[A Decisão Final] Esse episódio é tudo sobre CAT PAJAMAAAAAAAS Opssss-ERROR
Esse episódio fortalece a minha crença de que alguns
episódios finais funcionam muito melhor com maior tempo de duração. O ritmo
flui melhor do que se estivesse dividido em duas partes. O passeio descontraído
de Shirou, Rin e Saber está diretamente correlacionado ao desfecho trágico que
ocorre em seguida. É tão agradável e emocional vê-los se divertindo como jovens
que são sem o peso da responsabilidade deixada por sobre os seus ombros, que se
torna muito fácil reagir emotivamente como tudo isso se perde em poucos
minutos. Eles estão em meio a uma guerra, afinal, e seus adversários tanto não
se importam que eles estejam procurando
aproveitar o último suspiro de tranquilidade antes de tomarem nova ofensiva,
como também irão tirar proveito das aberturas deixadas para obterem vantagem.
Este é um dos motivos pelo qual eu adoro a Caster, ela é manipulativa, sabe que
não é tão poderosa combatendo corpo-a-corpo, mas é astuta para usar os meios
necessários para alcançar o que deseja. Na verdade eu sinto até um pouco de
pena da personagem, mas isso fica pra outro episódio.
O passeio com Rin, Shirou e Saber era um dos meus momentos
que eu mais estava aguardando, especialmente pelo que acontece em seguida. O
encontro é divertidíssimo e isto é um meio de criar um vinculo emocional, uma
ferramenta contextual para dar mais impacto dramático perante a perda deste
status pelo protagonista, muito utilizado em visual novels. E ufotable que
parece estar disposto a realmente entregar fanservices de QUALIDADE para os fãs
atingirem o nirvana, novamente se supera nas expressões faciais e trejeitos de
Shirou, Rin e Saber – por esta adaptação, Rin merece o troféu de tsundere
suprema de 2014; eu não sabia se ria ou ficava mergulhada em feels com suas ações contraditórias. É
nestes momentos que se nota claramente como a Rin é mascarada. Ela se diverte
provocando o Shirou, pois sabe que ele irá reagir de determinada maneira
esperada, portanto todas as suas ações são calculadas, com ela agindo dentro de
uma zona de conforto. Porém, quando pega de surpresa e se vê perdendo o
controle da situação, ela deixa a máscara cair e mostra sua real natureza. Não
poderia ser mais meigo, heheh. O Archer demonstra conhece-la muito bem, e de
certa forma ele também esconde uma fragilidade em seu interior – que ela
reconhece (é lindo essa intimidade que
há entre eles, que permite que se ataquem mutualmente com farpas enquanto se
mantém estreitamente próximos). É uma forma natural com que muitas pessoas
agem, tomando a ofensiva e atitude expansiva, de modo a se resguardarem.
É de grande satisfação acompanhar a adaptação de algo que
você já tem conhecimento do original e ela ainda conseguir de impactar e te
pegar de surpresa com diversos acréscimos que acrescentam ao resultado final.
Ufotable nem sempre acerta, minimizando o que deveria ser maximizado, mas geralmente
é feliz maximizando o que era originalmente minimizado. A sequência de Caster
interpelando nossos heróis e criando uma barreira em meio a ponte está entre os
dois momentos mais surpreendentes para mim neste episódio. Graças a isto pude
ver tudo por uma nova ótica. Originalmente esta sequência ocorre na mansão
Emiya, em um espaço apertado – teve suas vantagens, pois tornou a atmosfera
sufocante e claustrofóbica, com a reação nervosa e desesperada de Shirou
transmitindo tensão pelos poros. Este é um momento MUITO forte, no qual não
pude me manter indiferente ao seu estado de impotência. É um sentimento muito
comum o da impotência diante de coisas que estão além do seu poder, e não é
algo agradável de sentir em situações vitais. Quando Caster agarra Taiga com o punhal
Rule Breaker em seu pescoço, a sensação de perigo se sente muito mais tangível
por uma questão de percepção. Eu teria gostado mais se tivessem mantido essa
proximidade letal da Caster em relação à Taiga, ainda que algo assim tivesse
impedido Saber de investir com tudo para cima de Caster e a sequência de ação
não existiria (aliás, nessa versão não
consegui deixar de odiar o Shirou um pouquinho, porque bater de frente com
Caster, esta acaba deixando Taiga escapar do seu controle por um momento.
Fiquei pensando “eu burro”, mas claro, devemos considerar o fator humano e o
fato de estarmos acompanhado a ação por uma perspectiva privilegiada, e por
isso não somos afetados emocionalmente como os personagens).
