domingo, 12 de abril de 2015

Comentários: Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works #14 – The Princess of Colchis

A Princesa de Cólquida. A história de Medeia. Best episode evah and forevah.

CAAAAAAAAAAAAAAASSSSSSSSSSSSSSSSTEEEEEEEEEEEERRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR DEOOOOOOOOSAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA   AAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa *me curvando*

MEUAMIGU que episódio foi este? Uma longa construção até este momento, em que todos os núcleos começam a convergir em um só, rumo a um desfecho que se aproxima em um ritmo avassalador. Eu fecho meus olhos, e me parece que tudo o que vem a seguir, acontecem em apenas 2 episódios, tamanha integração das tramas em um núcleo central, onde coisas importantes não param de acontecer. Este episódio foi quase que totalmente original com exceção das cenas entre Shirou e Rin, tudo o mais faz parte de um material original escrito por Nasu especialmente para o anime, em que preenche um vácuo natural na narrativa escrita da visual novel, onde alguns fatos são apenas sugeridos ou informados pelos próprios personagens, mas que numa série animada é algo a ser sentido. 
Portanto, é um preenchimento bem vindo que acrescenta muito não só ao ritmo da narrativa, como também dá uma substancia factual a uma personagem que sempre considerei incompleta na rota original de UBW, que é a Caster. Aqui nos é dado um panorama que desmitifica o tom caricatural que a personagem resplandece naturalmente, com seus complexos e drama ganhando uma camada bem mais humanizada – isso já era algo bom no original, motivo pelo qual sempre me simpatizei com a Caster, sua trajetória errante e repleta de rancores [justificados]. É assim que Souichirou Kuzuki e Caster, independente de suas ações, se tornam um casal de personagens absolutamente empáticos. Aliás, o enigmático Souichirou encerra sua participação de uma forma tão espetacular, que é fácil ficar querendo mais; seria interessante se pudéssemos ver um pouco do seu passado também.
A primeira parte gera um envolvimento muito grande decorrente da trajetória que levou Caster a romper com seu antigo mestre e formar um novo elo com Souichirou, além de trazer uma cena tão espetacular quanto aquela em que seu antigo mestre vagueia pelas alucinações criadas pela servente, em um storyboard e direção de arte nada menos que magnifica. Toda a sequência do seu mestre na penumbra com as luzes indo e voltando, revelando ao fundo pinturas rupestres com fragmentos da história de Medeia são momentos de muito virtuosismo; há um certo quê de temor provocado pela escuridão, e a forma como a cena é dirigida, fez soar como uma produção de terror, em que as luzes vão piscando, para enganar os olhos do espectador, até o momento de revelar a entidade do mal e leva-los ao susto. Só que aqui, o que descobrimos é que tudo fora induzido por Caster, na mente de seu mestre. Por fim, penso que o que há de tão interessante em todo este conflito da Caster é essa homogenia temática com a própria mitologia das bruxas, que sempre foram mulheres discriminadas, temidas, odiadas, repudiadas, e tratadas como criaturas indignas de respeito ou confiança, víboras traidoras e malévolas – historicamente, na grande maioria das vezes, por pura ignorância ou/e preconceito, pelo fato de se temer o que não se compreende, marginalizando o estranho/inadequado, a figura feminina. O look se completa com sua habilidade em magia e seu fantasma nobre, uma arma branca; um punhal/adaga; elementos que são considerados pouco másculos e desonrosos de acordo com a tradição masculina. Que são mais apropriados à traição. Quando o mestre de Caster vê o tamanho do seu poder e habilidades, apenas movendo uns dedos, e intelecto, ele se sente inferiorizado e inseguro. 
Lendo um pouco mais a fundo sobre a mitologia de Medeia, eu fiquei obviamente encantada. São varias versões, mas a ideia é sempre a mesma. Criados há milhares de anos, os mitos gregos permanecem tão atuais por refletirem padrões comportamentais da sociedade. Há quem veja essa lenda com olhos apaixonados, outros vendo a figura de Medeia como marginalizada, amargurada, como uma louca infanticida, desequilibrada, etc. Lendo um ensaio de Virginia Wolf sobre o assunto, vi a capturar perfeitamente a essência verdadeira do mito, através de trechos como este “os homens querem convencer-se de que a sua desgraça tem um único responsável, e que é fácil livrarmo-nos dele” – ou seja, ambas as sociedades envolvidas no conto, Corinto e Cólquida (reino de Medeia, do qual ela era filha do rei. Dai o título do episódio), apresentam na sua história um sacrifício fundamental, que serviu de estabilização para o poder patriarcal, difundindo a ideia da instabilidade emocional feminina e dos perigos de uma mulher que é inteligente, culta, bem versada nas artes, que age com independência seguindo as próprias vontades, a ponto de trair as convenções que a prendem em um pacto mudo (pai, irmãos, a sociedade – na figura do próprio reino de Medeia –, o seu homem). Medeia era uma mulher forte, culta, que fez de tudo para atingir o que queria. Bem, bem, bem, sinto que me desvirtuei um pouco, mas de fato me fascinei ao ir um pouco e conhecer melhor essa história tão brilhante. 

