Assim como no post anterior [Primeiras Impressões da Temporada de Verão Parte 1], alguns comentários sobre os animes, com avaliação
e sinal de positivo (verde) e
negativo (vermelho) indicando os
animes que pretendo continuar a acompanhar, sabe-se lá por quais motivos. :p
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Rail Wars! – Passione
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
Se não fosse uma temporada com séries tão promissoras e até
melhores, Rail Wars seria o anime que eu pegaria para acompanhar
descompromissadamente. Com isso, eu quero dizer que a série entrega tudo àquilo
que promete. Soft-fanservice [com direito a garota peituda gentil, rival de
personalidade forte e o amigo do protagonista], comédia, pitadas de ação e
romance temperados por muitos estereótipos e clichês. A premissa é bacana e se
é uma incógnita se o roteiro consegue ou não se sustentar com o passar do
tempo, por outro lado a direção é competente em entregar o básico nessa
estreia, com um roteiro ágil que introduz o elenco de personagens – do estagio
de aprendizado a pratica – com uma naturalidade convincente. De modo que o
ritmo é bom, a animação é inconstante (como
se nota na falta de solidez do character design ao passar do episódio) trazendo
momentos bons e outros nem tanto, mas o que deve pegar mesmo e se tornar
divisor de água é a premissa. Tipo de série sem grandes ambições, mas que cai
muito no gosto de quem quer algo leve e equilibrado para ver.
Glasslip – P.A. Works
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
A nova produção original do estúdio P.A. Works continua
investindo no lugar comum [a vida cotidiana de estudantes cursando o último ano
do fundamental e seus desenlaces românticos, conflitos da idade, coming of age],
mas sem o mesmo esmero técnico de um Hanasaku Iroha ou mesmo Nagi no Asukara.
De todos os animes do estúdio que eu assisti, Glasslip soa como o mais
pobrinho. Animação repleta de quadros estáticos que, importante ressaltar, não
possuem um trabalho de edição muito bom – neste aspecto eles precisam pegar
umas aulas com mestres de trucagens para animação limitada, tipo Kunihiko Ikuaha,
Hiroyuki Imaishi, Akiyuki Shinbo, etc. Imagino que a intenção é ressaltar um
aspecto mais poético dos quadros, mas o resultado é inferior ao pretendido.
Os cenários continuam bonito, como já é de esperar se
tratando de P.A. Works e eu também gosto muito do contorno do character design
e do fato da história trazer à tona pais e demais parentes de personagens, algo
que a maioria dos animes tende a ignorar. Mas, enquanto a premissa é atraente,
o mesmo não pode ser dito quanto ao roteiro que em 2 episódios vistos, mostrou
uma escrita meio pobre. Como quando somos informados por um dos personagens, em
uma postura nada natural, que os... termos de amizade deles não permitia
namoros entre eles, mas não se preocupa em justificar como, quando ou porque
surgiu uma norma que de tão estúpida, na cena seguinte outra personagem diz a
norma não valia mais e todos estavam liberados para namorar. O que o roteiro
pretende ai, é evidenciar os inevitáveis conflitos que estão para surgir entre
eles em termos de interesses românticos, mas acaba sendo, além de idiota e
redundante, extremamente superficial.
Glasslip segue com texto e direção sem muita inspiração,
onde a execução monótona é a tônica máxima disto. Ainda assim, a premissa me
deixou curiosa quanto aos rumos da trama, embora esse entrelaçamento romântico dos
personagens por enquanto não cative em nada.
Argevollen – Xebec
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
Um anime que faz o básico do básico, se sai razoavelmente
bem em sua apresentação, mas não consegue empolgar. Parte disto é porque a
história está demorando para acontecer e mesmo que não isto não deva ser
considerada uma falha, nos tempos atuais a história que demora para fisgar a atenção
do publico, acaba invariavelmente naufragando. Vivemos tempos de ritmos
pulsantes, afinal de contas Aldnoah Zero e Zankyou no Terror são capazes de
criar um primeiro episódio quase que completamente à parte, entregando um
pequeno release do que se verá na história nos episódios seguintes, com mais
calma e desenvolvimento.
O character design, trilha sonora, premissa, personagens,
estrutura performática da ação. Argevollen definitivamente não chama atenção e
deve passar despercebido. O concept art dos mechas e a qualidade dos CG’s por outro
lado são excelentes. A história também caminha com solidez, com tons sérios que
refletem a maturidade do texto, personagens femininas bem representadas, e o
clássico conceito de protagonista de série mecha, mas em meio a tudo isto acaba
falta um toque final que dê um pouco mais atração nisto tudo.
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