[A Concepção do Oráculo] quando cai o pano do sistema Sibila.
E pelo segundo episódio consecutivo Psycho-Pass 2 surpreende
todo mundo e passa a rasteira sem dó. Ou seja, o que se critica ontem como furo
de roteiro, neste episódio se torna um plottwist enlouquecedor e RAWWWRR. Com
isso, podemos chegar às seguintes conclusões: como já era obvio, essa temporada
segue muito mais à risca a narrativa de mistério detetivesco e, portanto, a
exata compreensão de todo o enredo só virá ao fim. Tudo o mais são criticas
parciais. E muitas das minhas se enquadram nisto, inclusive. Toda a premissa
estava envolta em uma única chave, e parte desta chave veio à luz neste
episódio. Como já era de se suspeitar, há relações intrínsecas entre Sibila e
Tougane – e MAIS, estreitamente conectadas com as ações de Kamui. O que me
surpreendeu de fato, e eu não vi NINGUÉM levantando essa peteca, é em relação
ao Sibila. O usuário assintomático da Kasei claramente parecia ser outro, e de
fato era outro cérebro usando e se comunicando com Tougae, porém, quem poderia
dizer que o controle do Sibila foi TOMADO? PUTAQUEMEPARIU!!!! Quando a gente
comentava sobre desfragmentar a existência do Sibila do por dentro, jamais
imaginei esta possibilidade, MÃS...
... Faz todo o sentido com a premissa de “as aparências
enganam”, duplos, invisibilidade e “O fato de que algo é falso não nega a sua
existência”, ao qual corresponde à charadinha dos primeiros episódios; “qual é
a sua cor?, qual é a cor do Sibila?”.
WAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH MANO,
QUE INTENSO.
Vou dizer novamente: até aqui estou batendo palmas para o
filho da mãe do Tow Ubukata, o cara realmente bolou uma premissa fincada nos cânones
do Sci-Fi e estou me divertindo pacas com isto tudo. Toda a progressão que
levou Kamui a se tornar invisível perante uma sociedade que monitoriza o psicológico
das pessoas por scanners [e então, obviamente, uma tecnologia capaz de ser
fraudada por anomalias, esta que é em si a razão de existência do cyberpunk:
questionar a tecnologia e denunciar a usurpação dos valores humanos em prol do
avanço futurístico] até a substituição de pessoas integralmente, além da
própria tecnologia estar sendo usada contra a fundação tecnologica de Sibil:
hologramas sendo falsificados, o sistema sofrendo uma invasão por dentro, jogos
manipulados remotamente, pessoas com alto coeficiente passando batido pelas
Dominators, transplantes de órgãos, e o que é uma das coisas irônicas, a
limpeza de CC por medicamentos [mas não medicamentos puros, mas de alguma forma
forjados por Kamui]. Ou seja: muitas das coisas que não compreendíamos, como a
fragilidade interna do sistema e a ambiguidade do próprio Sibila em não tomar
uma postura contra Kamui, enfim se tornam justificáveis.
Na primeira temporada o roteiro discutiu a tecnologia pela
ótica existencial, em casos como a Deficiencia de Eutress, as singularidades
como Makishima e Akane entre outros, a natureza dos ciborgues em que já se dava
a deixa através da discussão acerca da possibilidade de no futuro todas as
pessoas viverem em corpos descartáveis, postergando a mortalidade, ou
simplesmente fazendo um contraste entre a sociedade atual através da nostálgica
paixão pela cultura e itens da sociedade antiga. Ao passo, que a segunda
temporada não possui um roteiro episódico com diálogos tão ricos quanto a
primeira, mas que são competentes em explorar o argumento de Ubukata, que se
aprofunda na questão da tecnologia naquele mundo. E ondem ficam as questões
humanas? Eu diria que elas continuam ali, implícitas. Afinal, como não
compreender todos os temores e intransigência de Mika, quando se evidência que
fora os justiceiros, praticamente ninguém vê as ações de Akane com bons olhos –
enquanto Gino repete irritantemente para Akane se controlar, e por irritante,
me refiro à nossa percepção externa. Devemos nos lembrar que a percepção dos
personagens é outra. Akane não é assintomática, no entanto ela é sim uma
singularidade.
Akane, Makishima, Kirito, todos são distintos entre si, mas
são singulares, perfeitos exemplos de como é impossível exigir a perfeição de
um medidor tecnológico, que ironicamente é perfeito, mas incapaz de captar todas
as nuances humanas. Então sim, há a questão humana, pois está intrínseco na
própria temática abordada, mas o plot é muito mais forte dessa vez. Enfim, vi
algumas reações contrárias ao argumento de implantação de 134 órgãos e outros
tantos cérebros em Kirito, realmente olhando ceticamente soa absurdo, mas essa
é outra questão muito presente em Sci-Fis hard – e eu vejo isso com bons olhos,
como o fato do Kirito usar o globo ocular da Shisui para que a Dominator
pudesse identifica-lo, são questões da ficção especulativa que a grande maioria
dos Sci-Fis que se passam num futuro abrangem, embora seja difícil conceber com
base em nossa realidade e tecnologia atual (no
entanto, temos uma tecnologia que nos permitem avanços que há pouco mais de um século
seriam impensáveis, também era uma época em que se queimavam bruxas por pura
ignorância e o ser humano sonhava em poder dominar os céus).
A questão levantada acerca da possibilidade de outro sistema
e a sua sabotagem é intrigante, assim como a continuação do que vimos neste
episódio. Anseio que seja algo ainda mais surpreendente e que ao fim da série,
todas as pontas se fecham (apesar de
achar que essa temporada terá conexão direta com o filme). Minha
curiosidade se tornou voraz, especialmente em relação futuro da Mika... Como
ela sairá disto? É nítido que o Tougane armou para ela e ela caiu direitinho na
armadilha montada, mas ainda assim Mika foi a grande estrela do episódio, e mesmo
que ela seja irritante e tão traíra (que
vaca!), o modo como ela sai atrás do seu objetivo até o desarrolho final é
no mínimo elogiável. Confesso que tenho sentimentos mistos quanto a ver ela se
fodendo: por um lado eu fico feliz pelo fato de ela ser tão sacana, por outro
eu sinceramente e importo com ela e continuo apreensiva para que a personagem dê
sinais de amadurecimento depois deste baque.
E novamente: AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH CARALHOS
preciso rever o trailer do filme novamente pra tentar compreender esse
quebra-cabeças.
Avaliação:★ ★ ★ ★ ★
Roteiro: Jun Kumagai
Diretor Auxiliar: Masahiko Matsuyama
Storyboard: Katsumi Terahigashi
Diretor de animação: Toshio Fujii, Youko Sato, Kenrou Tokuda
Composição de Roteiro e argumento: Tow Ubukata
Direção: Naoyoshi Shiotani
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-É bonitinho? É. Mas não gosto como estão fazendo para expressar o rosto corado dos personagens nesta temporada, fica com uma estética muito caricatural que não combina com o tom sóbrio da série, que tem sempre as suas caras e bocas [que eu adoro] e apelo moe [que eu adoro], mas nada muito extremo. Definitivamente, essa é uma temporada muito diferente da anterior, ainda que com a mesma direção.
-OSKDAPODKAPDAPODKAPDKAPDAKDOAKDOSDK eu não sabia se ficava tensa ou se ria!! HAHAHAHA muito cagona, mas né, nessas horas qualquer um afina!
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