[Encontrando o Desejo para Lutar] é o título do episódio, que apesar de ter links no episódio que estaleçam ligações com o título (os dois flashbacks que redescobrem o passado de Shirou e a sombra do passado que o persegue), acho que teria sido mais honesto se o nome tivesse sido outro...
Sério, o estúdio ufotable deveria criar uma série de curtas
para o BD de UBW com o tema de Fate Stay in the Kitchen, estrelando Shirou,
Archer e Sakura em versão cômica. Aliaaaaas, pensando nisto, o que achariam de
um fanservice maroto do Archer na cozinha da Rin vestindo avental? Eu super
acho que deveriam investir mais nisto!
Enfim, episódio 4 não se destaca por grandes acontecimentos
ou cenas, é mais um episódio focado na transição e expansão do universo – o
relacionamento entre os personagens e a progressiva tensão que tomará conta do
ambiente e destes próprios personagens. FSN é uma série de muitas cenas
cotidianas e discussões banais entre os personagens, o ápice só chega da metade
para o fim. Gosto bastante de como o ufotable lida com este material, realmente
não é uma estruturação fácil de adaptar, mas tem se saído bem nas cenas
paradas, com visual e detalhes encantadores.
Illya ganha cena nova, embora seu conteúdo não seja
exatamente surpreendente, é mais como uma adaptação que é encaixada em um bom
momento. O rancor que Illya sente por Kiritsugu, que fora proibido de manter
contato com a filha, se estende à Shirou, e futuramente deveremos entender
melhor as atitudes paradoxais de Illya; e com a promessa de mais cenas para a
personagem, aguardo diálogos entre ela e Shirou. Sempre gostei da relação entre
os dois e de como ele quebra a resistência que há nela sua sinceridade e
amabilidade, seu calor humano.
É essa característica do Shirou que quebra a resistência inicial da Saber, assim como Sakura, Illya e até
mesmo Rin (afinal, ainda é uma formula
harém, não é?) com seu espirito amável, ingênuo e idealista. O sorriso
e a alegria de viver ao lado dele e demais personagens nascem em Saber gradativamente,
ao experimentar pequenos momentos cotidianos no qual ela nunca pôde enquanto Arturia
Pendragon; uma boa e diversificada alimentação, o espirito familiar de amizade
e conversas banais do dia a dia – É dessa forma que Shirou se mostra um mestre distinto aos seus olhos e ganha seu carinho e respeito, como é reiterado neste episódio quando ele relembra o compromisso que eles fizeram no primeiro episódio; valores e honradez que ela valoriza acima de tudo.
Ufotable acertou bastante no tour de Saber pela escola e na tensão atmosférica
estabelecida no seu encontro com Kuzuki-sensei. Eu mesma já tendo conhecimento
prévio, não pude evitar ficar um tanto surpresa e inquieta com os
enquadramentos que colocavam os dois personagens em posição de rivalização,
como se estivessem prestes a começarem um duelo ali, e por um breve momento até
cheguei a pensar que fosse acontecer mesmo. Foi uma boa cena, apesar de que o
cenário em torno dos personagens e o look visual da Saber da cena seguinte
entre ela e Shirou numa sala terem me chamado mais atenção.
E por fim, apesar de eu particularmente não gostar da
interpretação do dublador do Shirou (acho
que ele deixa a voz muito enjoativa em alguns momentos de exaltação), o
personagem vem se mostrando melhor do que eu esperava – e olha que em UBW originalmente
ele já é um bom personagem. Seus conflitos internos continuam se destacando em
links com a tragédia do passado, e o fato de o Shirou não sorrir
espontaneamente, como pautado por Mitsuzuri, é uma sombra o torna um personagem
muito interessante. São essas pequenas pinceladas que vão agregando e criando
uma estimulação que irá explodir em algum momento, e sim, Shirou pode não ter uma participação tão grande logo no inicio, mas é justamente esse gradativo crescimento que tornarão UBW um bom passeio.
Avaliação:★ ★ ★ ★ ★
Roteiro: Kazuharu Sato
Direção Auxiliar: Takuya Nonaka
Storyboard: Takuya Nonaka
Diretor de Animação: Tetsuto Sato
Diretor: Takahiro Miura
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-Essa cena com efeitos em zoon-in [e blur] ficou realmente boa!
-AAH, é uma das partes mais que eu mais gosto, quando Sakura e Taiga descobrem que Shirou está trazendo mais mulher pra dentro de casa. Eu acho hilário a reação delas, apesar de sempre ficar com pena da Sakura (a reação da Taiga na rota Fate é a melhor!!!! Nessa eu ri simplesmente urrei!). Aliás, faltou mais enfase na cara de bunda que a Sakura faz e como ela protesta não ajudando Shirou na limpeza; e a forma como ele reage isso. No episódio, isso não teve um bom impacto e nem soou tão engraçado.
-Também gostei do espirito detetivesco de Rin alternando como
uma trama a parte, algo que deve – e espero – se tornar recorrente, afinal uma
perspectiva diferente dá um bom folego para o ritmo e preenche o vácuo que fica
enquanto Shirou ainda não é um participante ativo da guerra. E bem, o Archer bota pressão, mas vocês já devem ter percebido que Rin nunca é sincera consigo mesma... Reparem bem nas ações dela no próximo episódio. Ela nunca realmente é sincera consigo mesma (por isso se enquadra tão bem no tropo de tsundere).
-.............. er
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