OH MY GOD!
O SHOW TÁ ACABANDO!!!
Essa análise possui epoilers de Evangelion. Ou fique sem ler, ou leia e seja punido por ainda não ter assistido Eva, depois de tanto tempo.
E essa meiga imagem acima [novamente do script do episódio
22] reflete bem o que foi o episódio: cumplicidade. Não à toa, dá o exato foco
[e ignora completamente o pesar de Kariya] nos três servos e mestres restantes.
Episódio altamente contemplativo, onde foco nos personagens e suas relações não
apenas entre eles mesmos, mas com o que almejam, provoca um misto de
sentimentos. Ora você tem uma sensação reconfortante na melhor dupla do anime
[com uma leveza que destoa de todo o restante do show], ora sente toda a
amargura de Saber e Kiritsugu.
A despeito disso, o episódio ainda que tenso [MUUUITO TENSO.
Aquele seu time antes da partida final da Libertadores – É, atualmente não me
importo com futebol, mas já cheguei a chorar com derrotas do Grêmio e Cruzeiro.
Devolvam minha infância >_<], soube ser sútil em todos, eu disse TODOS os
momentos. E acompanhando, tão sútil quanto, foi à animação que se mostrou muito
boa mesmo em um episódio paradão como
este, seja na delicadeza como os cabelosdos personagens se mexiam, ou com ocenário. Fotografia mais introspectiva, como o episódio pediu e enfim,
sutileza que transmitiu os sentimentos dos personagens de forma muito eficaz.
Aliáááás, com a vista do templo Ryudoji, acredito que só falta um cenário de Fate/Stay Night para revisitarmos, e
somente no último episódio provavelmente.
É ou não é, a coisa mais fofa que isso? GUTE GUTE GUTE |
Surpreendentemente, voltando à casa dos Mackenzies, Wave é
surpreendido por seu “avô” de que eles já sabem da verdade, mas que não
disseram nada por apreciarem sua companhia. Foi uma cena muito bonitinha, né?
Como muito bem pego pelo @Qwertybr em seupost, realmente podemos ver (coincidentemente
o nome da vovozinha também é Martha) a similaridade com outro garoto, que
resolveu abandonar a segurança da casa dos pais, para enfrentar maiores
desafios, no caso o Superboy, antes de ser o Superman. Mas o certo acaba sendo
a construção do caráter de Wave. Essa interação entre ele e essa família (incluindo, o Rider) certamente
transformou o personagem – Mudança gradual que pudemos conferir no decorrer de
todos os episódios. Se antes ele apenas buscava reconhecimento, com essa
aprendizagem, aparentemente ele aprendeu a focar e buscar por seus objetivos da
forma correta, como podemos ver no Wave Velvet (agora com 29/30 anos), professor da Rin Tohsaka.
-"Mestre ou não, você ainda é o meu amigo"
Mas o que me tocou de verdade nesse episódio foi o diálogo
entre Wave e Rider. Foi suave, fraterno, com linhas de diálogos que nos fizeram
apaixonar por essa dupla tão simpática. Eles funcionam tão bem, tem uma química
tão impressionante, que seriam capazes de protagonizar sua própria série. WOW!
Eu fiquei com os olhos molhados com o Wave gastando todos os seus selos de
comandos e libertando Rider. Wave se vê como um inútil (afinal, a própria participação dele nessa guerra é para tentar provar
o contrário) e indigno de lutar ao lado de Rider, pensando que só traria
problemas para ele – Então o liberta. Rider ali se comporta como um verdadeiro
irmão mais velho. Quando ele começa a encher a bola de Wave, e este fica
completamente envergonhado e sem jeito, eu quase explodi. Só faltou a BGM ser “Painful”,
que eu acho bem mais emotivo (sempre me
dá vontade de chorar quando toca ela em algum momento sentimental). Me deu uma
vontade de gritar: OH NOOOOO! Não quero que isso acabe! O Wave todo emotivo lá
no vídeo, minha face molhada, eu me sentindo uma idiota [por estar lacrimando]
e logo depois sorrindo.
É ou não é, mordível? |
Agora........ CAAAARÃÃÃÃ! EU, COMO FÃ INCONDICIONAL DA IRIS,
NÃO PRECISAVA TER OUVIDO AQUELE ESTALO DE PESCOÇO QUEBRADO! Gen Urobuchi é
realmente muito sarcástico por colocar tais palavras na boca dela e se você
sabe o que acontecerá, certamente sentiu isso. Não foi bonito. Foi bruto, com
uma intensidade destoante e apesar e senti falta de um momentinho para a Iris.