No entanto, levar o confronto para um ambiente aberto deu
muito mais possibilidades em termos de combate físico e da própria construção
de um cenário visualmente instigante (tive
que pausar e voltar alguns segundos nesta parte para tentar compreender a
estrutura daquela barreira, porque no primeiro momento cheguei a acreditar que
ponte havia caído ou submergida, mas de repente vejo automóveis percorrendo
logo abaixo e...UEEE?). Infelizmente, a parte do CGI acaba se tornando um
contraste negativo. Emular efeitos da água nesta tecnologia é um dos trabalhos
mais difíceis no campo da computação gráfica, exige tempo e detalhismo para que
possa atingir um nível satisfatório de naturalidade. Em duas ocasiões pude ver
os making of de Paprika* e Kara no Kyoukai, em que os profissionais envolvidos
explicam a complexidade do processo, que se bem feito, o resultado atingido era
magnifico, como se pôde notar nas tais obras. Neste episódio o que se vê é a
água ganhando uma matiz metalizada – também presente nos efeitos de
transformação da Sailor Mercury* – que tirou qualquer naturalidade. Em outras
palavras, ficou bem feio, parecia que eu estava vendo o T-1000 surgindo ali
direto do Exterminador do Futuro.
Mas enfim, gosto demais do confronto de Caster com Shirou,
com ela relevando um passado que ele tenta manter oculto, não apenas de Rin,
mas de si mesmo; é algo que ele reprime tanto, que se manifesta continuamente
através de pesadelos quando ele adormece (não
muito explicitado no anime) ou quando alguém faz com que isto submerja em
flashs na sua mente. As atitudes provocantes de Rin é em parte por Shirou ser
tão denso e voltado para dentro de si mesmo, o que faz com que ela, nas
melhores das intenções, tente fazê-lo relaxar, o convidando para um encontro.
Porém, ela não poderia imaginar a que a sombra acinzentada pairando sobre ele
tivesse raízes tão profundas. O choque que ela tem ao descobrir isso é tão
forte que ressoa através da tela.
Assim como o desespero de Shirou ao ver Taiga naquela
situação. É um momento muito feliz do Nasu, de explicitar a importância
emocional que Taiga [e Sakura] têm sobre Shirou que sempre ficou subtendido, e
aqui isto atinge o seu clímax, dando maior ênfase substancial ao seu conflito.
Taiga e Sakura foram fundamentais para que Shirou não se perdesse completamente
e experimentasse o mais próximo possível de uma vida normal, já que a despeito
do carinho deferido por Kiritsugu, ele sempre fora um pai ausente e em
constantes viagens (tem razão da Illya
ser do jeito que é!!!!!!!!!!!!!!!!!exclamações). Elas preencheram,
portanto, uma lacuna fundamental em sua vida. E é maravilhoso ver isto
refletido em sua face. Para Shirou abrir mão da promessa que fez com Saber, a
quem ele admira tanto, sem nem pensar duas vezes e sem se importar em analisar
a situação ao redor, é porque o seu apreço por Taiga é algo que vai muito mais
além que a sua ideologia. É um carinho maternal tão grande que qualquer um
capaz de se colocar em seu lugar. Esse momento para o Shirou é bem doloroso, é
quando ele perde tudo que conquistara nos últimos dias e sente sua impotência
ainda mais latejante que antes. Esta é a hora em que ele deverá buscar superar
a si mesmo e o momento máximo na caracterização de personagens que buscam uma ideologia
heroica, no qual a obtenção do poder é a única coisa que poderá resgatar de
volta tudo aquilo que perdera e proteger o que lhe restou.
Ver o semblante de Saber, com ela sendo obrigada se voltar
contra o seu mestre, também é tocante, e lembro de isso ter me doído muito,
vê-la com todo o seu orgulho resistindo da forma que faz. Acho que poucas vezes
torci tanto para o Shirou. Outro ponto negativo é a música de fundo, que
novamente é aquém e empalidece diante de tudo que fora apresentado visualmente.
Isso tem sido o ponto baixo da série como um todo, e francamente espero que o
corrijam em Heaven’s Feel. Salvo dois ou três momentos durante 12 episódios, a
OST é quase que inexistente e sem grande apelo. Em um projeto deste nível, isto
é decepcionante. Por outro lado, o encerramento com This Illusion foi minha
segunda e grata surpresa no episódio. Realmente não esperava e ela sublinha tão
magnificamente aquele momento de transição em que tudo parece indefinido e o
futuro acena sombriamente sobre os personagens. Será que dá pra sonhar com ela
sendo tema da nova OP da série? Heh. Bônus: Pudemos ver um vislumbre inédito do
Kirei em forma, como nos velhos tempos! Pena aqueles familiares da Caster serem
visualmente tão inexpressivos.
AGORA CHEGAMOS
Mas não agora, só em Abril de 2015.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
Nota final: 7,5/10
Roteiro: Kazuharu Sato
Diretor Auxiliar: Yuusuke Maruyama
Storyboard: Kenji Takahashi, Takashi Suhara
Diretor de Animação: Mieko Ogata
Diretor: Takahiro Miura
-Isso é muito eu quando estou... errr... tentando me levantar de manhã! SOCORRO
-CAT PAJAMAAAAAAASSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS AAAAAA
-ufotable....PLSSSSS.... mas ahem, desses o único personagem que esbanja sensualidade até ao piscar e o Assassin... GEMT QUE HOME.
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