Se os personagens de Aldnoah Zero fossem atores reais, núcleo
infanto juvenil da terra mereceria o Framboesa de Ouro. Mas até que ponto isto
é intencional ou dislexia?
Conspirações, conflitos, traições. E quer saber? Isto
consegue me deixar mais excitada com a historia que simplesmente tiro, porrada
e bomba todo episódio –não que isto seja ruim. Agrada, apesar de estar se
mostrando uma estrutura repetitiva e sem uma boa variedade de cenário. Aldnoah.Zero
replica a estrutura padrão de uma série de mecha, que é colocar seu protagonista
para lutar utilizando mechas, numa estrutura episódica – obviamente, para
vender bonecos, no mesmo esquema de mahou shoujos. Mas a caracterização da
força ofensiva da terra é fraca, contando apenas com Inaho para protagonizar o
cenário de ação, onde mesmo com a pseuda participação, os demais personagens
não são passam de personagens secundários para ilustrar o cenário ou para
desempenhar outras funções – tais como Rayet e Asseylum. Os adultos são
incompetentes e os Cavaleiros Orbitais já não soam mais tão ameaçadores, já
que, embora lógicos, os planos ofensivos de Inaho sempre surtem efeitos sem qualquer
reviravolta dramática por parte do rival, sem que ele seja surpreendido. É uma
estruturação simples e padrão e com um cenário ainda limitado. Funcionou muito
bem nos primeiros episódios, mas naturalmente, com a repetição sua fragilidade
se expõe.
Não quero dizer que isto seja exatamente ruim, mas enquanto
outras obras contam com outros elementos para contrabalancear este cenário, com
uma gama maior de personagens de peso ou carisma, a linha de frente ofensiva da
Terra em Aldnoah.Zero realmente não inspira muito envolvimento ou confiança. Podemos
especular que as “performances” da princesa e do Inaho escondem algum motivo
por trás. Enquanto ela esconde alguma coisa, ele teria um motivo para agir
assim. Bem, consigo imaginar que a princesa tenha algum plano, o que seria
interessante em termos de caracterização, já que por enquanto sua presença é
meramente ilustrativa, se resumindo unicamente como uma ferramenta motivadora
do plot. Já Inaho... Suponho que tudo isto faça parte do show, especular e
discutir.
São apenas algumas observações, o ritmo ainda me agrada e ao
contrário de muitos, acho que as insert songs de Hiroyuki Sawano dão um bom
gás nas sequências de ação, que não são tão elaboradas ou grandiosas e sem sua
trilha sonora e com a apatia do protagonista, não seriam tão metade do que são.
Cria um contraste, não tanto pela ausência de sequências de ação mais
grandiosas, mas pela postura de Inaho. Ele não grita, não se desespera, não
abre largos sorrisos ou demonstra uma diversidade de feições. Em Shingeki no Kyojin as sequências de ação também não eram complexas, mas havia toda aquela
atmosfera dramática e diversas catarses. Desconfio que erraram um pouco na
caracterização de Inaho, deixando o no meio termo entre um Mahoudude e um
Shinji Ikari. Ou seja, indiferença. Ainda assim, para uma série que não apela
para o aspecto trágico e tem uma certa
frieza em sua execução, é uma trilha sonora que tem se mostrado eficiente. Não
vejo problemas no contraste, pelo contrário.
Bem, são questões que se mostrarão mais claras futuramente. A
estrutura narrativa desde episódio balanceou com competência os dois núcleos,
investindo bastante em ações. No episódio anterior eu senti que a história havia
dado uma ligeira estagnada, mas neste há tantas coisas acontecendo ao mesmo
tempo, que mal vi o tempo correr. Ação não é apenas aquela física que vemos,
mas também a forma como são trabalhados os diversos elementos de uma história e
o modo como são dispostos na narrativa. Acredito que o núcleo de Marte desta
vez tenha sido o mais instigante, com uma reviravolta sensacional – okay! Deixa
eu me vangloriar aqui e dizer que eu já estava prevendo este movimento por
parte do clã rival, mas eu imaginava que o Rei e avô da princesa seria apenas
uma representação holográfica falsa e não que estaria sendo manipulado, e isto
deixam as coisas ainda mais quentes! Como sempre, Slaine continua se fodendo,
mas isto é ótimo. Isto significa mais desdobramentos dramáticos e muita tensão
conspiratória. Aldnoah Zero se voltou para o que realmente torna o seu enredo envolvente
e forte, que são os conflitos de bastidores. Estes podem elevar a capacidade e
o universo da série. Aguardo que isto traga uma renovação saudável para o núcleo
terrestre, que está estagnado desde o episódio 3.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
Roteiro: Katsuhiko Takayama
Storyboard: Yuuichi Nihei
Aux. de Direção: Geisei Morita
Direção: Ei Aoki
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-OMAIGAWD!!!!!!!!!! OMG OMG OMG! MY FEELS!!!! PSDAODAKPODKAPODAKD MEEEU SHIPPING!!!! POURRÃÃÃÃÃÃ~! Geeeeeeeeeeeeeente, eu fiquei muito louca com essa cena! E agora posso dizer: EU ACREDITO! YEAAAAAAAR!
-Novamente: EU ACREDITO!!! Não ouse se apaixonar pela princesa, seu cara de cú (com acento, porque dá uma satisfação maior colocar o acento no cu), não queremos ver esse romance! HAHAHAHAHA
-Eis que Vers é exatamente como eu imaginava. Como era de esperar de uma representação de cidade marciana avançada.
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