Ademais, a nossa Caster sendimenta muito bem a figura trágica da mitologia e todas suas virtudes e vícios. Obrigada a se casar com um homem que não queria, depois traída, ela possui uma estrutura dramática apaixonante que faz do seu encontro por Souichi e trajetória no Graal, algo que se faz sentir. 
Por outro lado, o terço final do episódio também ressoa em nota grave. A direção estava excelente, envolvendo bem o tom grave do enredo com toques de humor pontuais, que traziam ótimos alívios cômicos. Com Rin, com Leysritt e Sella, e nas expressões afetadas da pequena Illya, o que tornava e torna ainda mais doloroso o que está por vir. Ela falando de seus pais e insinuando o motivo de sua fixação em Shirou faz uma ponta excelente com tudo que vemos em Fate/Zero, e cria uma cortina de fumaça de sonhos, que está prestes a esmaecer. Mas como não vibrar com a aparição magnética do Rei dos Reis, com seu tom habitual debochando, tranquilo, como se estivessem em seu jardim, subjugando a tudo e a todos. Sua presença traz um certo temor e inquietação que surge diretamente dessa sua postura branda e serena, mas em tom ameaçador e inquisitivo. De fato ele não precisa se impor para obter respeito. Sua própria presença já provoca isto. Impõe o desconforto. No entanto, o respeito causado pelo medo e temor não é verdadeiro; ou tão frágil quanto castelos na areia, como veremos no episódio a seguir; Gilga é como uma criança mimada, que se revolta e se desequilibra facilmente quando algo não sai como ele quer. O que não me impede de ficar eufórica com esse garotinho!

É um final de episódio fantástico, tão forte e intenso, que quando Illya surge montada em seu Basakah, eu já estava completamente fora de mim. Eu francamente não sei se terei forças e estabilidade mental para comentar o próximo. AH, que episódio, que episódio!! AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH ~ Se manterem o ótimo nível de direção e roteiro no próximo, será o episódio do ano. 

Yeah, estou no hype pra ele. Desde que UBW foi anunciado. Segurem em minhas mãos e vamos torcer para que seja ótimo, porque eu já estou em lágrimas. BASAKAH VS GILGA! É bom que o ufotable tenha reservado os seus melhores animadores pra isso. ME ABRACEEEEMMMMMMMMMMM

Avaliação: ★★★★☆
Staff do episódio:
Roteiro: Kazuharu Sato  
Diretor do episódio: Takashi Suhara  
Storyboard: Takashi Suhara
Animação: Takuya Aoki, Mieko Ogata, Tomonori Sudou
Direção: Takahiro Miura 

-Gemada para o boy. Vocês sabem. Gemada é afrodisíaco! Mas hein, será que o ufotable vai deixar subtendido que rola algo a mais entre eles? 
-OH BOY.
-Que fanservice divino <3333
-CLAYAMORAASSSS! Mais alguém?
-Amei essa composição <333
-Gent, eu ri tanto! The best waifu! E aqui começa a maravilha relação da Rin com a Ilya e OPS- rota errada. 

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