Nova edição da reexibição do anime traz um percepção mais intimista em relação aos personagens.
"Suponha que alguém dissesse que ‘os seres humanos são
tolos’. Obviamente, essa pessoa estaria falando sobre si mesma também. Se você
quiser entender o ser humano, você precisa fazer mais do que apenas observá-los.
Você precisa prestar atenção ao que eles próprios estão assistindo. O que você
está assistindo? Vocês são aqueles que eu estou assistindo. Pode ser difícil de
acreditar, mas eu gosto de vocês. Vocês sabem o que dizem... O oposto do amor
não é o ódio, mas a indiferença. Uma pessoa indiferente iria precisar de um
impulso para matar ou ferir. Minha mente continua vagueando. Estou nervoso...?
Será que eu subestimei tanto meu inimigo ao ponto de dar um passo longo demais?...
Que pensamento bobo”.
A outra diferença refere-se a novos cortes e uma nova edição
na ordem de acontecimentos das ações do final do episodio 1 para o episódio 2.
Enquanto na exibição normal o primeiro episódio termina com Akane deprimida por
ter tido seu primeiro choque contras as regras do sistema e o segundo começa
com ela se levantando da cama, nessa versão estendida há um novo corte
referente a um monologo interno de Kougami sobre Sibyl e uma cena com trechos de
flasback que revelam sobre sua relação com o parceiro morto por Makishima e fruto
de sua principal motivação. Então ele acorda no hospital e só então corta para
Akane despertando (o que seria o começo
do episódio 2). No anime, o texto mantem uma áurea de mistério sobre
Kougami, impedindo que possamos compreendê-lo plenamente. Uma longa jornada que
encontra seu clímax no episódio 18, quando Kougami finalmente resolve seguir
seu caminho à parte dos demais.
(tacaram CG na cara dura nesse enquadramento das mãos do Kougami manuseando a Dominator)
(tacaram CG na cara dura nesse enquadramento das mãos do Kougami manuseando a Dominator)
São mudanças que alteram um pouco a percepção inicial da
obra, tendo em vista que evidenciam um pouco mais do interior de Makishima e
Kougami, que no inicio permanecem mais ambíguos. Makishima aqui surge mais
hesitante e com uma fala menos fria e mais relacionável. Tanto em Makishima
quanto em Kougami, são edições que lhe conferem uma faceta mais humana que a
principio é difícil de ver com clareza, mas que aqui já se encontram presentes desde
o começo. Seus questionamentos sobre o sistema Sibyla, a motivação de Kougami
como detetive depois de perder seu parceiro, dando um aspecto mais relacionável
com sua ideologia. Quanto a Akane, ela continua sendo uma personagem maravilhosa,
logo, não foi necessária nenhuma edição. Desde o principio é uma personagem que
mostra bastante humanidade e, caramba, foi tão bom rever e perceber novamente o
quanto ela é a personagem que mais se desenvolveu e amadureceu na obra. De uma
garota acuada, hesitante e com aspecto franzino (embora isto nunca a inibisse de expor sua opinião e se chocar de frente
com o sistema, como se vê logo no inicio) a uma mulher de aspecto forte e
convicta de sua posição. AKANE EU TE AMO SUA LINDA MARAVILHOSA! Continue sendo
foda na próxima temporada!
Enfim, é uma edição pensada para uma série de cerca de 45
minutos de exibição e neste aspecto, em termos de ritmo, texto e direção não
deixou nada a desejar para um seriado policial padrão. Essa nova percepção
acerca da motivação do trio de protagonistas se acentua melhor a nova proposta
e um acerto da direção que pensou nas implicações de um novo formato para o
produto. Estou achando até que sou capaz de gostar mais dessa versão do que a normal! Psycho-Pass retorna na próxima temporada, com episódios inéditos.