WHAT THE FUCK MAAAAANNNN @@@@@@@@@@@@@@@@@
Não achei que eu pudesse ser tão surpreendida quanto fui
neste episódio. Heh, vocês não estavam mentindo quando disseram que Hajime
Isayama tinha as respostas para as maiores questões imediatas da história – por
que o daquele determinado ponto vital dos titãs, o motivo deles não se
alimentarem e todas as dúvidas com relação à Eren e sua posição de protagonista
– e até aqui eu estive realmente impressionada por ser tudo muito bem planejado.
Só não esperava o Isayama capturando minha Dama numa jogada irregular. Oh, man!
Que decepção! Eu posso até ouvir alguém dizendo que é apenas “shounen” e tudo o
que poderei responder é com um singelo arquear incrédulo de sobrancelhas. Isayama
perdeu o ponto e isto que ele fez não é muito diferente de fazer pura mágica,
como comentado pelo @PaninoManino no twitter. Não dá pra tentar compreender, só
aceitar.
Inclusive, o mesmo @PaninoManino e o @RaphaelSoma haviam me
dito há tempos atrás que Eren tinha a sua própria unidade Eva para pilotar e
que ele era um Power Ranger com o seu próprio Mega Zord, eu obviamente não levei
fé alguma e achei que estavam tirando com a minha cara (imagina só kkkkk). Já era esperado por terem spoilado nos
comentários daqui, que Eren fosse um titã e, embora um pouco desapontada, era
algo que poderia ser aceitável conforme isto fosse trabalhado. Agora, pessoas
nas nucas de titãs (!!!) é algo meio
difícil de levar a sério. Mais: não importa como seja este processo de
metamorfose que mantém pessoas fisicamente intactas nessas... Hm... Nucas...
Cabines. É tão ridículo quanto o conceito de “Super Gêmeos ativar”, com a
diferença de que em Super Gêmeos isso soa naturalmente aceitável. E tem toda
essa coisa de errr... Titãs aparecendo e desaparecendo do nada. De alguns serem
claramente inteligentes enquanto outros são descerebrados. Na mesma proporção, Eren
parece agir por puro instinto. E ainda tem um monte de titãs zuados (que me divertem, confesso), como
aqueles anãozinhos chutados por Eren. Principalmente, o que os levam a este
instinto de quererem destruir a humanidade. Minha matéria cinzenta mal pode
esperar por este momento!
A criança dentro de mim fica decepcionada, afinal, não pode
ser apenas algo simples de titãs maus bitolados que adoram se alimentar de
seres humanos? Pessoas lutando contra criaturas insanas? Este cenário composto
por Isayama é irreversivelmente problemático. Ele comete o descuido de criar um
universo muito próximo do real, e ainda que fantasioso por natureza criar
regras em que esta fantasia soe credível naquele mundo – neste ponto mesmo raios
evocativos de titãs ainda davam segurança quanto à respostas – e depois jogar
com um elemento absurdamente fantástico demais para todas as regras
estabelecidas; temos até mesmo uma subtrama pseudo cientifica, mas tudo o que
eu vi foi o puro e simples fantástico! Fico no aguardo ansiosa pelo que virá no
próximo episódio mas dificilmente qualquer justificativa poderá dar
credibilidade a algo como pessoas numa cabine controlando titãs! NÃO FODE, Isayama!!
Desconstrução de Evangelion* é o caralho! Vai se foder!
Embora Shingeki tenha perdido potencialmente parte de sua
magia, ainda espero continuar tendo motivos suficientes para postar na frente
do monitor e me sentir enfeitiçada por 20 e tantos minutos. Não posso mensurar
o quão chateada fiquei com a besteira que é este plot twist, até pensei em
parar de ver, mas não tira o brilho do que teve de melhor neste episódio: a unidade
estabelecida frente aos personagens tendo que lidar com situações adversas.
Enquanto isto foi a síntese deste arco de 4, este episódio traz um clímax satisfatório
em que quase tudo é muito convincente, com direito a pitadas de humor pontuais
e funcionais. Observar as ações da Sasha Batata é sempre uma aventura
inesperada, nunca sabemos como essa garota irá se portar; “Fodeu! Eu... sinto muuuuito!”
ASKJHAKFGHKDSGHIOEHVKENVNIUEHFLKAJSDKLASKJFHSA!!!!!!!! Por outro lado, o
suspense atmosférico criado com um senso de imersão diegético aos 14 minutos na
cena onde todos descem no elevador e apontam espingardas com o titã Mauricio de
Souza se aproximando, dá tanto nervosismo que eu senti que se eu estive ali com
uma arma apontada, teria me desesperado com a proximidade daquela criatura e
fodido com a porra toda. O que garante que ele não poderia dar uma mãozada em
todo mundo antes de chegar tão próximo? Antes disso eu já estaria toda cagada. Esse
sentimento apreensivo só é possível graças ao bom trabalho em dar substância à
um horror que é mais social que pipoca (aqui
eu tenho que concordar que o exagero dramático atrapalha nesse feeling).
