quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sidonia no Kishi (2014): Knights of Sidonia

A sempre nem tão gloriosa visão do futuro.
1 – A Lenda dos Cavaleiros do Apocalipse

Come ride with me/Through the veins of history/I'll show you a god/Who falls asleep on the job/And how can we win/When fools can be kings/Don't waste your time/Or time will waste you ♫ ♪

(Venha cavalgar comigo/Através das veias da história/Irei lhe mostrar um Deus/Que adormece no trabalho/E como nós podemos vencer/Quando tolos podem ser reis/Não desperdice o teu tempo/Ou o tempo desperdiçará você)
Muitos dos que assistiram e são fãs da banda britânica Muse acreditam que a música do trecho acima, Knights Of Cydonia, teria sido a abertura mais adequada para Knights of Sidonia (Sidonia no Kishi, literalmente Cavaleiros de Sidonia), por tudo que a letra representa. Tendo a concordar, mas tenho ressalvas. Isso porque ‘Sidonia’ de Angela, que abre o anime, tem composições e interpretação fortes com uma imponência que se adequam maravilhosamente como tema de abertura e a atmosfera que a série emana. Adoro o coro do refrão:

Uchikudake (Knights of Sidonia)
Toki michite (knights of Sidonia)
Ikiru tame (Knights of Sidonia)
Toki hanate (Katsuro wa kono te ni)
Mas Knights Of Cydonia é um épico de história de fantasia, ficção cientifica e caubóis intergalácticos, acerca de cavaleiros do apocalipse conhecidos como ‘Cavaleiros de Cydonia’. É uma música emblemática e significativa ao tema de Knights of Sidonia, cairia perfeitamente bem pelo menos como tema de encerramento, principalmente por seu valor temático. Pena essa falta de timing da staff da produção, embora talvez quisessem evitar comparações.

Tanto Knights of Sidonia quanto Knights Of Cydonia fazem uma referência sobre uma região de Marte que possui formações rochosas que seriam pirâmides semelhantes às existentes no Egito, inclusive com uma que se mostrava idêntica a uma face humana. Por muito tempo se acreditou em um indicio de vida alienígena e, é claro, nascia ai um mito popular que geraria diversas teorias de conspiração, porque a NASA logo divulgou que estas aparentes esculturas não passariam de ilusão de ótica.

Talvez isto soe viajado, mas a pretensa face humana em marte não lembra as mascaras dos integrantes do Comitê Imortal de Sidonia? Quanto a letra Knights Of Cydonia, realmente cairia perfeitamente na série, por também falar sobre a sociedade de controle e a importância das pessoas se levantarem e formarem seu próprio destino. Enfim, Knights of Sidonia é adaptação do mangá de Nihei Tsutomu e fala sobre Sidonia, uma nave interestelar em formato de semente que hoje é um dos poucos resquícios existentes de um planeta azul que um dia existira no cosmos.

2 – Sidonia, último registro da humanidade


o conceito de design da nave de Sidonia é bem similar ao protótipo inicial da Space Battleship Yamato 
No ano de 2109, ao explorar o sistema solar a humanidade finalmente encontra vida inteligente existente fora da terra. Esses estrangeiros ficaram conhecidos como Gaunas, compostos por um núcleo que cria um tecido orgânico, referenciado como placenta. Os Gaunas podem assumir qualquer forma que absorverem – o que significa que muitas vezes eles terão uma aparência humana grotesca. Com a placenta eles podem formar armas de energia e atacar seus inimigos com apêndices de tentáculos. O que sempre fora ambicionado pelos seres humanos, agora se transforma num terrível pesadelo, pois 200 anos depois desse encontro os Gaunas reaparecem para destruir o planeta terra, obrigando a humanidade a fugir em enormes navios de sementes que escapam em direções distintas. A história da série se passa mil anos depois dessa fuga, tendo como enfoque uma dessas naves, chamada de Sidonia.