Claro, a cena foi competente, a Sayaka Ohara (eu já disse que por essa mulher eu me tornaria realmente lésbica? Só pra
ela fazer me fazer uma batida de liquidificador ao pé do ouvido),
nooooovamente deu o tom exato à personagem. Conseguiu colocar intensidade e fragilidade
na mesma entonação de voz. Ela vomitando na cara de Kiritusu, foi um show a
parte.
Mas um momentinho só dela, como outras personagens tiveram,
me parece difícil, afinal, o Kirei roubou a cena como um todo e praticamente
levou o episódio no bolso. Se a Sayaka Ohara estava esplendorosa, Joji Nakata
como Kirei não fica atrás. Se no episódio
anterior vimos Kariya chegar ao seu estado crítico, aqui nos temos o Kirei
numa verdadeira encruzilhada. Kirei, o homem vazio (maldito Ei Aoki que colocou todos os holofotes em Kiritsugu), que
pensou ter encontrado em Kiritsugu, um igual. E como uma criança encantado por
uma borboleta, o perseguiu. Mas como Iris disse, Kiritsugu sempre esteve um
passo à sua frente.
-“Para mim, suas palavras são como um evangelho. O Emiya Kiritsugu é exatamente como eu imaginei, no final das contas”
- “Que piada. Você está mais distante dele, do que qualquer
outra pessoa! (...) Você não tem nada do que ele carrega em seu coração”
E como já dito pelo mesmo Kiritsugu, "Este homem nunca
experimentou a paixão em toda a sua vida. Ele não acredita em nada".
E o mundo de Kirei se despedaça quando ele descobre que Kiritsugu não era nada
como ele havia imaginado. Não se parece em um pouco com ele, não é vazio, não
está perdido e tem um motivo verdadeiramente nobre e altruísta para querer o Cálice
Sagrado, ao contrário deste. Kiritsugu, sendo como aparentava ser, tendo
encontrado acolhida nos Einzberns, um caminho a trilhar, dava a Kirei um fio de
esperança para que este também pudesse encontrar um caminho. Mas ao descobrir
que aquilo era tudo uma fachada e que seu objetivo, não passava de um desejo
infantil, ele se sente novamente só e completamente perdido.
Que expressões! E que atuação do senhor Joji Nakata. O Kirei
completamente cético sobre o que acabara de ouvir. Não apenas cético, mas,
furioso também!!! Assistindo essa cena pela segunda vez, eu comecei a rir.
Acreditem!
“O conflito é o instinto primário de qualquer humano. Eliminá-lo, significaria a eliminação da humanidade em si”
“É um ideal inútil”
Como podemos ver e mais uma vez, os flashbacks de Kiritsugu
se mostram extremamente importantes para a total imersão compreensão desses
diálogos. Afinal de contas, o Kiritsugu apenas faz reprimir suas
vulnerabilidades e assim lutar pelo Graal de forma eficaz. Para não ser
esmagado por suas emoções, se reprime o máximo que pode e no último e
catastrófico episódio, veremos EXATAMENTE como isso afeta no desfecho final e o
porquê de termos aquele Kiritsugu, amável, bondoso e carinhoso nas lembranças
de Shirou.
40 horas sem dormir. Kiritsugu, mais loucão e badassss que Jack Bauer! |
Com Kirei depositando seus delírios, ilusões e esperança
nesse homem, ele precisa um novo propósito. E ele encontra. Não é algo que vá
lhe trazer a resposta que procurava, mas irá lhe motivar (e que, maaaais uma vez Citando Fate/Stay Night, tornará o fator
motivacional para continuar respirando), destruindo e esmagando todas as
esperanças de Kiritsugu. Saborear este momento, com certeza lhe seria como um
bom e velho vinho. Gen Urobuchi habilmente constrói uma linha narrativa e
conflituosa de forma soberba entre dois homens que nem ao menos se conhecem. Desde
o inicio podemos ver o clima sendo preparado e aqui, parece que atingimos a
preliminares e está tudo pronto para o grandioso clímax entre esses dois.
