sábado, 15 de agosto de 2015

Comentários: Gakkou Gurashi #06 – Bem-vinda!

Elucidado o misterio de Megu-nee. 
Eu sinto que boa parte do que foi comentado no episódio anterior, se aplica neste. No sentido de a importância da linha narrativa do anime e as considerações feitas pela equipe de produção – sob o comando de Masaomi Ando – terem enfim atingido o seu primeiro clímax, de uma forma que não é nada parecido com um show de pirotecnia, mas uma sensível e charmosa conclusão obvia de um primeiro ato-arco, que por ser obvia, é levada acertadamente pela direção com naturalidade e leveza. E por isso, cativante. Esse tom expansivo de suavidade atmosférica que permeia a maior parte do episódio permite um contraste envolvente naquela que é a melhor cena/sequência do episódio, e uma das melhores do anime, em cima da construção do suspense em torno da não compreensão de Miki em relação ao estado psíquico de Yuki. O suspense cresce mortalmente à medida que o conflito entre as duas vai se estreitando. A princípio o silêncio presente na explicita expressão inquisitiva de Miki provoca inquietação, afinal, ela vai questionar Yuki ou não? Não é possível que, como uma completa novata ali e sendo uma personagem tipicamente comum que corresponde à grande parte dos expectadores, ela não iria fazer a pergunta fatal que estava na ponta da língua de todos. No entanto, quando finalmente a apreensão é rompida e se estabelece um suspense ameaçador, a reação comum é de um pavor crescente que vai germinando nos seios emocionais de cada um; ALGUÉM, POR FAVOR, PARE ISTO! SALVE YUKI DA VERDADE! PROTEJAM ESTE SORRISO!!!! 
Isto tudo é plantado, evidentemente. As emoções que surgem em nosso interior não surgem do nada, do vácuo absoluto, e sim de um laborioso condicionamento. Não é nada tão complexo ao ponto de se exigir uma análise fria passada toda a febre. Era evidente a partir do momento que cortaram para Kurumi e Yuri, que elas iriam evitar a hemorragia a tempo, estancando o sangramento provocado pela completa falta de reação de Miki ao ser questionada por Yuki (e nesse sentido, percebemos o quão frágil é este simulacro dela, como uma cortina de fumaça, que no máximo embaça a visão. Em algum canto do seu cérebro, ela ainda é consciente sobre os fatos, o que se torna claro na sua busca desesperada por reafirmação de valor). OH CARAS! Vocês precisavam ver meu estado nervoso quando o storyboard de Makoto Iino vai fechando nos olhos de Yuki, com a camerawork ainda fora de foco buscando uma melhor resolução, e os planos abertos para toda a sala. Foi sensacional, mostrando que mesmo trabalhos e estruturas de narrativa mais simples ou batidas, ainda são eficientes quando bem utilizados. Uma entrega completa de storyboard – neste caso mais do que simplesmente a animação em si –, edição e fundos musicais.

Assim, quando se olha para trás, percebemos o fim de um ciclo, que não é mais do que uma emocional olhadela em um álbum de fotografias. Tudo o que vemos até aqui corresponde ao que sentimos quando a segurança de Yuki é ameaçada, o sentimento maternal protetor de Yuri para com o grupo, e até mesmo a perda precoce da querida e estimada Megu-nee, que não surpreendentemente é uma personagem de grande empatia. Tudo isto, claro, se deve a estes seis episódios e o quanto eles formam uma unidade sólida, sendo que isoladamente não dizem muito. Um exemplo interessante sobre isso é o pequeno recorte de flashback de Miki, quando esta finalmente compreende o valor do grupo construído em torno de Yuki, no qual o texto da série se sai muito bem em não colocar em palavras, mas apenas deixar para a compreensão do expectador, que certamente não sentirá sua inteligência menosprezada pela produção. Finalmente consigo compreender com plena lucidez qual era a idéia no qual a série tentava alcançar, naquele conflito dramático das duas amigas, provocado pela atitude compassiva de Miki. Está tudo bem em apenas sobreviver? O sentido em continuar vivendo, mesmo em meio a depressão que assola o mundo jovem, não estaria nas pequenas coisas que usufruímos desta vida? Não seria esta a verdadeira felicidade? Não um estado pleno, mas uma colcha de retalhos de diversos momentos de breve, mas autentica felicidade que faz com que tudo valha à pena.

Avaliação: ★★★★★
Staff do episódio:
Roteiro: Kiyomune Miwa
Diretor do episodio: Hitomi Ezoe
Storyboard: Makoto Iino
Direção de Animação: Haruna Goutsu, Yoko Takanori, Takashi Narikawa
Direção: Masaomi Ando

-Esse é você, toda vez que abre a porta do seu quarto e entra na 2Dzone.
-Tão legal isso, evidenciando a aceitação e integração de Miki ao grupo. Esperando por fortes emoções dela com Yuki <3
-Apenas sinto!


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