Knights of Sidonia traz uma estrutura de mundo rica em desenvolvimento cientifico, onde o autor ilustra uma sociedade futurística com base em muitos preceitos científicos atuais – que por hora se mostraram impraticáveis por diversos motivos. Sidonia, que é o centro narrativo da história, é uma cidade flutuante espacial, conceito imaginado por muitos cientistas como uma forma de vida foda da terra, que num futuro distante, não será mais habitável. Sidonia é composta por diversos bairros, centros comerciais e ruas que se contorcem entre tubulações de ar e esgoto, mas principalmente em torno diversos aglomerados verticais, que dão uma aparência de favela industrializada com forte densidade demográfica. É a gênese da sociedade futurística, vivendo em espaços cada vez menores diante a densidade tecnológica, como se fossem reféns da tecnologia, onde o céu não é mais azul, mas acizentado e a paisagem metalizada.
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O mundo de Sidonia é tão complexo que os mil anos de avanço tecnológico fizeram que diversas estruturas daquele mundo se tornassem irrastreáveis, como o subsolo e as milhares de tubulações que levam a verdadeiras fortalezas escondidas à margem da sociedade. De um desses locais é que sai o protagonista Nagate Tanikaze (Ryota Ohsaka), que vivia isolado com seu avô em uma estação subterrânea, recebendo diversos treinamentos até a sua morte, quando o jovem garoto livre de amarras resolve explorar o que há no mundo exterior.

Outros aspectos culturais interessantes em Sidonia e que possuem impacto direto na vida dos personagens e da cultura humana daquele mundo está nos conceitos de clonagem humana, reprodução assexuada, engenharia humana, o híbrido humano/animal e a fotossíntese humana – que possibilita que as pessoas consigam viver sem ingerir alimentos diariamente. Como não se trata de uma série com enfoque cyberpunk, não há discussões filosóficas e existenciais acerca do impacto causado por esse admirável mundo novo na vida dos personagens. Infelizmente nunca achei um mapa completo trazendo informações detalhadas acerca do mundo de Sidonia, o que evidencia que essa estrutura existe mais como base de sustentação do enredo do que algo a ser explorado pelo prisma político-social.

Apesar disso, são fundamentos que não estão gratuitamente na história, são elementos fundamentais para a sustentação daquele mundo e que revela a preocupação e o medo que sentem pela imprevisibilidade do futuro. Por exemplo, a clonagem humana como uma forma de gerar vida programada com mais recursos uteis ao sistema e sustentação da base militar, diminuindo o tempo de gestação e crescimento, também possibilitando a tão sonhada imortalidade – especialmente de pessoas que são cruciais para a manutenção de Sidonia. Isto torna comuns cenas como a avó de uma personagem adolescente, se mostrar fisicamente tão nova quanto a neta, o envelhecimento retardado pelas pessoas praticarem fotossíntese, que também resolve o problema de escassez de alimentos. Todos os benefícios tecnológicos trazem consigo repercussões práticas no desenrolar da série e da vida dos personagens. Além disso, o autor traz em cada novo capitulo – que podemos visualizar nas ilustrações presentes nos comerciais que separam as duas partes do anime – pontos de vistas de diversas partes da cidade flutuante.
A série ainda traz a questão da mutação, presente nos Gaunas e que terá um impacto forte em Sidonia, não apenas pela ameaça que representam, mas seu objetivo oculto e sua verdadeira natureza, pontos que começam a ficar em evidência a partir de uma inesperada reviravolta no terço final do anime.