E, discordando bastante do comentário do leitor "Preconizador", vós digo que acho a sintonia entre Kirei e Gilgamesh, algo
perfeito. É como unha e carne. Sal na ferida. Corte nos pulsos feitos com
navalha e álcool destilado. No episódio 12, Gilgamesh é o que menos fala e mais
observa. Porém, na versão Blu-Ray nós temos o picante (~66) Gil falando um pouco mais. Pra
ser mais exata, ele diz gostar de assistir ao desespero de indivíduos que
almejam e abrigam dentro de si, grandes ambições, não sabendo que na verdade
não estão aptos para tal. É o que vemos no exemplo mais recente, episódio
anterior, ao contemplar a destruição dos desejos primários de Kariya. É o que o
atraí em Saber e o faz a desejar com tamanha intensidade (cadê ufotable lançando versão ero-comédia desses dois?). Como
comentado aqui, por outro leitor, o "Felipe", poderia ser algo
interessante de ser ver e.... Bem,
Gilgamesh dá a Kirei o que ele tanto desejo, e Kirei o auxilia na obtenção do
único tesouro que não lhe pertence e que o Rei tanto almeja.
Agora, comentando rapidamente sobre Saber e Kiritsugu. Se
você estava achando que esses dois finalmente iriam quebrar o gelo, ficar “amiguinhos”,
por compartilharem a mesma preocupação com relação à Irisviel, realmente não
aconteceu. A relação entre os dois, mesmo que agora a Saber, o entenda,
continua deliciosamente tensa e representada de forma magnifica aqui nos mínimos
detalhes. O jeito frio que Kiritsugu a recebe. A forma dura com que ela diz
que, caso ele precise dela, que use um selo de comando para invocá-la. Kiritsugu
impassível, sem esboçar uma mínima reação. Quando o peixinho em cena é a única coisa que corta o silêncio entre os
dois, eu não deixar de soltar um “huh”. Ela com um semblante um tanto quanto caído
e abatido. A forma como Saber se distancia e a câmera se movimenta, ora colocando
os dois em foco, numa tomada maisdistante, focando o semblante decada um, até o close com o cenário meiodesfocado ao fundo. Ficou algo bem cinematográfico e casou certinho com o
fiapo de diálogo existente entre os dois e a atmosfera nada amigável. O quê? Tô
comentando porque gosto desses detalhezinhos, poxa.
E num episódio centrado no lado interno dos personagens,
podemos ver com muita clareza que Kiritsugu realmente é [ao menos,
tecnicamente] aquele que mais merece levar a taça. E não por isso, mas pelo seu
motivo ser o mais forte dentre todos. A forma como ele se agarra a esse plano,
sacrificando até mesmo aqueles que lhe são caros, para poder realizar um sonho
de ver o mundo mais seguro (e friamente
pensando, mesmo que seja pelo sonho mais descabido, qualquer coisa deveria ser
melhor do que uma dupla como Gil e Kirei, colocando suas mãos ali), é a sua
última esperança e o que justifica tudo
que ele veem fazendo. Saber e Kiritsugu são os únicos que possuem um motivo realmente
sólido e concreto para a obtenção do Cálice Sagrado. Kayneth e Wave buscam por
reconhecimento. Lancer só queria poder servir alguém honrosamente e reparar o
fardo que carrega e Rider, por ser o conquistador, quer derrotar a todos e ser
o vitorioso. Tokiomi queria conhecimento, poder chegar à Akasha, a fonte de
todos os eventos e fenômenos no universo (passado,
presente, futuro, origem das almas dos Espíritos Heroicos), ou melhor,
nasuverso. Kirei não quer nada, apenas distração e Gil, apenas considera que
está reivindicando o que lhe é por direito. Ryuunosuke e Caster só queriam se
divertir. Kariya quer salvar Sakura e Berseker é só um cachorro raivoso, que
quando vê a Saber, se esquece de tudo ao redor. E o Assassin, depois de tanta
obscuridade, queria se tornar conhecido e... coitado. Continua desconhecido e
sendo ignorado. Tudo isso parece muito fútil perto dos dramas pessoais de Saber
e Kiritsugu e o que eles almejam.
E ao som da “Confrontation” ao fundo, um timing perfeito que
a gravidade do momento pede, temos um anúncio de que chegamos à semifinal. Rider
VS Gilgamesh, Saber VS Berseker. O time mais famoso de cavaleiros, os servos
mais famosos [e poderosos] disputam a semifinal, no campo de batalha. A câmera
foca nos poucos personagens importantes que restaram para o momento decisivo e
instantaneamente nasce aquele momento de apreensão. Oh, god! O que vai
acontecer? E só mais três episódios. Malditos, quando eu assustei, o episódio
já está no fim. E ai...
CARALHO! CARALHO! CAAAAARALHIOS! CARAMBA, QUASE ENGASGUEI.
QUE CENA, QUE CEEEEENA MARA-VILHOSA! Triste. Trágico. Cruel. Irônico. Sarcástico.
