Após recusar o convite feito pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (organização responsável pela votação e distribuição do Óscar) em Junho do ano passado, o lendário diretor de clássicos como Cemitério dos Vagalumes, voltou a declinar de um novo convite para o júri do Óscar. Segundo o ANN, a justificativa dele foi a de estar muito ocupado trabalhando.
Isso é bem a cara do Takahata mesmo, o velho não para nunca e apesar do seu amigo e parceiro do estúdio Ghibli, Hayao Miyazaki ter insistido para se apontarem juntos, ele recusou prontamente a proposta dizendo que ainda tinha muito o que fazer em termos de animação. Ele vai morrer trabalhando. É verdade que a maioria dos integrantes da Academia não assistem aos filmes em que votam, mas esse não parece ser o perfil do Takahata em apenas querer ostentar um status sem oferecer nada em troca. Curiosamente, a Academia fez diversos convites também para o Miyazaki, que também recusou todos.
Acho que todo mundo faz uma ideia, mesmo que vaga, do legado desses caras. Portanto, não é sem sentido que sejam tão visados, mas parece que não vai rolar mesmo. Em meio a tanta polêmica em torno da falta de diversidade e representação feminina/negra na maior premiação do cinema pop, a organização vem dando sinais de querer melhorar, mas obviamente não vai ser tão simples nem tão rápido. Em tempo, o Ghibli concorre à melhor animação com com When Marnie Was There (Omoide no Marnie) de Hiromasa Yonebayashi, após ter seguidamente concorrido com The Tale of the Princess Kaguya (Kaguya-hime no Monogatari), do próprio Takahata, e Kaze Tachinu, de Miyazaki – mas perdeu todos.
(talvez uma prova de boa vontade quanto à diversificação, seja dar, finalmente, um Óscar ao DiCaprio *risos*)
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