Comentários: Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works #09

[A Distância Entre Eles] - Autoexplicativo.

Pode não parecer, mas a guerra já começou e está a toda. O que acontece é que, ao contrário de Fate/Zero, a narrativa não é sob uma perspectiva de múltiplos núcleos – não com a força que ocorre na famosa prequel. Originalmente, em UBW há interlúdios, mas não pode se dizer que seja uma narrativa que se foca na visão global do conflito. UBW é além de tudo uma historia de evolução do seu protagonista, e é em meio a todos estes conflitos que ele terá que reafirmar e persistir naquilo no qual acredita – que afinal é sua própria existência. Quando Taiga-sensei comenta acerca do seu passado e como ele tomou para si os ideais de Kiritsugu [e Shirou se retira do local, por se sentir desconfortável e inseguro e tolo mediante aquilo que, os outros pensam ser uma fantasia boba de criança], talvez você não note imediatamente, mas a frente tudo isso terá uma forte implicação.

Como quando Shirou flagra Rin em frente à casa de Sakura, e ela lhe indaga sobre como se sente uma criança órfã. Isso também terá uma forte implicação. Primeiro que Rin não parece tão próxima assim de Sakura, mas já se mostrou preocupada e vigilante em relação a ela diversas vezes (para quem viu Fate/Zero, saberá dizer imediatamente o motivo). E segundo, que Shirou não sabe nada sobre lares adotivos, ele teve a sorte de ter sido acolhido por um homem como Kiritsugu, mas é ingênuo o bastante para pensar que tudo se resume a algo tão simples quando demonstrar satisfação ou insatisfação. Ou até mesmo ao não considerar que nem todos possuem sua sorte, neste sentido, o destino será cruel para com ele.

Então, UBW é uma crescente constante, embora eu ache que o anime não seja tão habilidoso no que diz respeito à evolução gradativa de Shirou – coisa que é muito mais fácil de retratar na escrita que no individual, mas que também não seria tão difícil de ilustrar no audiovisual. Por outro lado, gosto muito das novas cenas do anime que abrem brecha para um pouco do que está ocorrendo em outros núcleos, como o fato de podermos visualizar um pouco do que está ocorrendo no outro lado do tabuleiro; Gilgamesh continua misteriosamente com alguma ligação aos Matou [ou ao menos, algo que o atraia ali] e Shinji alcança uma das melhores performances do episódio, rivalizando de perto com a geniosidade da Saber o tsunderismo charmoso da Tohsaka, ao fazer caras e bocas todo humilhado. Acho que foi a primeira vez que o Shinji conseguiu me fazer rir.

É uma pena que não possamos ver muito do antagonismo do Kirei, mas geralmente em uma visual novel com amplo enredo e grande numero de personagens para se focar e cada rota se focará em determinados personagens. Por falar em Shinji, originalmente ele diz que Rider só servia como mulher, insinuando que a utilizava como brinquedo sexual. Essa só uma amostra do quão asqueroso é Shinji, mas eu sei que na realidade a maioria das pessoas não desperdiçaria a oportunidade, não é? Confessem. Mas o fato de terem cortado isto não surpreendente, tendo em vista que numa transmissão de tv geralmente tendem a suavizar algumas coisas (confesso que entendo, mas não compreendo para quê isso numa transmissão de anime que passa na madrugada), e nessas horas realmente parece ter sido a melhor a opção terem levado Heavens Feel para os cinemas.

É um episódio em si sem grandes acontecimentos porque a realidade do Shirou é mesmo no primeiro momento não tão interessante, sem diálogos tão interessantes e nada do tipo, porque na maior parte do tempo ele está tendo ereções fantasiando com Saber ou por Tohsaka estar muito próxima. Aliás, neste episódio, bastante próxima! Não se pode culpar o Shirou por se sentir tão calorento, seria o mesmo que dizer que ele não tem motivos para isso, o que seria uma injustiça com uma presença tão forte como a Rin, né? – ao menos, com a Illya havia diálogos interessantes entre eles (sdds Illya). Oh bem, novamente caímos naquilo de: não se pode evitar, quando não temos a narrativa interna do Shirou, que sem dúvidas É interessante. É a sua narrativa interna que segura estes momentos onde não parece acontecer de muito relevante em seu cotidiano.

Ainda assim, apesar de o humor e a caracterização ser proeminente aqui, é o episódio mais fraco até agora em termos de história. O pior é que me parece um daqueles episódios que até a produção sabe que é mais fraco, mas não conseguem torná-lo mais atraente, mantendo ainda cenas chaves. Por exemplo, a Saber insistindo para dormir no mesmo cômodo que Shirou é exatamente o que se esperaria dela depois do que ocorreu, é mais do que sensato da parte dela impor isto, como se provará mais adiante. Ou na busca de Shirou por selos de comando em Issei – não faria o menor sentido que ele morando no templo, não despertasse suspeitas em Rin e Shirou. E digo mais: deixa a desejar ao não trabalhar mais em cima de especulações sobre quem vive com Issei, assim Shirou e Rin não parecem estar muito avançados em investigar o santuário, tampouco perspicazes. Eu sei que a obra original há uma explicação para o porquê de não especular com Issei, mas numa adaptação para anime é inevitável que isto se torne um vácuo quando você pensa um pouco além nas ações lógicas que os personagens deveriam tomar. Se isto tivesse sido abordado no anime, a sensação de que a trama está se movendo seria bem mais pungente.

Mas os cenários continuam lindos, interligando uma cena à outra.

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★

Roteiro: Akira Hiyama, Kazuharu Sato

Diretor Auxiliar: Akihiko Uda

Storyboard: Akihiko Uda

Diretor de Animação: Takuya Aoki

Diretor: Takahiro Miura

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-Okay, confesso que Issei e Shirou conseguia deixar meu sangue borbulhando, a química homoerótica que eles possuem é bem forte, principalmente com o Issei tendo verdadeira aversão à Rin e boa parte das mulheres (a única que eu vi ele se dando bem foi a Saber, porque a Saber, bem...). Aliás, acho que no anime isto não é abordado. Por isso não importa o que o Nasu diga, a rota verdadeira é a do Issei!!!!!! IKEEEEEEEEEEEEEEEEEEE