Não pude deixar de ficar rindo ao termino do episódio. Não de alegria, mas de
contemplação. Quem assistiu Evangelion, obviamente ligou imediatamente os dois
fatos. Foi arrepiante e muuuito bem orquestrado!!!!111!! Puro orgasmo visual!
Mas pera ai, a Iris não estava morta? Então ela ainda não
morreu? O que era aquele monte de Irisviel? Eu quero um pra mim. É o que você
deve estar pensando ai. Mas fique calmo e respire. OBVIAAAAAAMENTE, a Iris com
a pequena Illyasviel, era algo já pertencente ao plano etéreo. Ela já estava
morta e a sua última lembrança com a IIIya, acaba sendo ainda mais forte. Com
um sarcasmo peculiar, novamente a alma de Iris revisita aquilo que era o seu
maior sonho, que é poder libertar IIIya das amarras que lhe colocaram como receptáculo
do Graal. Isso me faz perceber em como seu objetivo se parece com o de Kariya,
afinal, tudo que ele queria era poder tomar o lugar de Sakura e a libertar. Curiosamente
nenhum dos dois atinge esse objetivo e o réquiem para um sonho de Iris, acaba
por se tornar um pesadelo.
Os efeitos que colocam, com todo aquela imagem de Iris e IIIya abraçadas, se deteriorando pela mancha negra, além de ser um simbolismo FOOOOOOOOODA, também ficou lindão, parecendo um filme antigo não resistindo aos efeitos do tempo. E bem, pensando que era um sonho de Iris, faz todo o sentido. Aquela montanha de cadáveres com as mesmas feições de Iris foi simplesmente ORGÁSMAAAAATICO!!! DEI UM SALTO EM TRIPLO TWIST DO CHÃO ATÉ O TETO E FIQUEI BABANDO. Sim, tudo em caixa alta, porque merece e mostra bem o estado alterado em que fiquei. Toda aquela montanha representa a quantidade de homúnculos criados pela família Einzbern, antes da Iris. Ela que é considerada a homúnculos perfeita. O modelo final. De certa forma, aquela pilha de cadáveres representa bem todas as inúmeras falhas que tiveram na criação de um homúnculo, até chegar em Iris.
A forma como Gil a chama de boneca, me fez pensar
imediatamente em Ayanami Rei, claro, a clone de Yui, mãe de Shinji e mulher de
Gendou, que havia morrido. Afinal, as duas inicialmente são tidas como meros
clones (e a Rei é chamada mundialmente
de boneca, que pelo subtexto da trama, a coloca como uma crítica a tantos
personagens iguais e sem almas que existiam e continuam existindo, focado nos
otakus) e insensíveis. Mas Iris adquire sentimentos e acaba surpreendendo,
por ir além do que lhe foi programado. Rei, também acaba adquirindo sentimentos
e ao final, toma decisões cruciais por conta própria. No episódio 23 de
Evangelion, Rei comete suicídio no EVA, e logo após a reposição dela, Akagi nos
mostra um laboratório com diversos clones, que parecem criar consciência, como
se fossem fantasmas em busca de vingança em uma cena realmente aterradora. Aquilo
foi GENIAAAL, e Urobuchi parece ter ido diretamente à raiz pra buscar essa
inspiração, pois aqui, mesmo representado de forma diferente, o sentido é o
mesmo.
Iris com sua alma já no interior do Graal sente o desespero
de ser uma personagem talhada pelas mãos de Gen Urobuchi. E, de noooovo, que
cena maravilhosa. Sequencia que merece ser vista e revista. Quero dizer ao
pessoal do ufotable que um dos meus rins, é inteiramente deles por ter feito
dessa sequência, algo tão espetacular. AGORA, o melhor de tudo: Quando enfim,
Iris e o Graal se juntam em um só. Para quem fica boiando, o receptáculo do
Cálice Sagrado não precisa estar vivo. Afinal, o que importa realmente, se
encontra em seu interior. E pô, a cena final com a Iris negra, que agora não é
mais a Iris que conhecemos e sim sua figura onírica, com um sorriso sádico na
face, é um prenuncio assustador para que virá no último episódio. Minha vontade
é comentar a importância disso, em como toda a história de Fate/Zero é bem
amarradinha, com tudo fazendo sentido, mas terão a chance ver ler o que penso
no post apropriado.
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Divagações:
Nah, eu tinha algumas realmente, mas deixa pra outro post,
RISOS. Estão liberados por hoje.