domingo, 14 de julho de 2013

Comentários: Shingeki no Kyojin #14 – Prelúdio


Eu não assisti a recapitulação, talvez por isso para mim este intervalo de uma semana tenha parecido muito.

Essas partes de estruturação de um enredo de obras que foram feitas para sacudir quem está do outro lado, me deixam dividida. Se eu estivesse lendo o mangá, certamente isto não seria sentido, porque eu leria rapidinho o capítulo pra passar pro próximo, mas por ser semanal, acaba sendo mais valorizado. Este, o próximo, até chegar na parte em que em sinta novamente o sangue começar a tremular na veia. Mas também é algo que eu gosto de absorver, afinal, é a minha história criando bases sólidas. Em Shingeki no Kyojin, uma história que possui um plano de fundo sociopolítico, essas facetas precisam ser desenhadas, e o momento propicio para isto é justamente quando o enredo toma fôlego, para que um conflito dessa natureza lá na frente tenha raízes.

O roteiro faz isso de modo nada notável, é apenas o básico, mas são fragmentos que dependendo da direção do texto, pode se revelar em camadas mais complexas logo à frente. Isso dá profundidade à trama e também a chance de conhecermos mais da estrutura daquele mundo. É claro que uma arma com o poder destrutivo de Eren deveria provocar conflitos políticos internos e a divisão da opinião popular – que aqui é bem ilustrada com as incertezas e informações desencontradas da população, eu só acho uma pena que animes façam isto sempre de um modo tão burocrático que dá sono.


Protagonizando esta trama, temos a famigerada cena do tribunal com um honrado juiz, a sempre figura babaca de um religioso atrapalhando os avanços em prol da sociedade (sua presença aqui me soou tão clichê, mas aparentemente a religião terá um papel no enredo, seria interessante ver isto representado com certa força – e menos caricato – porque realmente religiões têm papel fundamental em cenários pré e pós-apocalíptico) e o embate entre os militares e a tropa de explorações, que seria algo como ‘o interesse do estado’ VS ‘o interesse da população’. O interessante é que apesar do nome de Policia Militar, ela é conhecida por defender os interesses políticos, o que acaba sendo natural uma vez que o Estado e figura política são indissociáveis. Hum, hum, é um argumento válido o de querer estudar e executar o Eren logo depois, eu sinceramente não sei de que lado eu ficaria se estivesse vivendo a situação, mas eu não pude deixar de vibrar como um cãozinho com as afrontas dele a toda aquela gente. SEUS PORCOS HIPOCRITAS, eu vibrei. Éh, eu sou inquieta.

Foi uma sequência muito legal intercalando entre interno e externo, é o tipo de coisa que dá um gás, e por mais conveniente que seja o que veio depois, Levi chegando na voadora me deixou pasma e com as mãos na boca. Acho que pela primeira vez eu me senti igual à Mikaza, e por céus, as expressões dela com o franzininho do Armin a segurando, estava impagável. Eu não ri, não pude, estava muito tensa como uma criança em um misto de emoções – por um lado sentindo pena do Eren, por outro dançando quadradinho de 8 com a atuação do Levi – mas havia uma acentuada gravidade cômica naquela postura que não me deixou indiferente. Acredito que isto seja um sinônimo de que seu senso de proteção e fixação romântica (não por acaso ela já ganhou o apelido de stalker psicótica na rodinha do twitter) se tornou tão over e caricato que não tem mais urgência alguma. Ela me lembra a Senjougahara (Monogatari Series), que tem o potencial subaproveitado quando está ao lado do interesse romântico.

Enfim, um episódio bacana e que vale muito por dois pontos: solidificação do mundo e por Rivaille saindo do nada e dando pontapés no Eren, eu senti certo prazer sádico. Quer dizer... errr, n-não é que eu goste dessas coisas ou algo assim, ba-bakas! << Enquanto escrevia isto, não pude evitar uma risada histérica ao me lembrar da cena, hahahah *soca a cabeça*. Ah, o que será que a Wall Shina nos reserva? Acredito que o autor deva usar isto de alguma forma. Pelo visualizado neste episódio, parece um Sonrisal fervendo ao fundo prestes a alcançar à superficial.


Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★

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-Esse foi um episódio cheio de referências visuais, né? Referenciando o julgamento, a justiça, as divergências internas, com enquadramentos descarados em objetos de arte.


-Vai, você riu. Oh, boy! Essa pose mais leve que o ar, essa graciosidade. Minha querida, sinta inveja, duvido que muitas conseguiriam ter essa coordenação motora do menino Levi.


