domingo, 30 de junho de 2013

Comentários: Shingeki no Kyojin #13 – Minha Mãe é uma Titã


O que é, o que é, tem poder sobrehumano e é algemado como uma pessoa comum?

A resposta lá embaixo. Caso acerte, ganha uma jujuba diferenciada.



A catarse é o alivio, a libertação das tensões, então yupi, este episódio foi catártico depois de uma longa jornada trágica. Na concepção de Aristóteles, a representação trágica purifica a alma, mas essa tragédia não pode abater sobre qualquer um, mas figuras grandiosas, e nem ser uma repentina desgraça que cai sobre a cabeça de pessoas boas. Segundo especialistas, buscamos a violência que não encontramos no nosso cotidiano comum, nos identificamos com personagens degradantes porque embora sejam charmosos em suas atitudes politicamente incorretas, não os toleraríamos na vida real. Mas uma história uníssono não é interessante. Os gritos por vingança de Eren chegaram num ponto tedioso e a montagem repetitiva de ataque aos titãs seguidos de soldados correndo desesperados já não impactava mais como antes [não havia muito alternância nessa montagem, nem situações novas]. 

Então sim, foi uma saga exaustiva em algum momento e que se sente que poderia ter durado um episódio a menos sem perdas. Mas há cronogramas a serem cumpridos (e é por isso que sempre digo que não difere muito das estruturas de nossas novelas. Esses animes que ganham barriguinha durante sua execução, esses mangás da Jumpa esticados mais do que novelas do Agnaldo Silva, etc). Dessa forma, vou te dizer que este episódio foi um alivio emocional. A trilha sonora como um instrumento catalizador de emoções indissociável com o mundo imaginado tem novamente um peso valioso na estrutura da direção. De novo. Mas aqui ela foi realmente essencial na atmosfera que possui um feeling muito mais leve e vitorioso. Mesmo um bucha como o Eren, é importantíssimo não só para a estrutura do enredo, mas também para que os outros personagens continuem sendo amados. Ele é o grande personagem trágico aqui, não é? Um personagem trágico ruim, mas... De uma forma ou de outra, ele representa o reflexo daquela humanidade. Então sim, foi um momento de gozo espiritual absoluto para mim quando Eren surgiu carregando aquela pedra monstruosa, com os personagens perplexos observando a cena e aquela trilha sonora homérica. A despeito da animação flash (sério, não há diferença alguma quando ele meche os músculos, com aquelas propagadas em formato de joguinhos flash que aparecem nas páginas de downloads ilegais), foi uma cena estilosa – eu acho tão style essa forma titânica do Eren, é animalesca e ele lembra um pouco o Venon do Homem Aranha nos quadrinhos, em modo doentio – e fiquei exultante. O timing daquele momento foi muito bom, é uma quebra que se bem executada, nunca vou me cansar de ver em diversas obras. Os personagens na maior correria, o plano de contenção dando errado, gritos para recusar e então ZÁSSSSSSS, dão aquela pausa atmosférica, o transe e a explosão.


EU FICO TIPO ASSIM


Aiko e seu sorriso pecular qqq - Oyasumi Punpun


O Armin em um momento de puro feeling grita “VAAAAAAAAAAAI”, me senti representada ali. Me emocionei sem derramar uma lágrima, mas já estava tão LOL quando a Riko se entregou de joelhos ao chão em lágrimas, sem querer lágrimas começaram a escorrer pelo rosto – e eu estava sorrindo feito uma boba hahahah. Foi bonito. Ah, que vontade de poder comemorar junto dos personagens, pular pela primeira grandiosa vitória contra os titãs, mas Pixies como todo velho empata foda sabiamente pediu cautela. Embora fosse um momento de puro frenesi, ninguém pulou, como? É uma vitória amarga, embora dê pra perceber o alivio que causou por suas expressões. A cena do Ian sendo devorado teve um quê mais triste que o comum, assim como a segunda metade onde os personagens têm de recolher os corpos. Foi denso e acertadamente com uma trilha sonora minimalista. A imagem do corpo estraçalhado de Marco conseguiu mexer comigo de uma forma inesperada, honestamente. O subido descontrole emocional da Annie, o estado de choque de Jean, aquela imagem perturbadora dos corpos vomitados pelos titãs... Uma construção eficiente. Quando digo perturbadora, me refiro à atmosfera, ao fato de ser o resultado de algo que acompanhamos, mas que devido à correria, não era algo que desse para ser sentido adequadamente. São as consequências. E estamos vendo-as. Oh, legal! Hur.

