sábado, 23 de fevereiro de 2013

Comentários: Robotics;Notes #18 – Cadê a Frau???


Depois de muitos episódios, Aki volta à cena.

Aki – "Mas falar sobre o milagre do amor e a coragem e a glória daria o maior dos impactos!"

Kai – "Não teria impacto nenhum"

É exatamente o que está acontecendo com este anime! Olha aí o roteiro fazendo uma quebra de quarta parede! A maioria das pessoas já abandonaram isso. :P


Mas vamos falar de coisa boa, vamos falar sobre jujubas de iogurte, aquilo é tão viciante e simplesmente derrete na boca quando entra em contado com a saliva– Certo, entendi, vamos ao que interessa. Fazia um tempinho que eu não sentia o prazer que senti neste episódio – A verdade é que, assim com a sequência de diálogos acima sugere, não há muito impacto, essa trama se sente deslocada e todo aquele blá blá blá de sempre que me levou a indicar R;N como uma das grandes decepções de 2012 – que apesar da falta de pretensão, consegue entregar um episódio divertido.

Não estou mais me importando com a questão da conspiração, não dá pra negar que até mesmo a relação conflitante entre Aki e Misa consegue chamar mais atenção do que isso. E a narrativa, ao contrário de alguns episódios anteriores, conseguiu trabalhar bem o drama, que fez se sentir mais pela atmosfera do que por berros e lágrimas, e tornar o conflito entre as irmãs a linha que guia o enredo à trama principal (ao menos em tese).

"De qualquer jeito, relações sexuais ilícitas resultarão em expulsão da escola" HUEHUEHUEHUEHUEHUEHUE Esse Mitche é realmente um péssimo educador. Tá certo que professores de educação física não possuem moral alguma e só sabem encher o saco (perdão se tiver algum professor de E.F. lendo este post – Sim, supreendentemente descobri que tenho leitores que são professores, lendo as opiniões de uma pirralha), mas ele se supera. Primeiro deixam Aki e Kai dormirem na rua, agora colocam eles no mesmo quarto e me vem com essa pérola hahahaha~  Se bem que acho muuuuito difícil rolar qualquer coisa entre eles, ainda se fosse com a Frau...


Definitivamente não consigo ver uma tensão romântica, ou mesmo sexual, entre Aki e Kai. Sério, não. Eles me soam muito mais como dois irmãos e eu já tinha sentido isso quando vi o quanto Kai é intimo dela e de sua família. Apesar de ser explicito a paixãozite aguda de Kai para com a Misa (tenho pra mim que é mais admiração, algo que fica mais claro a partir dos flashback’s, mas até que ponto admiração e paixão podem se distinguir? Às vezes um impulsiona o outro e Kai parece ainda carregar este sentimento), ela sempre o trata como um irmão mais novo, e mais velho que Aki, e, portanto responsável por tomar conta dela. E ele sempre se porta como um legitimo irmão mais velho para Aki, sempre. Uma das coisas mais legais em Steins;Gate, é o fato de como eles conseguem fugir do obvio. Sei que há rotas que possibilitam um final alternativo de Okarin com alguma das garotas, mas isso são apenas opções, a story line original é que a tutturu Mayuri/Mayushi é como se fosse uma irmã para Okarin, em R;N seria ótimo se eles tivessem optado por isto novamente, afinal, Kai tem muito mais química com Frau, e Aki com Subaru. Felizmente eles parecem perceber isso, acho, e não forçaram qualquer situação romântica, pelo contrário.

E Kai se porta o episódio inteiro no papel de aniki (irmão mais velho) na Tokyo Expo. Apesar disso, quem rouba os holofotes é Aki [e a Misa]. Sua paixão por robôs se tornou muito latente e soou crível neste episódio, ao ponto de eu realmente sentir sua frustração ao ver a recepção das pessoas ao GunBuild-2, principalmente se levarmos em conta o quanto Aki é mais ingênua e infantil, com relação à Kai, mesmo que ambos sejam da mesma faixa etária. Infelizmente o desenvolvimento dela é horrível, e provavelmente irá encerrar a história no status zero, ao contrário do notável crescimento de Akane em Pycho-Pass. Só pra termos uma ideia, umazinha apenas, a série nunca mais abordou nem mesmo sua doença (!!). Curioso é que Kai realmente apareceu mais, mostrou outras facetas que são interessantes (como as observadas neste episódio por Aki e todo o seu sentimento de culpa com relação à Mizuka), mas sua caracterização está bem aquém do que se espera de uma trama deste porte, até mesmo se levarmos em conta sua idade. O Kai que deveria fazer o enredo andar, simplesmente se mostra apático. Ele é um mero observador. Poderia ser algo bom, se houvesse outro personagem que cumprisse essa função – Até que há, Frau e Subaru já se mostraram capazes, uma pena que os roteiristas não pensaram da mesma forma, e olha que poderiam até mesmo dar esta função à algum personagem adulto.


