Continuando meu diário.
A adaptação do estúdio ARMS consumiu de parte do capítulo 4
até o 8, do mangá. Considerando que os capítulos são curtinhos, a adaptação até
aqui tem sido extremamente fiel. O que diminui muito o ritmo neste inicio são
os longos diálogos e monólogos internos acerca de explicar mais sobre este
mundo e contextualizar a ação. Demora um pouco para pegar um ritmo agradável e
atingir um nível critico. Me lembro de só vir a me conectar de fato com a
história a partir de determinado ponto. Apesar disso, o que pode até funcionar
numa mídia, não exatamente fica tão boa quando vai se exportar para outra.
Sobre a história, eu tenho muitas ressalvas quanto a esta
parte e como tudo se encadeia em sua versão anime, como a rapidez com que os
eventos vão se acumulando um após o outro, o que soa antinatural pelas
conclusões rápidas ao qual chega Murakami, mesmo com sua perspicácia. Não tem o
fundamental tempo de pausa, que no mangá se dá pela própria estruturação de
quadros e a forma como os eventos se encadeiam em esquetes, que acumulam uma
quantidade de tempo em um único capítulo. É crucial o tempo que acontece, ora
na mente do protagonista ora quando ele está andando a mesmo refletindo sobre
sua situação com Neko. São momentos, nuances que acabam sendo limados a fim de
não estagnar o ritmo. O que acaba refletindo em como os eventos se encadeiam,
soando mais abrupto e menos natural.
Sobre os absurdos dessa cadeia de acontecimentos, até certo
ponto eu consigo aceitar por dois motivos:
-A Neko é uma personagem completamente sem noção. Ela
aparecer enfaixada dos pés a cabeça como se fosse uma adolescente com
chuunibyou dá o tom. Ela tenta fazer tudo direito, mas acaba que as situações
terminam sendo tragicômicas. É porque há algo de terno nela, em essa sua
ingenuidade e espirito estoico. Sua mentalidade ainda não é algo super
desenvolvida, se agarrando a valores morais. Então, quando ela fode com tudo e
começa a berrar de chorar, não consigo evitar um misto de risos involuntários e
aperto no coração.
-eles estarem correndo contra o relógio faz com que Murakami
pense rápido em alternativas que sejam aplicáveis em curto prazo, assim como
tomar atitudes extremistas. Ele fica ainda mais decidido ao perceber que ela de
fato é a sua amiga de infância, não perdendo tempo em ligar um fato a outro, como
as suas possíveis perdas de memoria devido a utilização de suas habilidades como maga.
Seus conhecimentos científicos e raciocínio matemático são habilidades salvadoras.
Tudo isso, claro, abre amplas possibilidades para o
melodrama e ações extremistas. Ainda há o que comentar sobre todo o ocorrido, mas falarei mais na conclusão dessa trama, no próximo episódio.
Sobre o episódio, é o tipo de história que não fica boa
apenas copiando e colando. Embora possa ser mais apreciável meu querido leitor,
pela história que a série propõe. Ainda sobre este assunto, note como a maioria
das BGM utilizadas estão fora do tom – ou mesmo, são BGMs fraquinhas que não
estimulam. Isso leva ao que penso sobre
adaptações ser o meio ideal para elevar o material original a um novo patamar.
Esse episódio praticamente define o tom da série a sua
estrutura. Como nota-se pela abertura, o ritmo deve sofrer uma acelerada para
culminar em momentos recentes do mangá. Enfim, meus comentários sobre a
história em si refletem mais a minha primeira impressão sobre a minha primeira
experiência lendo o mangá. Logo, estou seguindo as impressões que este me
deixou. É outra mídia, e mesmo que também apresente seus problemas, tem uma
cadência própria. Poderia me centrar só no anime, mas para mim é mais divertido
me centrar nessa visão dupla. Mesmo porque, confesso, o anime não me inspira
muito. Mas, minha personagem queridinha deu às caras! As coisas vão ficar
divertidas!
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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-MY WAIFU! s2
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