terça-feira, 2 de outubro de 2012

Comentários: Sword Art Online #13


SAO DROPPED ò_ó

Brincadeira!

Tá aí um bom episódio, e já nem deve ser surpresa para ninguém que esta será uma crítica positiva. Eu gosto dessa parte cotidiana de SAO, e depois de um longo caminho [repleto de abordagens equivocadas por parte da direção/produção], o Kirito ainda continua com expressões impagáveis e a Asuna é um bom par romântico (a personagem em si é lastimável) e sabe acompanhar as situações.

A trama da pescaria mostrou uma faceta diferente em SAO: O que as pessoas que preferiram se resguardar e não lutar na linha de frente ficam fazendo? Durante essa jornada, tivemos a oportunidade de observar diversos personagens, que mesmo não fazendo parte dos jogadores de “elite”, são importantíssimos para a sustentação daquele mundo. Porém, ainda não tínhamos visto o ponto de vista de um personagem comum inserido em alguma trama. Percebam:

>“No Japão eu sou chefe da segurança de rede de uma empresa chamada Toto High-Speed Internet. Meu nome é Nishida. No jogo, eu sou um pescador.”

>“ Eu supervisionei a segurança de rede para este jogo”


Bom, ao menos alguns questionamentos meus foram respondidos. Em parte pela galera nos comentários, com relação à presença de crianças e idosas. Aparentemente há apenas cerca de 20 crianças no jogo. Mas, é sempre bom que o próprio anime dê essas respostas, e ao menos com relação à presença de alguns idosos aleatórios vegetando aqui e acolá, a direção foi certeira neste diálogo acima. Gostei principalmente pela sutileza empregada.

>“Nesse mundo, muitas pessoas estão vivendo normalmente, já que nós podemos lutar nas linhas de frete.”

[A tirinha hoje está meio pervertida (meio? Eu diria muuuito perva), quando vi esse sorrisinho maroto repleto de malícia da Asuna...enfim, não tive dúvidas. Valia uma piadinha escrota. E tem aquela lenda urbana lá que o Kirito fez Asuna gozar três vezes (!!!). Como mulher, eu ainda estou tentando entender o segredo do Kirito-sama, pra contar pro meu futuro marido/namorado]

E a animação neste episódio estava relativamente acima da média da série, com uma excelente composição do 2DCG e a animação. Algo que eu vinha reparando é como as cenas estáticas em SAO costumam ter uma animação fluída, e nas cenas de ação, normalmente serem mais travadas, com uma bela fotografia, mas sem muita fluidez. E neste episódio, as cenas de ação estão bem fluídas.

E aqui, novamente SAO faz uso com força do estilo cartunizado, algo tão comum no shounen padrão, mas atípico em séries com vibrações seinens (qualquer série com background mais sério e character designer estilizado, costuma não despertar muita atenção). E isto sempre se fez presente na série, mas nem sempre no timing correto. Kirito é Asuno representa a exceção dada, numa excelente composição, mas este episódio conseguiu mesclar bem o tom sério com as características palhaçadas do elenco de personagens.


>"Não precisamos retornar ao mundo real. Nós podemos apenas viver naquela casa na floresta!" – Aqui eu me lembrei do primeiro cour (os primeiros 12 episódios) de Fate/Zero, naquele emocionante diálogo entre o Kiritsugu e a Iris. Claro que em F/Z marcou mais, pelo contexto trágico da mesma, onde a sensação de perigo real era eminente.

A Asuna estava com um look de lady do cinema da década de 50/60, e se justifica, uma vez que ela estava se escondendo de seus fãs – Não há surpresa então, quando ela se desfaz do look, todos avoem para cima dela [e eu sei que vocês também iriam correndo tirar uma lasquinha da Asuna]. Toda a animação com o peixe saltando pra fora d’água, às cenas de humor pastelão com e a luta da Asuna com o peixe, foi bem divertido. Mas no sentido de feeling, mesmo. Os diálogos estavam muito bem trabalhados, com Asuna e Kirito se comportando como um casal maduro, o que não costuma ser corriqueiro em shounens, e até mesmo o drama – Não me envolveu em momento algum, já que o trabalho lá atrás que deveria dar sustentabilidade a este drama, foi mal feito –, que mesmo não me fisgando, soou como natural. Acho que já deu pra perceber que a Asuna não possui um grande equilíbrio psicológico (não combina com sua posição, mas beleza.....já discutimos isso), sendo afetada facilmente pelo que acontece ao seu redor.


Agora, o grande momento do episódio foi sem dúvidas os minutos finais. Eu fiquei bem nessas: “caralho, caaaaraaaalho”, enquanto roía as unhas. Na verdade, a roeção de unhas foi penas no campo metafisico, porque na realidade eu estava centradíssima naqueles minutos finais. SAO sabe como pouco tornar suas cenas de ação algo extremamente empolgantes, ainda que durem menos de um minuto. Quando Kirito e Asuna se unem (agora eu sei que aquela junção dos dois no episódio passado, que eu havia achado brega, é na verdade uma forma de amortecer/enriquecer os golpes dados ou levados) nos segundos finais a BGM ao fundo dá lugar àquela OST em coro orquestral da senhora Kajiura, eu fiquei arrepiada! E putaquepariu, eu já estava completamente imóvel na expectativa pelo ataque da dupla, quando entra aquela música de encerramento.

O que eu fiz? Comecei a rir. Sério. Pensei comigo “que diretor mais filho da puta”, pois foi praticamente um coito interrompido. E assim, conseguiram, mais uma vez me deixar empolgada. Que droga. Espero que o próximo episódio, que na verdade encerra essa primeira saga, seja realmente essa Coca toda, porque aí eu vou surtar de verdade.

[galeria com alguns boa parte dos melhores momentos em animação do episódio, que ajudou a dar esse feeling de diversão, e isso sem nenhuma alteração no orçamento. A coloração estava ótima e a BGM pela Kajiura parece crescer e ficar mais imponente nesses momentos, mesmo que ela já esteja demonstrando sinais de cansaço visíveis nas composições]


Os desenhos de layout estavam inspirados, com uma dinâmica movimentação de câmera que fez toda uma diferença para que tornasse a melhor sequência de SAO, desde o bem comentado primeiro episódio. Eu assisti duas vezes, não há nenhum quadro estático com linhas para simular a velocidade em meio à correria [salve um ou dois closes em Asuna e Kirito a longa distância com eles fora da ação]. E como já deu pra perceber em algumas das melhores sequências de correria em SAO, o traço se torna ainda mais simplificado nessas horas. O que não vejo como problema, mesmo os character designer esticado de Asuna e Kirito ali no final dá aquele feeling gostoso de que as coisas estão acontecendo. Só não leva 4 estrelinhas porque a ação novamente foi rápida, e o restante do episódio, apesar de bom, foi apenas mais do mesmo.

Avaliação:


[Assistir algo divertido/pipocão comigo, pode ser insuportável, porque eu não paro de falar e rir nem por um minuto. Não vou postar minhas reações, não quero virar meme na otakusfera, mas fica ai alguns dos pensamentos viajados que tive durante o episódio.]