E MEOOOO DEEEEEOOOS DO CÉÉÉÉÉÉU AS COISAS ESTÃO ACONTECEEEEENDO!!! Na verdade eu não me surpreendi com nada, como comentado no post passado, eu já suspeita que a série fosse seguir por esta direção, com o festival sendo um importante palco para o inicio do clímax, incluído ai uma provável morte da Misa. Posso apostar que Sawada enfim descobriu que ela é uma agente infiltrada e que na verdade está jogando do lado dos mocinhos, e planeja dar à ela o mesmo que fim dado à Mizuka e Kimijima. Só é tosco o fato dele ter que fazer tudo com as próprias mãos... Isso soa tão amador. Mas toda a apresentação dessa vez conseguiu utilizar bem o drama para que estourasse numa tensão final realmente agradável. Foi bom! Apesar de simplório, o drama da Aki convence, Misa consegue alcançar seu objetivo e soar irritante em diversos momentos (A palavras da Misa sobre a Aki foi algo triste, ainda que fosse um teatro). Foi de uma frieza que eu senti vontade de puxá-la para fora do monitor e lhe dizer poucas e boas.

Isso tudo fez com que a sequência final tivesse uma tensão pungente. Aki não é tão boba e sabe que a irmã por algum motivo a evita, as atitudes de Kai apenas legitimam essas suspeitas. Assim, o tão esperado encontro entre as duas rende uma situação a principio que parece desconcertante "Você se lembra? Somos irmãs, eu acho..." – Talvez eu que seja muito fresca, mas isso conseguiu me tocar. É então que percebemos com clareza que Misa realmente se importa. Sawada aparece e apontando a arma para Misa, conseguiu dá um pouco de uma intensidade tão carente em R;N. E bem, ela com aqueles trajes mecânicos, fiquei com a impressão de que ele à dá certas habilidades, como uma velocidade maior ou algo do tipo. Impressão minha? O fato é que Misa estava indo executar uma função importante parar impedir o Comitê dos 300 e talvez seja impedida, é aqui que provavelmente as habilidades de Kai e Aki se mostrem importantes; lidar com o tempo de uma forma que ainda não vimos em S;G, dessa vez através de frações de segundos.

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★

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> Fraaaaaaaaaaaaaaaaaauuuuuu!!!!!!!!!!!! Senti falta dos seus quotes bem humorados Ç_Ç


 

> S;G tem os seus momentos patetas, por outro lado R;N consegue ir além e dissolver qualquer tensão.  Mas isso aqui até foi divertido.


> Também gostei de como o alto astral da Aki consegue envolver a platéia.


>Pffff... R;N mostrando como utilizar bem personagens em favor do enredo... Essa aparição súbita da Airi foi tão anticlimatico quanto a situação absurda com que os monopolios são retratados. Esses resumos de atitividades me parece mais como que o roteirista não soubesse como encaixar tão cena, como dar um desfecho à uma subtrama, e então ele retrata através de pequenos relatos. "Olha, não ficou nenhuma ponta solta, viu como amarramos tudo?"... Cadê os roteiristas de S;G?


> Esse desfecho foi tão novela das oita huhehuehuehueehuehu -- Sim, sim, funcionou, mas é curioso que R;N tenha o roteiro e argumento dos mesmos envolvidos em S;G e Chaos;Head. Tá certo que a participação da Nitroplus no desenvolvimento e supervisão do enredo eram mais fortes nos jogos anteriores, mas será que a 5PB. se perdeu quando se viu completamente sozinha? A parceria entre as empresas é muito mais marketing do que realmente uma parceria, afinal, o nome da Nitroplus é forte o suficiente para alavancar uma empresa minuscula como a 5PB. De qualquer forma, em R;N a participação dela se resume à associação do nome da empresa, como se nota nos créditos finais. Vejamos qual será o próximo passo, espero que a franquia dê a volta por cima, o conceito é muito bom.

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