E eis que a Production I.G. ressurge com a franquia Blood, mas dessa vez sem criar mundos alternativos e sim um reboot da série original, Blood: The last vampire, um verdadeiro clássico e uma perola da animação, se você ainda não assistiu, dê uma conferida o quanto antes (você pode dar uma olhada na resenha que fiz sobre, aqui). Até mesmo porque, Blood-C, mesmo sendo como já mencionado, um reboot, não traz quase nada do original, a não ser a idéia original que se consiste em uma estudante colegial, com uniforme escolar e katana na mão, matando monstros que perturbam a paz da humanidade. Blood-C tem um forte marketing por trás, que envolvente principalmente as meninas do CLAMP, até o famoso e competente grupo de seiyuus, encabeçado pela estrela Nana Mizuki. É muito amor, assim os fanboys (tanto do CLAMP e da franquia, quanto das seiyuus) vão á loucura!
Mas o primeiro episódio dessa empreitada não é tanto amor assim não e mesmo que particularmente eu tenho gostado bastante, há muitas críticas quanto a essa estréia e são críticas até certo ponto, bem pertinentes. E sim, se descabelem quem gostaria de algo mais sério e maduro. Por esse primeiro episódio, o caminho que se desponta é do “pop pipoca”, com uma trama mais adolescente. Primeiro episódio seguiu a rasa sinopse oficial; Saya Kisaragi é uma miku e tem a missão de caçar e matar seres conhecidos como Furukimono, cujo objetivo é alimentar-se dos seres humanos. Pelo que se mostrou, durante o dia ela é uma estudante comum, além de ser Megane (garotas que usam óculos), ela ainda incorpora um outro tipo de garota caricata, ela é uma Dojikko, que significa “garota desajeitada”(doji-desajeitada, ko-garota;criança). Mas durante a noite, ela incorpora uma personalidade mais seria e fria, que a mando de seu pai, sai pela noite a procura dos Furukimonos.
E isto tem sido uma das principais críticas, a falta de propósito e motivação. Afinal, como assim ela apenas muda de personalidade assim do nada e sob ordens do seu pai, sai pela noite adentro procurando e matando monstros com sua katana? Bem, esse projeto tem a cara do CLAMP, tem a alma do CLAMP, é tudo muito CLAMP (incluindo ai o titulo, Blood-C), inclusive a forma do enredo se desenvolver. O lado -pseudo- filosófico da narrativa e a característica mais marcante: os personagens, está tudo ali. Vai dizer que já não viu a figura de nenhum deles em outras obras do CLAMP? Não? Então você não curte as garotas prodígio né?
Começando pelas gêmeas, Nene Motoe e Nono Motoe. É praticamente um crossover com as gêmeas Maru e Moro de XXXHOLiC.
Saya Kisaragi é uma verdadeira salada mista, com um character designer que tem o corpo da Himawari Kunogi e o espírito (e os óculos também) do Watanuki, até o jeito atrapalhado e sonhador. Ela sair cantando pelas ruas desertas é muito nostálgico, né Watanuki? Ah sim, o jeito atrapalhado e sonhador é típico das heroínas CLAMP. Querem um exemplo absoluto? A Sakura, de Sakura Card Captors.
E incluindo ai os outros personagens, como o tipo sério e misterioso, que formará o casal subtendido da trama com Saya, o bonitão do Tadayoshi Kisaragi. Tem o tipo sexy e atraente, na figura da professora, o bonzinho e bonitinho, como o líder de classe, Fumito Nanahara. Etc e tal...
Conhecendo bem o estilo do CLAMP de levar as histórias, podemos esperar uma trama episódica, com monstros do dia em meio ao ambiente slice of life, com alguns momentos de tensão e mistério, que deixe o espectador na vibe pelo desenrolar de tudo isso. A trama verdadeira deve se revelar apenas nos episódios finais ou de uma forma bem corrida, lá pelo último ou antepenúltimo, já que elas se especializaram nisso. Como já disse, particularmente, não vejo problema algum, desde que seja bem executado e envolva quem assiste. Gostei dessa nova Saya, os outros personagens e seus character designers que são lindos. Não vi nada de desproporcional e o CLAMP quando quer (vide Gate7) sabe criar verdadeiras obras de artes em forma de desenho. O blackground eu curti pra caramba, aquele ambiente de cidade japonesa do interior, com menos gente ainda do que o normal e o som de grilos e cigarra impregnando o som ambiente. Isso, seguindo de momentos com varias seqüências sem quaisquer música de fundo ou dialogo. Acho uma delicia esse clima e me lembrou bastante o anime Ghost Hound, também da Production I.G (influência de Jun'ichi Fujisaku?).
