domingo, 2 de junho de 2013

Comentários: Shingeki no Kyojin #09 – Eu Vou Matá-los!


wtf?

Oh, eles fizeram de novo. Novamente Shingeki me deixa de boca aberta. Fiquei tão incrédula e absorta com aquela transformação final de Eren, que precisei de alguns segundos para voltar a raciocinar novamente. Um misto de estranheza com adrenalina. O que eu estou vendo? Isto está acontecendo? Doentio! Precisei voltar a rever novamente, com calma e procurando com os olhos cada detalhe. Ééé... É...  Absurdo cara, muito viajado, Hajime Isayama zerou toda a licença poética da qual ele tinha direito nessa série e a câmera sequer foca nessa transformação, duvido muito que em algum momento venha mostrar, sabe por quê?  É algo muito improvável num mundo onde não existe magia. Porque é algo mais pra ser sentido do que visualizado. Eren mais parecia um mestre Pokémon quando ativa toda aquela energia. LOL. Tudo bem, então. Foi impressionante! Que tensão do caralho, ainda consigo sentir minha pele faiscando aqui. Ultimamente assistir SnK tem sido equivalente à andar de Ranger e nenhum outro anime na temporada consegue me proporcionar algo assim.

Andei sondando que a equipe liderada pelo capitão Levi (Hiroshi Kamiya) se chama Recon Corps, que fazem sua aguardada estréia. Não foi tão espetacular quanto eu imaginava, mas Levi é o primeiro personagem masculino que consegue impor sua presença no vídeo de forma muda, sendo aquele personagem que atrai bastante expectativa positivas. Não decepciona, mas surpreende depois de um espetáculo acrobático e das caretas que denunciam seu humor seco/sarcástico; ele demonstra uma faceta muito humana. Juro que imaginei que após a morte do soldado, ele revelaria que na verdade estava pouco se fodendo e só quis lhe dar um pouco de esperança. Tão enganada eu estava, ele se importa, legitimando o calor que aquela cena deles de mãos dadas proporciona. Por outro lado, a Hanji (Romi Park) parece ser mesmo excêntrica, mas sua presença não foi tão impactante, nem mesmo empolgou no seu momento de mostrar a sua performance para o público.


O flashback, tempo presente e retorno da equipe Recon Corps ficaram um pouco confuso por não ter uma divisão muito clara. Quando pensei que eles tinham partido novamente, na verdade estavam explorando os destroços de alguma cidade abandonada dentro dos muros e tomada por titãs. Apesar disso, a alternância de foco narrativo é algo que só enriquece a dinâmica entre personagens e enredo, faz daquele mundo algo muito maior. Muito além dos personagens. É como se aquele mundo tomasse o papel de protagonista e fizesse dos personagens apenas uma peça de fundo. Numa história que continua num ritmo alucinante incessante e com fortes demonstrações de horror social, não se focar apenas na saga de um personagem, torna o seu mundo aos nossos olhos muito mais ameaçador. Bleach é um mangá que possui um quadro de personagens muito bons, mas o foco das lentes parte sempre de uma visão meio que objetiva por parte Ichigo. É só um exemplo distinto de uma história que possui outra motivação, mas que podemos contrastar com a montagem feita por Isayama. Shingeki também tem um elenco diverso e com potencial a se explorar, só que estão todos desfragmentados, então não raramente nos perguntamos “e personagem tal?”, “quando vai começar a ser mais participativo?”. Neste mundo caótico e extenso, essa sensação de “perda de vista” referente a algum personagem faz que nos sintamos distantes e ainda sem uma zona de conforto para aliviar. Nesse arco do Distrito de Trost, os personagens ganharam mais unidade, mas como podemos ver neste episódio, ainda é algo muito frio, longe, distante; enquanto Mikasa, Armin e Eren são encurralados, Jean e companhia estão em algum canto chocados e aturdidos, outros sem conhecimento da situação.

Isso cria uma tensão e uma expectativa, que dependendo dos nervos do espectador, pode ser angustiante. Como sou mais emocional, fico me retorcendo por dentro, torci até o último momento para que o Levi chegando sendo foda e parando a eminente execução, ou que os outros personagens se unissem. Não aconteceu. Felizmente. Aquele mundo continua sendo retratado como ele deve ser; humanamente falho. Nada disso impede seqüências impressionantes de acontecerem e invariavelmente deixar alguém em pé na ponta da cadeira, alheios ao mundo lá fora e às insinuantes investidas do mundo virtual. Parar pra dar uma olhada no Facebook ou Twitter, ir pegar alguma gordice ou simplesmente se distrair com o gato – com Shingeki eu só consigo voltar às atenções para o lado quando acaba.

Alguém aparentemente tem um hobbie sinistrão de dar formas bizarras aos titãs

O conceito da transformação de Eren é insultante, mas realmente diminui frente às seqüências como aquela dentro do titã ou a do final. E que final. A reação de Mikasa dentro daquele corpo esquelético foi memorável. Não muito diferente da minha, fiquei estupefata. O despertar de Eren como titã e seus urros agressivos impressionaram. A trilha sonora de Hiroyuki Sawano continua se sobressaindo, mal posso esperar pela soundtrack. Destaque para a inserção musical. Seria tão bacana se mais animes o fizessem, inserções dão uma atmosfera única a cada cena. Aqui parece que teremos muitas. Ótimo. 

Fiz este post ao som de Joe Cocker, urrando feito uma louca ouvindo os gritos roucos de Joe e me imaginando pilotando o eva titã. Mãe acha que eu sou louca! /o/

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★

-"Eu vou... com minhas próprias mãos!" Eu casquei os bico nessa cena, gomen! O Eren com o cotoco de braço levantado pra cima berrando isso é tragicômico. 


-CARAS... que trágico!


-Contemplem!


-Humanos de merda sempre cagando no prato que comeu, desgraçados filhos de uma jumenta!!! São umas bostaS, merecem virar comidas de titãs! OKAY, eu realmente precisava colocar isso pra fora. Agora responda rápido: Troféu BUCHA, quem leva? O pário está duro entre Eren e Armin. Ô moleque irritante! Cada shounen tem o Shun que merece.


-Por fim, a maldita injeção. Era obvio que o sonho que Eren teve tinha acontecido de verdade. Igualmente que o pai havia lhe aplicado ela. Logo, esse episódio não traz nada de novo com relação à trama do Eren, a não ser o que havia no misterioso porão. Me corrijam se eu estiver errada, mas parece que é onde seu pai deixou ou produzia essas vacinas. Será o pai do Eren mais um Gendou Ikari? Mais: por que raios ele fugiu? Onde vive? Como se alimenta? Sexta, no Otaku Repórter.

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Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)


ÃN?!

A direção do episódio foi absolutamente fantástica. A segurança com que controlaram as rédeas na tensão absurda da metade em diante, comparada com a energia e leveza do início das tropas exploratórias, é digno de inúmeros aplausos. E justamente pelos núcleos de energia e suspense serem tão imensamente bem conduzidos, não consigo condenar completamente os rumos cada vez mais fantasiosos da história. As trilhas sonoras diversas que pude reconhecer todas dos episódios anteriores e seus respectivos momentos, dá um tom mais épico em tudo, ajudando a enxergar aquilo da forma mais séria possível (... possível). 

E nosso Eren voltou como a adorável vitrola quebrada (ou disco riscado) que ele sempre foi, como visto em sua despedida aqui. Cada vez mais over, cada vez mais repetitivo, cada vez mais insano, cada vez mais Eren.

Desculpa, pode repetir? Nós não entendemos.


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