segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Comentários: Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works #10 – The Fifth Contractor

[O Quinto Contratante] Esse dia ficará conhecido como o dia em que um humano derrotou um servo.
Você sabe que um episódio será palco de algo grandioso quando ele começa epicamente sem abertura, com uma atmosfera que dá o tom do que virá a seguir. No caso deste episódio, é o anuncio de grandes sequências que virão, é o ponto onde o carrinho subiu todo o morro da Montanha Russa de Looping e se prepara para voltas alucinantes.
“I am the bone of my sword
 Steel is my body and fire is my blood
 I have created over a thousand blades
 Unknown to Death, Nor known to Life
 Have withstood pain to create many weapons
 Yet, those hands will never hold anything
 So as I pray, unlimited blade works.”
Esse é o poema-encantamento de invocação de Archer para o seu Reality Marble/Fantasma Nobre, Unlimited Blade Works: Infinite Creation of Swords, um mundo devastado coberto por infinitas lâminas e pura desolação. É uma das passagens mais populares da série, recitado em seus momentos mais emblemáticos. Os encantamentos em meio às memorias traumáticas de Archer como Counter Guardian (lembre-se que espíritos heroicos podem ser invocados em qualquer época do passado ou do futuro) fazem deste prologo um mau presságio para as coisas que irão acontecer a seguir na história, mas narrativamente também se torna uma envolvente rima temática, que irá refletir nas ações dos personagens neste e demais episódios.

Rin sonha com o passado de Archer (novamente, lembrando que a proximidade entre mestres e servos, possibilita que mestres possam ter acesso às suas memórias passadas. Aquele grande circulo azul que lembra o hemisfério negro do Graal é Alaya, com quem ele faz um contrato para se tornar um guardião. Basicamente, Alaya é o inconsciente coletivo da humanidade e sua busca pela sobrevivência. Sua interferência é indireta, dando habilidades a determinadas pessoas para que possam eliminar ameaças; pessoas como Shiki Ryougi, protagonista de Kara no Kyoukai. Quando isso se mostra insuficiente, Alaya invoca os guardiões, sendo Archer um destes. Em tempo, Alaya é um elemento importante no Nasuverso, e possui grande participação no quinto filme de Kara no Kyoukai: Paradox Spiral. Estou comentando porque tudo o que eu disse não será abordado em UBW) e compreende um pouco o motivo de sua desilusão, ficando próxima de desvendar sua identidade heroica.
Shirou se mostra fascinado por Kanshou e Bakuya, apesar de soar um tanto repentino que só agora ele demonstre este interesse – fica um vácuo no meio, por termos perdido algo no processo.
Também desperta um pouco de incredulidade que ele tenha conseguindo projetá-las tão bem assim, de primeira, sem algumas tentativas anteriores (algo que ocorre no original), mas fica difícil manter os pés presos ao chão com sequências tão inebriantes, bem desenhadas e animadas, visualmente o “despertar” de Shirou é deslumbrante, ele demonstra que apesar do seu ideal e relutância em tirar a vida de pessoas inocentes, não poupará aqueles que foram corrompidos e ameaçam a paz e o amor, yaaaay! Qual é a deste discurso de mahou shoujo/tokusatsu? Ok, felizmente ele não diz coisas tão piegas como isto, mas essencialmente é isso mesmo. Será um espetáculo observar todas essas cores explodindo na tela enquanto Emiya Shirou faz uma performance digna de protagonista BADASS na versão BD.
Emiya Shiru ou Soichirou Kuzuki? Difícil escolher qual deles se destacou mais, mas eu diria que a performance de Soichirou é mais surpreendente e com mais diversidades de movimentos e fluidez. Soichirou foi levado deste a infância a uma organização, ensinando crianças a se tornarem assassinas capacitadas e a se verem como meras ferramentas para uso alheio, ou seja, ele não é simplesmente uma pessoa comum que de repente ficou fodão com a magia de Caster, ele realmente tem alto potencial técnico e conhecimento de luta corpo-a-corpo, com habilidades especificas neste sentido. Logo, um humano acima da média. O que a magia de Caster faz é dar resistência de aço aos seus punhos e joelhos, tornando-os altamente resistentes. Obviamente, sem isto, ele não poderia resistir aos golpes de um servo sobrenatural, porém, tão pouco isto iria adiantar se ele não tivesse desde a infância intimidade em lutar corpo-a-corpo, levando-o a adquirir uma habilidade especial chamada Snake, que se destaca por seus golpes em pontos vitais. Enfim, Soichirou não é um humano comum, e suas habilidades são descritas como sobre-humanas, e de fato, podemos notar isso no estrago que ele faz a Rider. Sinceramente, achei que eu iria ter alta aversão a ver Soichirou duelando de igual para igual com o servo, mas as sequências de ação que envolve o personagem são tão impactantes e com movimentos tão incríveis, que fiquei mais é fascinada de estar assistindo aquilo.

