segunda-feira, 9 de junho de 2014

Comentários: Gokukoku no Brynhildr #10 – A Eternidade Com a Qual Você Sonhou...

Quem disse que não se pode viver para sempre?
Ok, dessa vez devo dizer que gostei dos cortes feitos de um arco inteiro envolvendo uma nova bruxa ameaçando a existência do harém do Murakami. Para os propósitos do anime, que não é cobrir a história toda, deixa a adaptação mais enxuta e dinâmica. Oras, sua função é basicamente mostrar mais do cotidiano de todos e estreitar seus laços e este episódio conseguiu mostrar a essência dessa ideia – tá, mostrar as ameaças do qual o grupo precisa se esquivar. Sim, por essas e outras o original ter essa tendência de ser melhor, por ser mais encorpado e apresentar melhor desenvolvimento dos argumentos, enquanto uma mídia audiovisual não comporta tanto todas essas minucias.

Parte chata: sem ação e mais slife of life num build-up necessário.

Parte boa: entramos no melhor arco de Gokukoku no Brynhildr, que é o da Valkyria!
AWW YEAAAH! E já começou com tudo! Mako É badass, sociopata e apelona. Então o que já sabem o que esperar, além de muitos plot twists! Uma pena que este arco não terá tempo suficiente para se desenvolver, uma vez que ele se estende por praticamente metade do mangá. É muita coisa e é obvio que não irá caber nos episódios restantes, mas também acho que é um bom ponto de parada, similar ao que ocorreu em Elfen Lied onde o desfecho é justamente com o embate entre Lucy e a diclonius artificial mais poderosa que existe – com algumas boas intervenções originais que jogaram os rumos da história em outra direção e fechou muito bem.

Verdade seja dita, tudo nessa série parece ser reflexo de Elfen Lied, não é? Olha só a forma como as bruxas de desmaterializam, igualzinho ao que ocorre com [spoiler de EL, selecione pra ler:] Lucy quando ela atinge um nível de poder tão extremo, que a matéria do seu corpo não suporta. E este lance da Nanami aparecendo como um fantasma? Sim, também já vimos isso em Elfen Lied. Ademais, Mako está indo claramente com a Neko em mente, por ordem do laboratório. O que ela pode ter que interesse a essa gente?

QUESTÕES!
Sobre essas comparações, vale frisar que no material cortado desde episódio, está a previsão de que Kazumi poderia a vir se tornar a mulher de Murakami. Acho que já podemos vislumbrar o final, uma vez que também é um recurso utilizado em Elfen Lied: mesmo [spoilers>] Lucy sendo o amor da vida do protagonista, ele acaba terminando com a segunda garota oficial do harém. Como realmente são todos rumos que o anime não alcançará, incluindo a possível morte de Neko, são cortes que não terão implicações alguma aqui.
Sobre o episódio, não gosto de Nanami ter apagado a memória de todas as garotas. É arbitrário querer decidir por outra pessoa, a despeito de quaisquer boas intenções que se tenha. Apesar disso, eu a compreendo. Imagino que muitos irão se incomodar com todo aquele melodrama, enquanto outros se emocionar. Acontece. Mas é, novamente, compreensível se você levar em conta a trajetória, idade e estado emocional de todas ali, que estão vivendo a conta-gotas com a corda no pescoço, sem saber quando e qual será a próxima – sendo que podem morrer tanto pela ausência de remédios quanto pelas mãos de algumas bruxas. Agora, se falarmos de construção, eu realmente acho que poderia ser melhor trabalhado, mas eu até gosto pelo teor da história. Inclusive, é o porquê de eu achar tão estupido Gokukoku no Brynhildr se esquivar de evidenciar a violência gráfica (a censura acontece no mangá também). A Nanami apagar a memória de todas, por exemplo, se não o tivesse feito seria algo que daria a elas muito mais o que temer e consequentemente deixando-as mais abaladas ainda.

Toda essa atmosfera leve de clubinho é algo que tende a destoar muito do tom. Em Elfen Lied era uma boa jogada que servia de alivio na atmosfera pesada que se estendia pela história. Mas divago... Há questões, por hora, mais pertinentes à apontar: a reação de todas ao verem Nanami derretida é... SURREAL! Claro, elas tiveram suas memórias de Nanami removidas por ela, mas elas agiram como se não soubessem do que se tratava aquela possa de gosma derretida com vapor saindo. Trataram como se fosse algo extremamente trivial, como se fosse cocô de cachorro. Sério mesmo? A intenção, em parte, com isso era criar humor e no entanto ficou incompatível com a situação. Noutro aspecto é também uma sequência para causar choque, o que poderia ter um ganho maior se fosse explorado melhor a desorientação delas. É inadmissível a forma como elas reagem, é como se a narrativa ignorasse completamente todo o background dessas garotas e a inteligência de quem vê. 

E bem, comentaram nos comentários do episódio 09 sobre o que aconteceria com Murakami se ele tivesse transado com a Kazumi... É... Já temos a resposta. Acertou o Rider, que disse seria impossível de Kazumi manter qualquer segredo sobre o ocorrido. Mais que obvio HAHAHAH! Muitos criticaram a atitude do Murakami naquele episódio, no entanto é neste que ele [e Neko] estão mais estúpidos do que nunca. A Neko tudo bem, já se sabe como é o seu modus operandi e as razões de ela ser tão lerdinha, mas o Murakami ser tão estúpido não faz o menor sentido. Deveria ter um limite de ingenuidade nessas séries com estruturas de harém, sinceramente. Blergh! Ajudem ai senhores autores!

Avaliação: ★   ★ ★
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Nesse episódio o comitê de produção do anime promoveu a estreia da segunda abertura do anime, com a desculpa de que seria para representar a entrada do anime na fase 2 do mangá. Bom... beleza, mas sabemos muito bem que é só uma desculpa para promover o single do novo album da banda Fear, and Loathing in Las Vegas, que se chama 「PHASE 2」



A música é foda, mas o storyboard da OP é pura dessincroniza, embora com alguns bons cortes. Uma pena, puro desperdício de potencial.

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