Apesar de contar com mechas chamados de Guardians, que se tornaram a arma da humanidade para se defender dos Gaunas, Knights of Sidonia não é uma série de mecha convencional. O autor apresenta os Guardians como se eles fossem armas perfeitamente plausíveis no mundo real, notável pela dificuldade e peso para manobrar (representando pela força que os personagens colocam para manobra-los), e nos trajes pensados nos mínimos detalhes para a necessidade fisiológica humana. Combater os Gaunas não é fácil, sendo que só podem ser mortos primeiramente expondo seu núcleo e, em seguida, perfurando-os com uma lança especial conhecidas como Kabizashi, feitas especialmente para combate corpo-a-corpo. É mais difícil do que parece porque os Gaunas se regeneram rápidos. O modo como o autor orienta visualmente todo esse processo faz com que as lutas não tragam tanto impacto visual e atmosférico através de cenas de batalhas épicas e performáticas. No anime este aspecto é talvez melhor, por ao menos ter a movimentação da animação e BGM de tensão atmosférica, enquanto no mangá é estático e sem qualquer senso cinético. É uma formação estratégica mais cerebral do que visual. O que é plausível de encantamento ali, ao invés de ação física, são as belas e grotescas formas assumidas pelos Gaunas e a estratégia utilizada pelos cavaleiros de Sidonia para combatê-los. Inclusive, a beleza orgânica visual dos Gaunas em confronto com Sidonia se perde substancialmente no anime, por razões que falarei mais adiante.
Muito disso porque Knights of Sidonia é uma série fria, sem gritaria desenfreada e desespero à flor da pela, como ficou bastante representativo na versão animada de Shingeki no Kyojin (diferente do original, que possui aspecto mais frio, ainda que comparativamente à Sidonia, ainda mostre muito mais calor humano). Isto fica mais obvio nas expressões dos personagens, que se desesperam e temem a morte sim, mas é mais contido e no anime dificilmente se vê os personagens se retorcendo em expressões de desespero – em parte porque a direção entende que soaria não intencionalmente hilário com a animação em 3DCG. Particularmente isto me soa com certa melancolia consonante com o ambiente acizentado em que vivem, diante uma sociedade rigidamente controlada e constantemente ameaçada com a incerteza do futuro, mesmo que sua população goze de certa liberdade de escolha, sendo livre inclusive para criticar a militarização do estado.

Nihei Tsutomu emprega em Knights of Sidonia narrativa silenciosa, dizendo mais pelas ações do que verbalmente. Os conflitos podem não ter repercussões emocionalmente intensas, mas são representativas nas ações dos personagens, que se desesperam, choram, temem e anseiam. As estimulações e tramas são curtas, mesmo as batalhas envolvendo Gaunas. Mas nunca deixam de adicionar qualquer coisa que repercuta no enredo global, com nuances sutis e sem nada de excessivamente explicativo. E isto é algo que vem do original. Não há monólogos, o que evoca ainda mais essa sensação de frieza e pouco contato com o lado interno dos personagens. Ao invés disto, é tudo representado visualmente.

Por exemplo, Tanikaze é vitima de preconceito ao surgir do subsolo, por ser considerada uma pessoa primitiva que não faz fotossíntese e precisa de 3 refeições ao dia. Os alunos do centro preparatório militar não gostam dele. E como sabemos? Por atos, como ele ser constantemente hostilizado com neutralizador de odor e sacos de arroz que deixam em seu armário, sugerindo que ele fede e é primitivo. A melhor parte é quando Tanikaze cruza com outros alunos e eles tampam o nariz. Tanikaze não se questiona ou questiona com alguém a razão disto. É mais do que obvio. É desta economia em termos de narrativa que eu falo. É algo muito bom, principalmente numa série sci-fi, gênero conhecido justamente por uma abordagem mais expositiva e altamente técnica.
Isso me leva ao que comentei mais acima, sobre a tecnologia avançada não proporcionar discussões existenciais em seu impacto social, mas isto não quer dizer que estes conflitos não existam. Apenas não estão na margem focal de interesse da narrativa. No entanto, é insinuando que em diversos setores daquela sociedade essas discussões existem. Como o questionando de setores de esquerda a respeito da militarização de Sidonia e o empenho em bater de frente com os Gaunas, ao invés de simplesmente procurar um ponto de fuga distante de colisões. As placentas, elas realmente podem ser consideradas formas humanas? O próprio Tanikaze e sua origem, onde seu avô o escondeu a vida inteira do contato com a tecnologia de Sidonia, a fim de mantê-lo o mais humano possível, roubando-o do tanque de gestação artificial e lhe ensinando valores da antiga humanidade. O que é humano é uma das discussões que despontam sutilmente, o que é um pouco irônico numa sociedade quase que completamente artificial.

