domingo, 29 de setembro de 2013

Comentários: Shingeki no Kyojin #25 – Duelo Final

E na batalha do fogo contra o gelo, o fogo leva a melhor.



Versão simplificada: MÁ QUE FINAL MERDA!

Versão estendida: Assisti este episódio 2 vezes na tentativa de compreender o que me deixava tão frustrada neste desfecho, uma vez que eu não desgosto dele totalmente. É um bom episódio, tem boa direção, visualmente impressionante, bem animado, bem desenhado, ótima coloração (dá pra ver que se debruçaram e concentraram o pouco tempo e a mão de obra extra nesses dos últimos episódios, porque essas correções vinham todas somente no BD) e com um ótimo ponto de parada. Então... o que está faltando? O duelo final entre titã Eren e titã Annie é simplificado ao ponto do clímax do mesmo ser parcialmente prejudicado por seu desempenho. Não há justificativa para a soberania de Eren, que nem ao menos consegue impor temor em sua fúria descontrolada. Pelo contrário, apenas tive vontade de rir diversas vezes. A única forma de Eren impor superioridade é se transformando Super saiya-jin level 2 e sair mancando sem uma pena à toda- HAHAHAHAKOPDKASPODKOKD GENTE, O QUE FOI AQUILO?


O problema não é ele sair perneta, mas a superficialidade da ação. Uma boa ação gráfica do tipo pega pra foder, ou tem uma violência psicológica crua ou um storyboard com sequências fantásticas. Você vê, o episódio anterior tem um storyboard fantasticamente envolvente, que é aquela coisa divertida para os olhos cheia de firulagem. Pela direção estabelecida, a intenção do desenho da ação é ser agressivamente emocional, mas é complicado quando não é possível fazer uma conexão emocional com o protagonista, porque ele não parece estar carregando um fardo, mas sim, se divertindo no playground. A coisa piora quando um duelo, que pela lógica da série, deveria ser no mínimo mais equilibrado, para que então se estabelecesse uma leve superioridade de Eren, que tem na habilidade a luta corpo-a-corpo, mas tudo o que se vê é uma bola de carne pegando fogo.

Esse episódio traz grande quantidade de sakugas impressionantes, mas faltou brilho na coreografia. Faltou a inventividade visual com a costumeira intensidade do Araki. Além da explosão repentina de Eren, o Levi surgindo como Superman no meio da fumaça para salvar a princesa em apuros *Eren* é outra jogada de má fé, levando em conta que ele estava com a perna ferida e lastimando este fato, já que ficaria de fora da ação. Então, como assim ele surge repentinamente equipado para salvar Eren?


Outro detalhe é que vou ter que concordar com o @PaninoManino quando ele diz que não há sentido em alongar a permanência de Annie naquele local no episódio passado, enquanto deveria fugir. Até ali, eu não poderia entender bem o que se passava na mente dela, mas este episódio deixou isso claro. E ao estabelecer o desejo de fuga presente em sua mente, meio que se contradiz lá atrás. Fiquei pensando enquanto assistia, “se ela está fazendo de tudo para se desvencilhar de Eren e escalar a muralha, porque caralhos ela não aproveitou que ele se encontrava adormecido antes, ao invés de ficar parada ali, correndo de um lado pro outro atrás de soldados?”. Oh man...

Pontos positivos? Claro! A habilidade de retorica de Erwin. Basicamente, ele só saiu dessa porque rebateu e apresentou bons argumentos, revertendo com segurança uma situação desfavorável, a seu favor. Eu me casaria com Erwin!! Quer dizer, não, ele é muito sério, mas quem sabe uma aventura?  Uma coisa muito legal aqui são as consequências do embate entre dois seres gigantes bem no meio da cidade. No mais novo filme do Super, Man of Steel, não ser possível ver as consequências das várias mortes causadas pelo duelo de dois seres tão poderosos é um dos vários problemas do filme. Aqui, isso é retratado com vários cortes de câmera de modo e intensificar o argumento de não haver progresso sem sacrifícios. Embora a cena da igreja tenha um papel muito mais sádico e divertido no contexto.


É por sequências como essa, é que se nota que o episódio é embalado em um ritmo muito bom. Ritmo e fluidez narrativa, e é nessa tentativa de não quebrar o encadeamento das ações, que fazem uma importante alteração do original. Eu não li essa parte do mangá ainda, mas aparentemente a parte do cliffhanger colocada após os créditos (o rosto de um titã na muralha escalada por Annie) acontece imediatamente após Annie auto entrar num estado de criogenia.  Em termos de impacto deve ter sido melhor, mas, a forma como desencadeiam o episódio, eles estariam desperdiçando um excelente cliffhanger e o ponto ideal de parada. Talvez devessem ter trabalhado melhor o duelo e terminado exatamente no ponto em que todos olham para a muralha. Uma forma mais poderosa e cruel de terminar? Com certeza.