É como quando você sofre uma grade perda e as lágrimas – físicas ou emocionais – só rolam quando você para e olha em volta. É o tipo de horror que Hideshi Hino (um dos autores clássicos do terror japonês) se especializou em fazer com base em suas experiências particulares na guerra, e ninguém faz horror social da forma como ele faz (suas histórias de terror são fachadas para expressar um sofrimento vivido na pele. Então, você vê uma criatura bizarra saindo do lixo tóxico, é a representação do feto jogado no lixo – como consequência do pós-guerra – se transformando numa criatura de karma que assombrará aquela sociedade). Em Shingeki, não há todas as camadas presentes nas obras de Hino, mas é um detalhe importante – o de recolher os corpos e sentir o peso de todas aquelas ações – numa obra com estes elementos de horror social (foco na sociedade + foco na tragédia psicodramática que assola esta sociedade). Com isso, essas mortes são muito mais valorizadas, e a o choque de Jean se torna maravilhoso, como a morte de Marco faz com que seus gestos anteriores tenham um peso e tanto. Acho que é a primeira vez... Ou uma das, em que o Araki acerta a mão no drama, apesar de que aqueles olhares ESTÁTICOS e arregalados dos personagens foi algo bizarro. LOL ~ aquilo me deu nos nervos, os olhos não se mexiam, nem as pupilas. ~_~


Em resumo, um episódio equilibrado e divertido, que soube criar uma atmosfera adequada para dois momentos tão distintos. E se pararmos pra pensar, essas duas partes representam o que é Shingeki no Kyojin; um battle shounen com elementos maduros. E pensar que eu chegaria a essa altura, vibrando com Eren carregando uma pedra em modo titã huehuehueheu. As ações são tão LECAAAIS que algumas questões se tornam pequenas, mas cabe o questionamento. Eren conseguiu controlar o titã – o estágio de evolução de um protagonista de um battle comum, aqui acaba sendo invertido – e o roteiro dá a intender o que já sabíamos: ele é um anormal, ao lado do Encouraçado e Colossal, justificando aí seu rápido desenvolvimento de raciocínio (isso quer dizer queeeeeeeeeeee... Esses três titãs são os únicos desenhados com estilo, enquanto os outros são puro escarnio. Olha o Isayama fazendo acepção social. Como eles são acéfalos, então eles grotescamente... canastrões. Ele tá querendo dizer que pessoas feias são canastronas e engraçadas?).  Eu compro essa proposta, contudo, espero que o que faz esses titãs serem diferentes dos demais, seja explanado [tal como a origem dos mesmos]. O domínio de consciência do Eren abre precedentes para duelos entre titãs, porém, algo me diz que a ligação entre um ponto e outro não será tão linear assim.

Shingeki no Kyojin retorna daqui a duas semanas, dia 13. Se a capitulação for tão divertida (fail, claro que não será) quanto a de Chihayafuru 2, é provável que eu assista ;)

 Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★



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> Eu comecei a rir, né? HUEHUEHUEEHUEHUEHUE


> A cara de forever alone da Mikasa é impagável huehuehueheuhue. Só ela não se deu conta ainda que Eren e Armin é canon (ou se deu e ir por isso está preocupada) #avoa



> É um passaro? Um avião? É o Superman? O Batman? Nããããããoooo, é o cabo Rivaiile PKODAKDPOAKDPOAD Isso que eu chamo de uma boa apresentação. Até eu fiquei com medo daquele olhar que ele lançou, KOWAII. Fiquei impressionada (e se eu disser que achei a pose dele doidamente sexy?), esse humor seco e expressão blasé que ostenta é tão NHAC NHAC~ A música que canto para ele é "Eu preciso te tirar do sério. E desvendar os teus mistérios", uhu~


> Sempre acharei os tanquinhos da Mikasa atrevidamente sexy. O Eren que se cuide, vai levar uma surra e talvez até goste ;DDD

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Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)


Três minutos de recapitulação é o cúmulo. Insuportável. Coloco aqui o print de quando finalmente apareceu na tela o número do episódio após a abertura. E lembrando que boa parte do final é para o encerramento. É um quarto (1/4) da duração pra nada.



Pergunta: o impacto da morte da mãe do Eren seria o mesmo se fosse causada por um titã cartunesco desses?

O gordo e o magro, é até dupla de comédia
Esse me parece um rapaz melhor que o Armin!

O Zangado, dos 7 anões
Essa parece a mãe de algum amigo meu...
Não é nada pessoal, sir Maurício
Isso não é Madoka Mágica!! Não funciona!!

Havia, sim, algo de diferente naquele primeiro, assim como o Colossal e o Encouraçado. É uma expressão melhor que a máscara do Guy Fawkes. Os olhos e o sorriso parecem saber mais do que você. Transmite a sensação de dominância e até inteligência. As cores avermelhadas davam ainda mais o tom demoníaco ao Titã (e o próprio nome deles deveria invocar algo do gênero, senão poderiam ser só "Gigantes"). Claro que eles são burros e isso foi explicado, e alguns parecem mais bobos que os outros, e é aceitável, sim. Porém, avacalhar completamente na aparência me parece dar um tiro no próprio pé do autor. Os colocados à cima é preciso muito boa vontade para encará-los como ameaças reais. São quase tão assustadores quanto os bonecos de pau que eles cortavam no treinamento do exército.


Mas divago...

Episódio correto e só. A OST de Naruto continua invocando os mesmos momentos empolgantes como fazia com os ninjas. Ver os titãs voltando a massacrar as pessoas enquanto Eren levava a pedra é importante para balancear o extermínio que os humanos fizeram no episódio anterior, principalmente Mikasa. Não podemos ficar mau acostumados. Por outro lado, Eren em uma cela com algemas só não é mais cúmulo que a recapitulação de 3 minutos. E me fez ter uma visão... não sei em qual dos dois as amarras são mais eficientes...

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