terça-feira, 11 de novembro de 2014

Aldnoah Zero de A a Z

Desde que eu vi como era realmente o Ei Aoki, alguma coisa mudou em mim... ele parece tão... bebê. 
Enquanto assistia o especial de Aldnoah Zero, inconscientemente tracei um paralelo entre a facilidade de se obter informações hoje em relação aos relatos que leio sobre o parto que era ter acesso a informações em relação a mídias japonesas nos anos de 1990 (imagina antes então, quando o mundo desconhecia a existência do conceito de “anime”, antes de Akira tomar o ocidente colossalmente). Atualmente nós temos realmente muita facilidade e mais informações do que possamos consumir a um clique – tais como making-off de produções de animes, jogados no youtube. Mas creio que bastidores da indústria ou de produções sejam algo que não atraia a maioria dos fãs, ainda mais se pensarmos que este fenômeno acontece até mesmo na gigante fanbase de cinema, onde geralmente quem procura saber mais além do tempo de duração são os chamados cinéfilos e isso me lembra de quando alugava DVD adorava os extras mas meu pai sempre os ignorava – oh bem, e não é isto que significa ser nerd? Essencialmente, nerd é aquela criatura virjona (de espirito ou de corpo, tanto faz, não é o sex que irá tirar sua áurea virjona!) que não se contenta com a superfície, sente na necessidade de mergulhar fundo.
Aldnoah Zero Episode 0 - COUNT TO A/Z é um especial com detalhes de bastires da produção da primeira parte do anime, com entrevistas com o diretor Ei Aoki, os dubladores Natsuki Hanae (Inaho), Kensho Ono (Slaine) e Sora Amamiya (Asseylum), e o responsável pela trilha sonora Hiroyuki Sawano. É de certo um extra bastante interessante para fãs da obra, e deve ser visto para se entenda melhor esse alienígena universo das animações. Mas para quem já observa de perto, o que Aoki tem a dizer não é diferente de tudo o que você já deve ter lido por ai, e particularmente costumo não gostar de entrevistas com dubladores por terem pouco a acrescentar e serem religiosamente políticos (antes mesmo de ver, você já tem ideia do que eles vão dizer) – no entanto, o depoimento de Hiroyuki Sawano é de veras interessante e confirma-se o que todos já sabiam: sua referência em termos de composição são os blockbusters de ação hollywoodianos. E o fato de Aoki ter dado plena liberdade para ele compor, sem especificar detalhes (Sawano comenta a certa altura que tentou captar o que o diretor queria), talvez seja o responsável por criar uma certa discrepância algumas vezes em temos audiovisuais, em que o impacto da música não era plenamente seguido pelo storyboard – embora seus temas tornem estas cenas melhores do que elas realmente são. Neste caso, uma direção que goste de ter total controle sobre a criação, consegue atingir uma melhor harmonia (claro, estamos falando de obras originais, adaptações há toda uma base para se apoiar. A não ser que o produtor e o diretor queiram criar uma adaptação livre e autoral). Enfim, nada muito profundo, mas ainda assim pode ser uma experiência curiosa, são apenas 23 minutos.

Você pode assistir em português no Crunchyroll BR, mesmo que não seja assinante (acho).

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