segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Comentários: Mirai Nikki #09 & Fate/Zero #10



Olá, vocês! Trazendo de volta o combo mais popular do blog ELBR, Mirai Nikki e Fate/Zero. Dessa vez, fui um pouco mais rude no tom, ainda que somente Mirai Nikki tenha realmente me decepcionado. Quer dizer, na verdade, já faz tempo que não deposito fixas nesse anime, mas quero continuar comentando sempre que puder, como terapia. O engraçado é que dei dropp em Guilty Crown essa semana, que apesar de não ter mostrado evolução alguma no roteiro, ainda conseguia ser cretinamente divertido. Mas vou continuar com Mirai Nikki, que deveria ser o cretinamente divertido da temporada e não o pretensiosamente melhor roteiro de ação. Há algo de errado ai – Exemplo claro de, “A vida como ela é”. E beeeeeem, Fate/Zero, continua bom como sempre, com seus 20 e tantos minutos, que se parecem mais com uma execução de apenas 10 minutos, apesar que também fizeram uma escolha questinavel nesse episódio 10.  E falando em Fate/Zero, realmente feliz aqui em saber que o projeto Fate/Apocrypha é uma Light Novel e não mais um jogo da franquia, como deu se a entender anteriormente. Acredito que todos os fãs de Fate, já conhecem, mas fica ai a dica de um blog bem legal com enfoque nas séries da Type-Moon, o The Heavens Feel. E olha que legal, o sucesso de Fate/Zero, está motivando várias pessoas a traduzirem o vasto material da franquia, a começar por mangás e a light novel. O Aishiteru FansubScanlator também está trabalhando na adaptação da nove, e já com alguns capítulos de frente ao “Light Novel Project”.

Mirai Nikki #09 - É pra rir ou pra chorar? 

Mirai Nikki tem umas coisas engraçadas, onde algumas atitudes não fazem muito sentido ou a motivação dos personagens não convence tanto. Isso acontece nesse arco, de todos, o que menos gosto do mangá. Não faz sentido a Mao aceitar o “cara ou coroa” do Akise se ela estava na vantagem ali. Mas bem, um dos charmes de Mirai Nikki, é não fazer sentindo algum e não se levar a sério, e claro, também esse é o motivo de também ter tantos haters. Mao perde completamente o domínio da situação de uma forma tão boba, que é difícil “respeita-la”. Mas ainda que seja um dos arcos mais fracos no original, conceitualmente é bem interessante, além de ser o arco que introduz personagens importantes para o restante do enredo. Também tem um tom de humor involuntário de explicito, difícil não rir da perseguição de Yuno à Yuki ou da acentuada covardia do mesmo, que tenta a todo custo formar novas amizades que aparentemente estão fadadas ao fracasso. Ainda que seja se apoiando em cima de quem o traiu.

Hinata, revelando que Yuki mais uma vez falhou miseravelmente 

De qualquer forma, esse arco também confirma de forma explicita a carência afetiva dos personagens e que tirando um ou outro, todos ali tem um problema psicológico grave, o que acaba sendo o mote principal de Mirai Nikki – Este, a cereja que enfeita todo o bolo depois que tudo chega ao fim.  Agora, já praticamente na metade, as coisas tendem á ficarem um pouco repetitivas, até que se chega à fase de pleno frenesi, onde Mirai Nikki se transforma num Sr. & Sra. Smith, com Yono e Yuki, fazendo deliciosamente um “Yin e Yang”, onde um não existe sem o outro. O problema é esse anime, né mesmo!? Erra muito no tom, na execução e se por ventura, consegue alguns méritos como adaptação, a péssima direção e a broxante dublagem da Yuno, estão sempre ali pra não nos deixar esquecer que algo tão pretensiosamente louco como Mirai Nikki, deveria estar na mão de estúdios e diretores realmente competentes, que conseguissem explorar todo o lado exótico e divertido da obra. Brincar com a seriedade e se tornar quase que uma paródia de séries como Death Note que se propõe serem inteligentes, que deveria ser o mote, cedeu lugar ao tentar ser sério com um conteúdo tão desproposital. Ai você me diz, “MASOQ”, a adaptação está fiel. É, tá parecendo uma bula de remédio (no nível da dublagem do Luciano Huk no filme Enrolados. Que só pegou o roteiro pra ler, tesão que é bom tá em falta – tanto no filme como nesse anime) , mas toda aquela graciosidade, personalidade e performance na hora do prazer, só faz gerar um faz de conta que está gostando.  Gostou (do episódio) amor? – Gostei, foi “lecalzinho”. Não tão bom como o Ricardão, mas já experimentei coisas piores.






