa jornada como mestre.
O grande destaque deste episódio é sem dúvidas a grandiosidade
da luta entre Seibah e Basakah, na mobilidade fluida de seus movimentos e no
nível de detalhismo, fazendo com que o confronto entre Golias e o David seja
um verdadeiro deleite para os olhos. As capacidades acrobáticas de Berseker o
fazem soar como se fosse uma bailarina delicada e o modo como Saber se
emparelha em habilidades e a suavidade com que ela gira; cai ou pula tornaram
este episódio espetáculo e reduziram os outros personagens a coadjuvantes – se me
perguntassem o porquê da Saber ter tantos fãs que a amam este episódio seria um
bom exemplo, há algo de fascinante na graciosidade com quê ela enfrenta uma
besta selvagem e, claro, suas habilidades de cavaleiro se tornam muito evidente
quando ela é obrigada a enfrentar algo que é muito maior e mais forte que ela,
pois é pela habilidade mais do que pela força que ela se impõe (não obstante, os códigos de conduta nobres
e a aparência franzina cumprem seu papel de instigar o torcedor no interior de
cada um).
Mas eu penso que gostaria de ter visto mais um pouco do
temor brutal que Berserker é capaz de causar, como se fosse uma força... uma
força buta irracional e instransponível da natureza. O tipo de postura que
realmente causa temor. Aqui, no entanto, as coisas se mostram mais equilibradas
em favor da Saber do que contra (equilibrar
o embate dos servos também se mostrou presente entre Archer e Saber), já
que mesmo ele sendo evidentemente mais forte, Saber consegue manter um combate
igual.
Não estavam mentido quando disseram que haveria grandes
atualizações na obra, e eu vi com bons olhos o novo olhar do seu criador para
com a reinterpretação da sua obra em 2014. A atitude extremamente romântica com
quê Shirou salta para proteger Saber na obra original sempre o fez parecer um
estupido, entre outras atitudes que insinuavam que o garoto não era muito
inteligente; embora isso tire um pouco da complexidade que sempre caracterizou
o Shirou, afinal, se ele morre, de nada adiantaria o ímpeto de salvar a Saber,
no entanto, esta atitude revelava sua característica mais inebriante que é a do
auto sacrifício (um dos pontos de
criticas de Saber e Rin à ele) para salvar qualquer alguém – mas principalmente
sua imaturidade como mestre que demonstra tanto sua incapacidade de reagir racionalmente
quanto a força necessária que ele ainda possui.
Mas suponho que em toda mudança há perdas e ganho. Por
exemplo, neste novo caminho os tremeliques nas pernas do Shirou e sua
desorientação que o fazem se sentir um completo inútil tornam suas emoções algo
bastante pungente, é desta forma que ele se vê mais humano ao tremer diante a
força bruta descomunal de Berserker e não ter nenhum papel relevante como
mestre neste primeiro confronto. Aliás, eu falava ali atrás que o confronto
entre Saber e Berserker reduzira os outros personagens a coadjuvantes, mas isto
não quer dizer que tenha reduzido seus brilhos. O mapa estratégico no layout do
cenário de batalha se mostrou fantástico com três núcleos distintos que ao
invés de apenas assistirem e narrarem a luta, se envolvem em seus próprios
conflitos. É um exemplo factual de como uma obra audiovisual deve ter uma
estrutura de narrativa distinta à de uma mídia escrita – se trata de um
consenso obvio que muitas adaptações preguiçosas não [querem ou] conseguem
fugir.
O enfrentamento de Rin e a princesinha diabólica Illya torna
clara a diferença de nível entre as duas (há
um motivo, sempre há um motivo para tudo aqui, felizmente), e Rin tendo que
correr e numa posição de desvantagem não apenas se torna um bom cartão de
apresentação para mostrar que a Guerra do Graal, mesmo que não estejamos numa
obra como Fate/Zero que tem nos diálogos seus aspectos mais positivos, é uma
guerra que ainda exige raciocínio estratégico e o saber mexer bem cada peça. Ou
seja, não exatamente o mais forte, mas quem soube utilizar melhor suas
habilidades e encaixar as melhores jogadas. O diálogo entre Kirei e Gilgostoso
dá um vislumbre de como manipular esta Guerra a seu favor, saber esperar e
deixar algumas peças se movimentarem na frente também é estratégico. E, as
nossas crianças Rin e Shirou ainda terão muito o que aprender com uma raposa
felpuda como Kirei, que tem acima de todos os jovens e inexperientes mestres, experiência
de combate e a malicia necessária que Shirou e Rin não possuem por serem herói
e heroína puros na definição mais clássica da palavra, ao contrário de um
anti-heroi como Kiritsugu.
Assim, o estúdio ufotable extrai e traduz com eficiência
para uma nova mídia o melhor do melhor de UBW, suas batalhas intensas e
extensas são um cardápio apetitoso e espera-se que fiquem ainda mais enérgicas e
pulsantes à medida que o enredo ganha forma. Como viram, sou toda elogios, mas
ainda assim cabe observações. Noto que há duas divisões visíveis quanto a este
episódio: os fãs da produtora Type-Moon (criadora
original de FSN) que gostam das reminiscências da ost de combate à outra
obra da empresa e os de Fate/Zero que curtem os remixes. Apesar de inicialmente
os remixes não me incomodarem, sempre os achei fora do lugar aqui em UBW. E
esta é a questão: a OST de UBW até aqui não mostrou uma identidade própria ou
que eleve a atmosfera. Os temas de Zero, por mais que sejam bons, fazem parte
de um outro contexto, e as de combate não soam particularmente ambiciosas e a
altura do que se vê ao fundo ou em outros casos soam um tanto genericamente esquecíveis.
Pensando por essa ótica, teria sido mais proveitoso reutilizar os temas
originais de UBW, ao menos se faria justiça plena a cada cena. Não que estejam
ruins, mas quando você vê algo bom num obra, seu nível de exigência
naturalmente se eleva (espero que
contratem a Kajiura para compor a trilha sonora de Heavens Feel; suas
composições se encaixam bem naquela premissa). E você, tem alguma queixa
quanto ao episódio?
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
Roteiro: Tatsuki Ichinose, Kazuharu Sato
Diretor Auxiliar: Kei Tsunematsu
Storyboard: Takahiro Miura
Diretor de Animação: Tomonori Sudou
Diretor: Takahiro Miura
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-Estou simplesmente AMAAAAAAAAAAAAAAAAAANDO esses pequenos toques sutis e fizeram novamente; repara na expressão da Saber ao ouvir o sobrenome de família da IIlya. Meu coração está batendo HARD. Oh, Irisssssss MY DESIRE!!!
-"mestre, eu ate agradeço por tudo que fez por mim mas poderia soltar a porra da minha mão agora? obg" OKSDPAODKAPDKAPDOAKDPOAOKDASD AAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUU EU URREI TANTO OKADPAKPDAOKDAKDADKAODKA SEEEEEEEEEEEEEEEEEIBAAAAAAAAAAAAAA <3
-GARcher mostrando suas presas ferinas ao ver que errou a flecha que deveria ter atingido o Shirou. HHAHAHAHA. Bem, aqui inicia a rivalidade, mas vou sentir falta do Shirou aovoando como um cão bravo na garganta do Archer por ele quase ter atingido a Saber. AH GENT, ESSE ARCHER É MUITO COMIVEL, NÃO É? PODE CONFESSAR