12 dias de animes é uma iniciativa do The Cart Driver, até onde eu sei, embora vários modelos desta postagem povoando o blogging americano neste período do ano. Consiste-se em listar 12 momentos marcantes OU NÃO que representam cada mês do ano relacionado a anime, que acabou se tornando algo que vale a pena ser relembrado, seja por qualquer motivo, no ano em questão. Sim, é basicamente uma retrospectiva pessoal. O legal deste padrão de postagem é que se trata de um modelo bem aberto e adaptável à necessidade de cada um. Portanto, meus 12 dias de animes começa agora e termina dia 1º. Não sei se vai sair algo de interessante daqui, porque até o presente momento que estou escrevendo esta introdução, nem sequer fiz uma lista prévia e tenho a ligeira impressão que 2014 foi meu pior ano relacionado a anime; não li muitos mangás, muito menos light novels ou visual novels ou doramas, nem muitos filmes japoneses e tampouco consegui maratonar animes antigos (e ainda por cima atrasei nos atuais). Bora lá então ver o que sai disto, buscarei ser o mais sincera possível, ilustrando 12 acontecimentos que dão forma ao meu 2014.
Não tenho muito que dizer sobre Psycho-Pass 2, considero suficiente
o que expressei no último post sobre a série, embora seja evidentemente
resumido, ainda que com uma escrita prolixa. Claro que se nos propuséssemos a
nos debruçar e esmiuçar tudo haveria muito que se discutir, mas ainda estou me
recuperando da talvez maior decepção que tive com um anime em 2014, e olha que
não foram poucas!! (são tantas que não
caberiam nestes 12 Dias de Animes). É curioso, porque quando esta temporada
fora anunciada, eu já a considerava desnecessária (não importa como se veja, depois de ponderar por muito tempo e
reassistir a série, cheguei a conclusão que o final é adequado e fecha
irrepreensivelmente a narrativa clássica de uma série do gênero cyberpunk,
repleta de metáforas sociais. Até mesmo o filme, aos meus olhos, não passa de
um fanservice, mas este eu não tenho dúvidas de que será ao menos um ótimo
entretenimento até mesmo depois do seu final), mas talvez pudesse ser
divertida assim mesmo – e realmente o foi por muitos episódios, mesmo em um
nível inferior à original. Mas ai acontece algo semelhante ao que vou caracterizar
como “ouro de tolo”, ou “ouro dos tolos”, que possui um brilho intenso a certa
distância, mas que não resiste a um olhar mais atento, se descobrindo logo se
tratar de um brilho falso, ou seja, uma ilusão, bijuteria.
Uma das duras verdades da vida é o fato de que se faz
necessário passar algum tempo depois de se envolver com uma criação para poder avalia-la
corretamente por seu real valor, pelo fato de que nossas emoções são
entorpecentes (que maravilha é revisitar
um material depois de um bom tempo que assistiu pela primeira vez e poder
comprovar que o material é realmente bom. É o que ocorreu comigo ao rever
Madoka através da sua trilogia de filmes). É o que ocorre quando olhamos
para algo que foi de importante valor na nossa infância, mas descobrimos
horrorizados que aquilo na verdade não possui metade do brilho que suponhamos.
Em alguns casos isso não importa para você, a avaliação de uma criação ainda é
algo muito subjetivo mesmo que criamos parâmetros culturais para tentar chegar
o mais próximo possível de uma objetividade. Mas não se deve pensar nisto
quando irá julgar algo. O mesmo acontece quando é uma criação pessoal; neste
caso pode ser ainda pior e o tempo necessário para avalia-lo pode se fazer
necessário ser um pouco maior. De qualquer forma, estou me desviando do foco.
Sempre comentei que a maior característica de Psycho-Pass 2
é o seu aspecto detetivesco, bem mais prevalecente nesta temporada que na
anterior, a cama da gato armada realmente foi engenhosa, mas seu conteúdo... É
sabido que no gênero de mistério, o seu desfecho é o que irá definir se foi uma
boa obra ou não, pois toda a estruturação fora feita nesta coluna dorsal. E
bem, os furos da segunda temporada são irremediáveis, nem toda a boa vontade do
fã mais determinado a provar seu ponto, seria capaz de tapá-los, mas ainda há
mais, claro. O que mais me incomoda, no entanto, é sempre que penso (sim, pois ainda continuo martelado muitas
questões acerca da série aqui na minha mente) no desfecho da Akane, não
deixar de sentir que a ideologia da personagem e ela própria naquele desfecho
final foram traídas – e realmente foram, como comentei no outro texto. O que
ela propõe não é algo que a Akane proporia. Aquilo não era ela. Talvez mais um
dos clones do Kamui? É uma teoria que me agrada mais, talvez um dia eu escreva
um conto-fanfic com essa ótica. Em tempo, depois da decepção que foi Mardock Scramble e agora Psycho-Pass 2, o nome de Tow Ubukata sempre me deixará com
dois pés atrás. Inclusive, eu seria capaz de lhe enviar um e-mail nada amistoso
perguntando se ele estudou profundamente a primeira temporada ou apenas juntou
tudo superficialmente, mas não domino o nihon. Depois dessa, vou até arranjar
uma imagem do Butcher, colar na parede e fappar pra ele.
Brincadeira.
Brincadeira.
ಠ_ಠ
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