Fate/Zero #10 - "As aventuras da pequena loli"

Esse episódio me trouxe a sensação de estar assistindo Fate/Stay Night, com uma melhor produção, claro – Se não fosse um detalhe: A pequena Rin. Eu sei que a tsundere, que só não é mais querida que a Saber, tem lá seu fã clube de admiradores e defensores, mas ela é definitivamente mais adorável na versão loli do que naquela versão aborrecente de Fate/Stay Night. Dito isso, estou preparada para prováveis comentários revoltosos. Mas só brincando aqui, apesar de não nutrir nenhum “amor” pela personagem em questão, ela consegue ser uma tsundere melhor do que muitas de suas concorrentes.

LIKE A BOOS, PEQUENA RIN
O episódio em si, foi um grande “loli fanservice” e levou os otaquinhos a loucura, de tanto amor. Mas não é pra menos, a pequena Rin é realmente muito adorável, esse sorriso dela, particularmente, considero o “clímax” do moe. Pronto, já podem ejacular pela boca, vomitando muito arco-íris. Apesar de ter sido completamente fora do tom proposto pela narrativa, é completamente entendível um episódio focado exclusivamente na Rin, como uma das principais personagens da franquia, ao lado de Saber e Sakura, tendo destaque em todas as rotas de Fate/Stay Night (parando e controlando aqui possíveis spoilers), tendo inclusive seu próprio percurso. Com isso, temos um episódio inteirinho focado em Rin, que acaba se envolvendo no misterioso caso das crianças desaparecidas, que sabemos muito bem ser obra de Caster e Ryunosuke Uryu. Outra ponta que o episódio tenta alcançar é o fato de a Rin estar determinada a seguir os passos do pai e se tornar um grande mago, aprendendo a arte do “Cristal Mágico”. Lembrando que realmente um mago começa a aprender magia desde cedo.

Em meio a algo meio “aprendiz de feiticeira”, Rin também faz amizade com Kotone, que acaba sendo sequestrada por Ryuunosuke, que a hipnotiza juntamente com outras crianças. O desfecho é agridoce, bonitinho, eu gostei afinal mesmo em um episodio “filler”, a execução foi excelente, com uma ótima tensão, conseguindo ser assustadoramente intenso – Na medida certa pedida pelo plot “Aventuras de Rin”. Porém, tecnicamente, foi um episódio completamente deslocado e que de nada lembra a mente por trás do roteiro original, Gen Urobuchi. Em outras palavras, isso não é Fate/Zero, é Fate/Stay Night em seus melhores momentos.

Destaque pra belíssima paleta de cores e a ótima iluminação

Não, o plot do episódio não foi algo tirado do.... nariz (acharam que eu ia falar palavrão? Há!), na light novel realmente há um capitulo em torno da Rin, mas em Fate/Zero foram tomadas algumas liberdades, como a introdução e o desfecho da história. Por exemplo, ela e Rinnosuke não se encontram, onde caso seguissem o original, Rin seria detida por Kariya no beco. O que acaba culminando em um desfecho trágico para as crianças sequestradas por Ryuunosuke, incluindo ai a Kotone, que apesar de não ser explicito, dá se a entender que acaba morrendo também. Ou seja, TRAAAAAAAAAAAGICO.

Tá certo foi bonito o fanservice para os fãs, envolvente e descansou um pouco os mais sensíveis do dramático e sangrento conto de Gen Urobuchi, porém acabou se perdendo algo ai, uma vez que o contexto ao qual Rin é exposta na light novel é uma preocupação com o que a personagem se tornaria em Fate/Stay Night, enquanto que o anime deixou um tom de “fanservice”, qualquer coisa inútil, ainda na ótima média da série. Mas foi bem ao mostrar o lado mais humano do manipulador e repulsivo Tokiomi, ao mesmo tempo em que deixa incógnitas com relação à Sakura. Destaque ai para a figura de Kariya, aquele que está disposto a se arriscar pelo Santo Graal, para que Sakura seja libertada. É o tipicamente trágico herói de Gen Urobuchi, se Kiritsugu Emiya é a puella magi Akemi Homura, Kariya é Miki Sayaka em todo o seu desespero.







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