Você vê as pessoas morrendo, tudo que elas fazem não dando certo, a resistência
falhando toda vez, aquele drama humano, então as hesitações dos personagens
frente a titãs envolvem de um modo que se torna difícil ficar indiferente.
O Armin enfim começou a despontar como um bom articulador,
Jean apesar de parecer um Shinji Ikari durante o episódio, gosto de como sua
fraqueza faz dele um real representante dos personagens que só servem para serem
bonecos sem voz. Resta aguardar que ele não se torne certinho demais, pra isso
já temos o Eren, isentado pelo autor e sem muitas possibilidades de expansão
depois da pá de cal aplicada por Isayama neste episódio. Eren que protagoniza
alguns dos momentos mais empolgantes; primeiro ao chegar quebrando as fuças do
casal de titãs; segundo enquanto sendo devorado ao ser tomado pela cólera parte
para cima daquele que iniciou toda essa espiral – visceral, brutal, excitante
para as células nervosas – e por ultimo; a cena em que divide o palco com
Mikasa. Não apenas podemos contemplar sua mascara sendo retirada [o que dá uma
sensação muito bacana de humanidade para ela, mesmo que apenas fragmentos,
mesmo que ela continue sendo ferramenta do roteiro], como a trilha sonora
monumental enriquecida pelos planos de câmera em torno deles faz dessa
sequência algo belíssimo. Quase pude sentir a intensidade do abraço de Mikasa
em Eren!
Por fim, no próximo episódio os novos personagens começarão
a participar da história e aparentemente as coisas irão ficar feias para o
nosso piloto de titã! Mal posso esperar pra ver a merda que isso vai dar. Se há
algo que ainda me mantém presa à SnK é certamente seus personagens muito
interessantes e como reagem a diversos eventos, fazendo com que os conflitos
ganhem uma força capaz de contrastar a fúria de titãs. Se cabe um pesar, é por lhes
faltarem uma caracterização mais sensível no geral, o melodrama é exacerbado
para o tom da série animada e o Horror Face já se tornou pura galhofagem. Nesse
sentido, gosto ainda mais de explosão emocional de Mikasa e de como ela vem
sendo caracterizada.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
-
-Já comentaram sobre, mas sempre fico contente em ver como
personagens como a Anne conseguem ter uma presença forte em cena mesmo com
poucas falas, sem que para isso a narrativa apele para seu corpo. Os uniformes
são iguais, práticos e as coxas não ficam de fora por algum motivo obscuro, o
que certamente dá muitos pontos para este tipo de obra. E a Anne neste episódio
foi isso, dava pra sentir epicness vindo daqueles um e cinquenta e pouco de
altura. E eu a acho muito sexy nessa sua postura blasé. O Reiner também
consegue despontar contrariando sua persona boba quando está relaxado. Fiquei
com pena dele sendo deixado no vácuo por ela. E a Sasha Batata... Bem, ela é o
que é!
-O time masculino aparentemente vai ganhar um reforço
interessante, como é mesmo o nome daquele baixinho? Levi! Ele parece DU MAL.
Meu corpo está pronto. E pelo que
dizem... Até que enfim um homem chutador de bundas atrevido que não tem retardo
mental como o Eren.
***
Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)
Ân?!
Eu sei que todo mundo já tinha pensado no Eren ser o titã,
mas... uma coisa é a alma dele "reencarnado" em um, outra é
controlando-o como um mecha. E com braço e perna de volta. Ele ganhou as
células de Piccolo, por acaso? As explicações não vieram ainda, mas por
enquanto é só absurdo demais. Mesmo para o universo de titãs. Já disseram
também que haverá uma explicação para o teletransporte do Titã Colossal, e eu
só tenho medo da resposta tornar tudo mais fantasioso ainda. Como foi ao ver
Eren neste episódio. Aliás, será que ele saindo da nuca tem algo a ver com o
ponto fraco deles? Cada pedaço de carne que cortam dali é um titã que fica sem
o piloto ejetado? Cof.
De qualquer forma, a luz do sol voltou pra ficar, mantendo a
lógica das cores. Agora com o grupo motivado, o céu aberto e seus rostos
iluminados diferem totalmente do episódio passado. E eu costumava gostar da
Titã Maurício de Sousa, até ela assustar a minha Sasha. Espero que queime no
inferno agora. Enfim, sequências como o ataque do elevador são orquestradas com
cuidado e segurança, e provam como aprendemos - finalmente! - a ficar
pessimistas naquele universo. Eles ainda tem um super buraco na ampola da
muralha, alguém precisa fazer um na Rose agora. Estou só na torcida pelo Titã
Encouraçado dar as caras...
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Como Eren recuperou seus membros
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