-Poooohã, isso foi tão de repente que eu quase dei um pulinho pra trás. Sério, estava bem séria comendo o meu Bis, quando-PÁÁÁÁÁ!~ ESSES OLHOS!!! Hanji pareceu ser tão lecal, heh.


-Mikasa parece um cão raivoso huehuehuehueheuh. Parece aqueles ogros que infestam botecos e afins, pronto para voar na jugular do primeiro que se meter a besta. E o Levi deu outro significado à expressão "entrar de sola".

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Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)

A abertura mais badalada dos últimos tempos precisa de uma despedida digna. Bem como o Eren mereceu.

A segunda abertura de Death Note abriu portas para o caos. Encerrando de forma psicodélica e com muito LSD, era algo que se encaixava ao final da música de forma rápida e curiosa, ao ritmo da batida. Trailers de filmes costumam fazer isso, para que quem está assistindo pela internet (a maioria) dê várias pausas e tente descobrir as pequenas cenas guardadas ali. Isso, claro, após uma boa quantidade de cenas bem mostradas e construídas. 

Mesmo parecendo apenas uma cópia descarada, Shingeki no Kyojin aprendeu a fórmula e usou perfeitamente na primeira. O caos de imagens sobrepostas só começa nos últimos segundos, após Eren aparecer congelado com o Titã Colossal; após a cambalhota no escuro em câmera lenta; e após o mundo inteiro estar voando. É no final do final. Até mesmo partes como a que correm pelos telhados circulando o titã e então cortando sua nuca - a parte mais agitada - não é tão incompreensível quanto as novas cenas. A música parecia épica pelas imagens de tirar o fôlego, não pela montagem de estuprar o cérebro - e foi essa segunda opção que fizeram na nova.



Traveling com calma para mostrar os personagens


Plano geral... respiramos...



Sequências coerentes e claras de montagem como a da saudação e os soldados pulando a muralha...



Sentirei falta destes rapazes e seus 5 segundos de fama



Grandes planos, planos abertos, tudo se destaca, leveza na tela


Perfeição



A câmera para pra mostrar o símbolo, diferente do final da segunda que ele só pisca e some


Mais planos abertos e respiração na tela

Eis que chegamos a esta nova abertura, que não entendeu nada. Ainda que quando conseguimos distinguir alguma cor e movimento minimamente mais focado, a animação pareça de qualidade. Feita da mesma forma que alguém que descobriu como usar o Premiere ou After Effects pela primeira vez, enche a tela de porcaria e inutilidades. "Olha, mãe, olha o que eu sei fazer". Construindo não uma abertura, mas um caos visual desagradável e claustrofóbico em sua composição. Discordo completamente de que foi intencional para sentirmos a presença dos Titãs, já que nem eles aparecem direito. E o destaque dos heróis é feito com a mesma desorganização, o que prova que não havia nada planejado (ou devemos olhar os heróis com claustrofobia também? Nã nã nã). Não há espaço para respirar, ou a grandiosidade da primeira. Assim, o único momento de beleza são os primeiros segundos dela, com a calma em mostrar as planícies verdes e o céu. Recheada de planos detalhes, seja de objetos ou partes do corpo, é uma bagunça sem tamanho. 




Hmmm respirando ar puro... campo... parece bacana essa abertura :))


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH DDDD:



Opa, uma mão!... Pera, mudou... uma... cabeça? Uma máquina ejaculando? Pera, devagar...

 

Shiki?


Black Lagoon? ... puts, já sumiu... era a Revy ou não?


Hum, ok, a câmera não poderia estar pior, e o fora de foco também, mas talvez melhore... tem sangue, né...



AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH FAÇA PARAR! FAÇA PARAR!


Oh, essa é a... a... afasta o zoom um pouco, eu vou acertar... puts, mudou.



Essa deve ser a pior sequência de voo. Até quando eles aprendem a usar a máquina ao final do episódio 3 tem uma sequência mais bonitinha. Aquele símbolo deveria significar algo? Fullmetal?




OH, planos calmos. Era o que eu queria. Vamos respirar. Pera, o que é isso...?



CHEGA. Chega de planos calmos! Retiro o que eu disse! Ação! Ação!




Chega de zoom!! Tá proibido o uso de zoom!!!




Eu... eu... aquilo... aquela... não enten... pera... aaaaaaaahhhhhhhhhhhh



O Titã Colossal aparece com tudo na primeira, e a masturbação de imagens nessa nova é com... com... O EREN?!?!?! ME MATEM! ME MATEM AGORA! AGORA!


Sobre o episódio...

Eu quase tive um orgasmo quando fizeram o representante da Igreja o cara mais babaca e que atrasa o funcionamento da ordem e da política. Mil pontos para Grifinória.

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