Mas bem, eu também tenho meu lado crítico e basicamente, o principal problema desse primeiro episódio de Blood-C foi a falta de uma introdução para o conflito global do anime, se focando demais no slice of life da trama e deixando o que deveria ser o foco, de lado. Esse primeiro episódio cai bem como um episódio de meio, mas como introdução, realmente deixa um pouco a desejar. Saya parece não ter conhecimento de sua história e a luz evasiva e esvoaçante que apareceu pra ela alguns momentos, deixa um certo mistério no ar, assim como sua relação com seu pai em toda essa missão de caça aos furukimonos.
A luta de 5 minutos sem duvida é o ponto alto do episódio e anseio por ver mais. O jeito silencioso em como ela luta e encara o adversário, é sem dúvidas algo bem característico da Saya original e que bela coreografia animada ein? Excelente trabalho de animação da Production I.G e do experiente diretor, Tsutomu Mizushima (XXXHOLiC, Kobato, Genshiken). A falta de som e diálogos deixa um sentimento de apreensão bem gostoso e acredito que teremos muito mais momentos assim. E é nestes momentos que o outro lado da Saya fica em evidência, onde ela deixa um tipo clichê e encarna outro; o do personagem badass, se aproximando mais da personagem original. Esse contraste de personalidades é bem peculiar e levanta uma questão: o que há por trás dessa decisão? Tendo o roteiro desenvolvido por Jun'ichi Fujisaku (Production I.G.) e Nanase Ohkawa (CLAMP), que possuem perfis completamente distintos, espero algumas surpresas pela frente e um misto interessante do estilo obscuro de animes dessa temática da Production I.G e o lado fantasioso e regado a mistérios, do CLAMP. O anime terá 12 episódios. Acompanhemos então, né?
A OP composta pela música tema "Spiral" da banda J-Rock DUSTZ juntamente com a sequência animada é completamente e insanamente surtante e falo isso levando em conta meu lado fangirl e o crítico. Realmente ficou bem bacaninha o resultado final, a pegada rocker da música combinou com a animação, que alias ficou pra lá de senssual.
11 comentários :
Roberta, você falou tudo que eu pensava sobre esta série. Concordo com tudo, especialmente as críticas. Mas pensar que uma amiga chama o cabelo da Saya de... Barbie HAUAHUA XD
Quero ver seu post sobre NO.6, heim? xD
Blood mais e uma serie que muda
o primeiro foi um seinen
o segundo um shounen agora um shoujo eu tenho medo de ver o proximo an certa vais er um kodomo
tamben nao gostei de ter deixado a saya tao bonitinha ela era mais legal quando parecia um menininho.
enquanto as gemeas achei o fim da picada
gemeas legais sao com personalidades diferentes(ala shion e mion) essas ai ganharan da shiro(deadman)e da maria(umineko) no quesito personagen mais chata da historia
Também concordo com tudo que vc disse, eu como fã da Saya fiquei um pouco chocada com essa versão "menina desajeitada".
kkkkkk Na hora que vi as gêmeas parecia que tava vedo XXX Holic outra vez kkkk Pelo menos os braços e pernas dos personagens de Blood C não ficaram tão compridos né? huahuahua
Blood "Clamp" ¬¬ aff
Como se trata de uma nova versão, gostei do novo visual. Apesar de que não gosto desse jeito desajeitado dela, preferiria uma personalidade mais próxima do que ela mostra quando esta lutando. No mais, a Saya de The last vampire é única e ainda sigo esperando uma continuação da versão original.
o proximo blood vai ser ao estilo pokemon
Achei o primeiro epis fodastico Roberta Carol. Apesar que não da pra saber nada do anime só por esse epis.
NT: Adoro o Clamp XP
Achei bem legal, acho que não há nada de Clamp que eu não goste e olha que eu sou recem iniciada nesse negocio de anime e manga
Concordo com o Junior, muito fraquinho pra minho opinião, podia ser bem melhor. Mas como sempre digo: faz parte -_-'
all hope is gone
Decepcionou, agora é ver o segundo para saber se compensa acompanhar (segunda chance).
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