Continuemos então dissertando do quão impecável é a narrativa visual de Sidonia. Tanikaze quando perde sua amiga e interesse romântico passa por longos dias de reclusão e lágrimas constantes. Você sabe que ele lamenta e se culpa, mas não há uma BGM que intensiva e torne isto evocativo para quem vê. Além de ser um conflito que se desenrola rapidamente através de cortes que indicam a passagem de tempo. Logo Tanikaze precisa voltar a entrar no robô e lutar, coisa que ele faz sem reclamar, ainda que sua aparência demonstre instabilidade. Já Norio Kunato (Takahiro Sakurai), depois de cometer um crime hediondo de proporções irreparáveis por despeito à Tanikaze, sofre com o sentimento de culpa e fantasmas do passado que voltam para lhe assombrar. São cenas fortes que substanciam estes personagens, e a série faz um bom trabalho ao dar um background mesmo para personagens de fundo, fazendo com que as mortes tenham algum impacto na narrativa e não sejam simplesmente mortes de personagens sem rostos.
Claro, ainda são personagens unidimensionais, mas bons personagens – o mais fraco entre todos é justamente Tanikaze, que por ser protagonista, faz com que isso fique mais em evidência. Apesar de ter um background promissor, o personagem ainda está perdido no enredo e sua motivação para lutar é frágil, não tendo qualquer particularidade que o ambicione a nada. Ele diz lutar por gostar de Sidonia e ter sido bem acolhido, o que a despeito das boas intenções, é bastante vago e sem força narrativa. Por enquanto, o personagem ainda não tem um conflito. O que poderia se mostrar um drama interessante, que é a sua relação conflituosa com Kunato e as ações criminosas dele, foi dissolvido com uma benevolência intangível num mundo como o de Sidonia. Era natural que as ações de Kunato repercutissem mais gravemente, e ainda mais imperdoável é que seu crime talvez passe batido justamente num mundo tão avançado em tecnologia e altamente militarizado – cadê as gravações que deveriam existir em cada robô para fins de monitoração? A corte militar? Isto porque estamos falando num mundo futurístico, sendo que no nosso mundo contemporâneo, tudo já é minimamente monitorado. É impensável que num local como aquele qualquer soldado pudesse ser capaz de condutas suspeitas que coloquem em risco uma missão tão importante apenas desligando o microfone sem que isso seja questionado ou levante suspeitas na base de comando. Não ter registros já é ruim o suficiente, não levantar questionamentos de atividades suspeitas é imperdoável para o que Knights of Sidonia propõe.

Tanikaze é o tipo de personagem escolhido, fundamental para desempenhar um papel decisivo e ele tem um desenvolvimento e estruturação de herói “shounen”. Extremamente benevolente, ingênuo, inocente, confia no valor da amizade acima de tudo e capaz de perdoar qualquer coisa. É um verdadeiro representante da classe dos White Knights, defensor da igualdade e justiça. E claro, atrapalhado e com uma áurea de virgem perdedor, que por algum motivo, atrai muitos interesses do sexo oposto. Oh, sim.
Com 12 episódios adaptando um mangá em andamento (atualmente com 12 volumes encadernados), Knights of Sidonia em sua primeira temporada ainda está numa fase introdutória. Apenas nos episódios finais se obteve algumas respostas para tantas perguntas, outras ficaram no ar. Por que Tanikaze foi mantido no subsolo? Qual a história por trás da sua origem? O que são Gaunas e porque estão constantemente em rota de colisão com Sidonia? Qual o interesse em bater de frente com os Gaunas? O que são Kabizashi e por que são numericamente limitadas? Qual a origem dos Gaunas? São perguntas que certamente encontraram a sua razão, mas que a série não tem pressa em responder, seguindo uma esquemática repetitiva nessa primeira temporada de combater os Gaunas, perdas, personagens se relacionando e novamente entrando em combate contra os Gaunas. 