Por fim, aqui as respostas vêm com mais perguntas, mas gostei muito de ver como a Annie foi desenvolvida nesse processo. Sua cara de pavor, toda desfigurada, os flasbacks com seu pai e suas motivações que devem ser cruciais para a resolução do mistério. Tinha certo temor que suas motivações fossem vazias e irrelevantes para o enredo, fico feliz que não tenha sido assim. O rosto do titã na muralha, o fardo que Annie teve de carregar, tudo isso só faz aumentar minha fome de querer ver o desfecho dessa história. Também consolida a triste verdade de que talvez mesmo aqueles que atacam, não sejam os verdadeiros vilões, talvez nem haja vilões de fato. Seja como for, a desesperada tentativa de fuga de Annie, somado com os ótimos planos de câmera que davam uma impressão de proximidade cada vez maior da saída, até que Mikaza aparece e a tira de seu alcance. A cena de Annie caindo em seguida, e então a câmera se voltando para o céu, com ela se distanciando da liberdade, mesmo estando tão próxima, foi algo muito cruel, hahaha. Pelo visto, Isayama ainda não terminou com Annie, o que torna a espera pelo desfecho, ainda mais inquietante só de pensar na quantidade de entrelaçamentos entre uma trama e outra que há.


Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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-Ri disso! HAHAHAHAAHAHAAH


-As vezes penso que Isayama avacalha o Eren de próposico, porque olha... ele é muito doente, hehuehuehue;; Mas deixando isso de lado, o diálogo com a Mikasa me chamou me chamou a atenção, "naquele momento eu me senti bem... a ponto de sentir meu corpo inteiro em chamas. Cheguei a pensar que se fosse daquela forma, não haveria problemas em morrer.", porque me lembrou um diálogo quase igual que vi uma vez em DBZ entre o Goku e algum outro personagem, sobre sua inadequação como marido ou pai, porque seu prazer era lutar, era quando se sentia feliz. Algo assim. E bem, de certa forma é a cartilha de todo protagonista de blattle shounen.


- LOLOLOLOL o que tá fazendo um titã preso na muralha? QUE PORRA É ESSA???? KDPOAKDPOKHUHUEH Isayama não vale nada!


- Deixando de lado a pose safadinha, ver Annie com uma habilidade de gelo e Eren com a de fogo, me faz pensar se cada um dos titãs raros possuem uma habilidade especial. E parece que sim, tendo em vista que o Colossal é um ser de mais de 50 metros que tem uma missão especifica, e o encouraçado, idem. Até parece que cada um foi produzido na fabrica. O que não deve estar muito longe da verdade.

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Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)


Terminou!

Contando com uma das melhores animações, ao lado do penúltimo episódio, a luta final é acertadamente violenta. Escolhendo perfeitamente ao fazer vermos a baixa de civis, muitíssimo importante para sentirmos o peso daquilo. É impactante vê-los falando sobre o avanço da humanidade enquanto uma garotinha caminha em meio à possas de sangue. Com movimentos de câmera e cores impecáveis, é certamente um dos melhores momentos da série vistos isoladamente.


De qualquer forma, sempre que avistava a Muralha de longe nos planos contra luz, vinha em mente a sombra do Titã Colossal. E por mais que façam a luta longa, os ataques do gigante máximo continuarão como os melhores e mais tensos momentos do anime. Embora tenha muitos problemas de lógica, como trazer a luta para dentro da cidade (embora já tenha cansado de dizer quão ridículo foi aquela última Expedição em todos os sentidos), deveria sim ter sido encerrada fora dela. Também não vemos absolutamente ninguém da Tropa de Exploração ajudando na batalha, que era o único fator que me fazia acreditar ser a vantagem da estratégia. Não, pelo visto a lógica foi "Hum, Eren já perdeu duas vezes pra ela... talvez na terceira ele consiga. Por que não, né?". Achei particularmente ridículo não haver uma ferramenta para quebrar o casulo da Annie (sério que as espadas/estiletes do DMT é o melhor que eles tentaram?). Com uma segunda metade que resume perfeitamente a única coisa que conquistamos em incríveis 25 episódios: "Descobrimos que há Titãs entre os humanos!" (L se revirando no túmulo). O fato da animação ter melhorado e disfarçado tantos problemas, é basicamente como uma mega produção de Hollywood vomitando efeitos especiais ao invés de contar uma história. Shingeki no Kyojin aprendeu direitinho na reta final. Anteriormente, nem isso.

Ah sim, amanhã publico meu post final, resumidamente, claro.

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