WOW você olha para a impulsividade agressiva de Nishinosono e pensa instantaneamente que ela nasceu para isso! A guria tem faro de detetive e não se importa com etiquetas desde que isto lhe traga respostas, mas parece lhe faltar um pouco mais tato, sangue frio e astúcia para manipular sua presa. Saikawa, por outro lado, parece ter o que lhe falta. Talvez a experiência e sabedoria dos anos? Mas com toda essa bagagem, o peso parece puxá-la para baixo e ele não demonstra ter todo aquele entusiasmo e paixão juvenil em abraçar um desafio com gosto de aventura que geralmente só traz fadiga.
Caras, o que foi este episódio? Muito BOOOMMM! Me deixou novamente entusiasmada e na pontinha dos pés. Fiquei ovulando com este choque entre Nishinosono e Saikawa. Ela é realmente tão infantil que chego a pensar que o Saikawa deveria ser condecorado! Mas como não compreender seus sentimentos? A personagem se coloca ante meus olhos como uma chama viva de emoções emaranhadas que todos nós sentimos em algum momento, ainda que fuja à racionalidade. E ainda há o lance de haver uma mancha impossibilitando a compreensão de algo no que lhe diz respeito. Eu não entendo! E isso me excita. A relação com Magata é mesmo apenas de superficial paralelismo??? E por que no flashback a Nishinosono aparece como uma garotinha morena com um vestido lilás (cor da morte)? Ela pintou o cabelo? Também sofre de distúrbio de personalidade? Seu pai foi um politico famoso, e isso meio que exclui qualquer parentesco com Magata, certo?. Oh, eu sinto para quem veio atrás de raciocínios lógicos, mas eu só tenho questões. Na verdade, nem sei o que pensar e acho isso de certa forma tão divertido!
Mas o que tem me divertido mesmo é essa narrativa estilo Monster/20th Century Boys, de Naoki Urasawa, com crescente conflitos pessoais que se entrelaçam com a atmosfera de suspense criada lateralmente, através de ações intercaladas – com a trama presente em busca de uma direção, enquanto outra trama em flashback segue exatamente os eventos que culminaram nos eventos do tempo presente. Tão instigante quanto acompanhar a ebulitiva reflexão existencial que prende os homens ao chão em uma espécie de correntes invisíveis (que tem um peso até maior se tratando de sociedade japonesa), e podermos visualizar com nossos próprios olhos o que deflagrou a tragédia em torno de Magata, assim como o ato, que através de depoimentos não confiáveis é cercado de pontos cegos, é empolgante.
seus olhinhos chegam a brilhar em segundo plano enquanto o líquido espesso é derramado |
A pequena Magata de yandere psicopata tem um charme e tanto! Eu definitivamente não posso julgar o dr. Pedofilo por sentir o sangue borbulhando nas veias quando ela coloca a faca em suas mãos; a faca que irá libertá-lo seja lá do que o prende ao chão. Você nunca se sentiu tentado a ver a vida transbordar por entre tecidos musculares? Eu estou parecendo uma maníaca? O que? Não fui eu que escrevi isto! Wow, mas falando sério, eu quase pude sentir o tremor de excitação e medo dele ao segurar a faca. É como subir numa montanha russa de loopings, naquela parte onde o carrinho alcança o alto da ladeira e está prestes e descer com tudo.
Em última nota, a esposa do diretor me parece tão suspeita e, se o marido dela a traia com Magata, certamente ela entenderia que teria motivos suficientes para acabar com a vida dela, mas não importa o que, aquela mulher não parece ter cérebro para engendrar um enigma tão labiríntico.
Bônus
Avaliação: ★★★★★
Staff do episódio:
Roteiro: Toshiya Ono
Direção do episódio: Akiko Seki
Storyboard: Atsushi Takahashi
Direção de animação: Erina Kojima
Diretor: Mamoru Kanbe
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