3 – Sobre a Adaptação

A adaptação do mangá é bem fiel, ainda que para conseguir um ritmo mais dinâmico, muito do material original fora suprimido, perdendo muito em termos de sutilezas, mas de certa forma, é um aspecto positivo. A narrativa do mangá é mais lenta e demora para o enredo se revelar. No anime também leva se um tempo para se envolver com a história, mas isto acontece mais rápido. Então, seria impensável não suprimir o material original. Se com 12 episódios ainda está em fase de introdução, imagina se não suprimissem o original.

4 – Sobre Segunda Temporada

Produzida originalmente para a rede Netflix, a boa repercussão de Knights of Sidonia fez com que a série ganhasse sinal verde para uma segunda temporada intitulada Sidonia no Kishi: Dai-kyu Wakusei Seneki (Knights of Sidonia: War of the Ninth Planet), ainda sem data prevista de estreia, sendo que haverá um evento em outubro, em que a data deverá ser anunciada. Portanto, não se trata de uma série Split-clour, como vem acontecendo com muitos animes, em que se divide a adaptação em 2 cours para uma melhor produção (geralmente são séries que exige muito da equipe ou que possuem um equipe reduzida). Ainda bem que teremos uma segunda temporada, que enfim entrará de vez na história, revelando questões importantes. Os eventos atuais da série são especialmente superiores ao seu inicio.

Netflix vem bancando muitas séries originais produzidas especialmente para serem exibidas em suas redes, uma de grande sucesso no momento é Orange Is the New Black. Já Knights of Sidonia é um investimento inédito em uma animação, ao lado de outras produtoras, se tornando possível também sua exibição em tempo real em canais japoneses e comercialização normal, para depois ser exibida em pacote fechado no Netflix, com direto a dublagens. Tem até dublagem em português, produzida pelo estúdio TV Group de São Paulo.

5 – Sobre o fatídico 3DCG

Tá certo que a expressão dos personagens está em consonância com o original, o que não justifica a baixa qualidade na maior parte do tempo por inconsistência nos framerate, especialmente em cenas mais complexas, como os encontro com os Gaunas ou cenas que exijam uma movimentação mais suave e sutil dos personagens. Os movimentos dos personagens soam estranhíssimos e artificiais, ao ponto de até ser um plus nas cenas de humor da série, que de tão toscas se tornam bastante divertidas – principalmente envolvendo as reações da Izana Shinatose sempre que se sente ameaçada por alguma garota. Observe se não e hilário:
Como devem ou deveriam imaginar fazer boa animação envolvendo técnicas de 3D e fazer com que soem natural não é fácil. É uma tarefa que consome tempo e exige recursos técnicos avançados. Em termos de animação em CG, o estúdio Polygon Pictures é um dos melhores do ramo no Japão, mas mesmo entre os principais do ramo que atuam nos EUA, exige-se um tempo considerável e boa quantidade do orçamento para alcançar o resultado ideal, não é com um anime semanal com prazos apertados que irão conseguir isto. Como esperado de uma animação 3DCG, as sombras são bem delineadas e, a produção trabalhou com aplicação de filtros que dessem um look visual de 2D que combinou muito bem com a textura dos personagens e melhor ainda com o cenário, que ficou com um aspecto de arte tradicional. A fotografia pode não ter a delicadeza do 2D, mas são graciosas e as expressões dos personagens quando estão mais relaxados sem grandes distorções faciais é também agradável de se olhar.

Nota: 07/10
Direção: Kobun Shizuno
Composição de Roteiro: Sadayuki Murai
Trilha Sonora: Noriyuki Asakura
Estúdio: POLYGON PICTURES
Tipo: TV
Episódios: 12
Páginas: ANN, MAL

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