No entanto, não posso deixar de frisar que o mérito de Soichirou contra uma guerreira também habilidosa no confronto corporal como a Saber, está relacionado ao momento surpresa (tanto que Caster salva seu mestre da morte certa e futuramente Soichirou fará de tudo para evitar confrontar a Saber novamente), e trazendo o original a tona para uma correlação, lá Soichirou não dá tempo para a Saber contra atacar quando ele a sufoca pelo pescoço, desferindo um combo de golpes contra ela, enquanto neste episódio quando ele a surpreendente ao agarrá-la, fica um tempo dialogando enquanto ela está com as mãos livres, ou seja, é incongruente que uma guerreira com tanta habilidade e resistência como a Saber não tenha tentado nada neste meio tempo – ainda que tenha ficado evidente no episódio anterior que Rider foi pega de frente, quero imaginar que ela foi derrotada por ter sido surpreendida, assim como Saber teria sido derrotada se não fosse seu instinto defensivo em desviar das snakes de Soichirou, que venenosas, possuíam endereço certo. O estilo de luta de Soichirou realmente pode ser muito efetivo contra alguns servos se pegos de surpresa, mas não creio que ele possa resistir tanto tempo lutando contra eles. De modo geral, eu gostei mais do que achei que fosse gostar desta luta, mas do modo como tudo se encaminhou fica visível o quanto ele soube tirar proveito de sua vantagem.
Esse é um dos duelos mais polêmicos da série, há os que defendem essa habilidade de Soichirou e os que a repudiam, de modo que é uma discussão inútil que nunca irá dar fruto algum. Minha posição inicial é a de desgostar deste argumento, levando em conta a regra do Nasuverso de que um ser humano não pode derrotar um servo – lembro-me do meu choque quando li isto na visual novel, eu não sabia como reagir e, de certa forma, foi surpreendente. Mas também tendo a parcialidade: com o tempo e as justificativas criveis que percebei, pude compreender e aceitar melhor este desenrolar, embora somente pelo fato de Soichirou gozar do momento surpresa com o qual nenhum servo poderia esperar; afinal, mesmo com a magia de Caster, suas articulações e resistência corporal ainda são humanas, certamente não teria condições de levar uma batalha contra um servo por um longo tempo.

Gosto bastante da relação Soichirou e Caster e o modo como isto é desenvolvido, e como já disse episódios atrás, UBW é a série onde ela terá a oportunidade de brilhar. A cena em que ela se agarra a Soichirou e abre suas “asas” como uma mariposa no ar é muito bonita, o desenho de storyboard privilegia este momento com dois planos abertos com eles no cetro, um de costas e o outro de frente. O storyboard merece destaque neste episódio, os momentos de impacto tiveram enquadramentos e angulações que trouxeram intensidade ao conflito, as os ângulos abertos mesmo com o cenário tomado por uma paleta de cores escura ainda era algo fascinante para os olhos tamanha beleza de todos os elementos que se casavam tão bem um ao outro, com uma paisagem contendo uma construção abandonada e uma estrada desértica tomada por matos, privilegiando o caminho para o templo, que como sabemos, fica em meio a uma floresta.
Como comentei logo no inicio do texto, a introdução com Archer naquele simbólico mundo e a visão do herói tomado pelo desespero e amargor, está correlacionada a quase tudo que vemos no episódio, mesmo que uma ou outra coisa seja imperceptível para quem não conhece a história ainda. O diálogo de Gilgamesh com Shinji é um exemplo, mas talvez seja ainda um pouco mais além, pois o Rei referencia períodos distantes, antes da era moderna, conhecida como Age of Gods [A Era das Divindades], em que a humanidade era numericamente bem menor do que nos tempos atuais e os espíritos divinos se faziam muito mais presentes. Com o surgimento da Era atual, as divindades desapareceram do cotidiano humano e a feitiçaria entrou em declínio, o que também afetou Alaya, pois anteriormente a humanidade estava mais próxima de sua origem, era mais crente e apesar da menor densidade, cada alma humana possuía um peso maior.
É a isso que o Gildelícia se refere na conversa com Shinji. Por ter um menor número de pessoas, além do trabalho que só determinadas pessoas poderiam desempenhar, seu valor aumentava, fazendo com que nem um Rei orgulhoso e arrogante como ele pudesse dispor à vontade da vida dessas pessoas. Para um Rei que não abre mão de um alto padrão de luxo, isto o leva a dar maior valor ao ser humano. Enquanto que, na perspectiva dele, no mundo atual há tantas pessoas, que o valor humano se tornou superficial e carente de sentido, e se não há valor em algo que se pode encontrar em excesso, não se importa em esmaga-los como baratas, embora para ele o mundo tenha se tornado bem mais monótono por causa disto. Este diálogo ganha contornos simbólicos ao se passar em uma sala, repleta de vermes em formato de um......... PÊÊÊÊÊÊÊNISSSSSS (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! WAAAAAAAAAAAAAAAAAAIT@@@@@@@@ O QUE A FODAA!!????PUTAQUEPARIU CÊS VIRAM AQUILO? PORRA NAAAAAAAAAASUUUU OKSAPODKAPODKSODKOAKD WORMSSSSSSSS ARRRRGHHHHHH *cof cof, preciso me preparar psicologicamente para Heavens Feel*), que não por acaso, é um cenário também presente em Fate/Zero

Nota: Fazendo um acréscimo tardio para elogiar a boa integração com a BGM durante boa parte do episódio, ficou excelente, pela primeira vez a BGM se destacou e deu o tom da atmosfera. 

Avaliação:★ ★ ★ ★
Roteiro: Tatsuki Ichinose, Kazuharu Sato
Diretor Auxiliar: Yuusuke Maruyama
Storyboard: Takahiro Miura
Diretor de Animação: Yasuhisa Kato, Tetsuto Satou
Diretor: Takahiro Miura
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-WAIT. WAIT. WAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIT ISSEEEEEI!
-Puella Magi Saber Magica. Um mahou shoujo diferente, onde a Saber afirma um contrato com Kyuubei para reescrever seu passado e agora combate o mal na idade média como uma mahou shoujo desu-neeee~
-Hahaha eu levei um susto quando o Shinji deposita sua mão sobre o ombro de Gilgamesh e a câmera faz um enquadramento fechado no ato dele colocar a mão e na reação do Gilga, e no instintivo temor que o Shinji sente (evidente em suas reações faciais que se contraem) quando o rosto dele se vira. Eu JURAAAAAAVA que o Gilga iria cagar em cima dele!! Mas, diferentemente do original em que ele faz uma ameça repleto de asco para com Shinji, aqui ele apenas olha de soslaio e dá uns passos adiante, se distanciando dele. O fato de a câmera nunca revelar seus olhos, já dá uma atmosfera taciturna à reação de Gilga, e se completa com ele se livrando sutilmente das mãos nojentas e podres do Shinji, já seria o suficiente para compreender abominou aquele ato. Mãããããããs ufotable vai além e aplica umas ironias bem colocadas. Primeiro com Gilga insinuando que Kirei se importa muito com Shirou – de fato ele se importa, mas não da forma como Shinji crê. Segundo com análogo de Gilga em relação aos seres humanos do seu tempo e os da era atual. Com isso, ele quis expressar o quanto Shinji era uma criatura descartável e desinteressante, valendo tanto quanto uma barata. E terceiro, Gilga deliciosamente esmaga o verme sob seus pés, fechando o círculo. Shinji, claro, é burro demais pra compreender o sarcasmo do Rei, e quando se der conta, será tarde demais. DELICIOUS TEARS! 
-Último episódio de UBW terá 1 hora de duração!!!! YEAAAAAAAAAAAH!!!! Semana que vem é o penúltimo, ou seja, a série contará com 12 episódios, ou seja, contando com o episodio ZERO serão 13 episódios, ou seja, isso dá contando com os episódios duplos exatamente 16 EPISÓDIOS!!!!!!!!! WOOOOOOOOOOOOOOOHHHHHH CARALHOOOOOSSS! Eu acho isso muito, adoro a dinâmica de episódios de 1 hora, sei que não é barato bancar isto, mas é muito bom. É uma pena que Fate/Zero não pôde contar com um episódio duplo no final. Faltou só mais 1 ou 2 episódios pra série ser uma adaptação fantástica. 
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