terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sailor Moon Crystal Act. 4: Fantasias Femininas

Viver um conto de fadas idealizado nem sempre é possível. Por isso existe a ficção. 

Os titãs Téia e Hiperion tiveram três filhos, as mais lindas crianças do Olimpo: Selene - a lua, Helius - o sol e Eos - a aurora. Outros deuses, invejando a beleza dos filhos de Téia, lançaram Helius nas águas negras do Eridano. Quando Selene mergulhou à proura do irmão, foi tragada pelas águas. Ao saber do trágico destino dos filhos, Téia os procurou por todo o mundo e cansada adormeceu.

Ao acordar Téia viu seus filhos no céu, iluminando tanto o sofrimento como a alegria dos mortais: Eos - a Aurora, abria as portas para a chegada de Helius - o Sol - que acompanhava o dia. Selene - a deusa da lua - acompanhava a noite. A jovem tinha a pele tão branca quanto a neve e viajava em uma carruagem de prata puxada por dois cavalos. Com seu manto prateado, carrega uma tocha e tem uma meia lua em sua cabeça.

Selene nunca se havia interessado por homem algum. Sua imagem pálida e solitária atravessava os céus numa rotina de pura melancolia. Certa noite ela foi acompanhada pelos olhos sonhadores do tímido Endimion, um belo pastor da Tessália que levava o rebanho para o alto da montanha para poder observá-la mais de perto. De tanto contemplá-la, ele conseguiu compreender o caprichoso ciclo lunar que era um mistério para todos.

De tanto ver o pastor Endimion a contemplá-la, Selene quis conhecê-lo, pois talvez ele fosse um homem diferente capaz de entender o ritmo de seus delicados movimentos pelo céu noturno. Abandonando seu curso, Selene encontrou Endimion adormecido ao relento no alto do monte. Seu sono era sereno e seu suave semblante tocou o coração de Selene que sentiu-se invadida por uma paixão que nunca antes experimentara.

Depois dessa noite, ela ficava perturbada cada vez que avistava Endimion no alto do monte a apreciá-la. Certa noite, não resistindo aos encantos do amado Selene abandonou seu curso e foi encontrar-se com Endimion que dormia numa caverna. Beijando-lhe os olhos, infundiu-lhe um sono mágico. Tomada pela paixão, ela se esqueceu de que era a luz que iluminava a noite o que causou um eclipse total, deixando o mundo totalmente escuro.

Zeus, o deus dos deuses, não tolerava qualquer distúrbio no cosmos e resolveu castigá-la. Porém Selene o sensibilizou quando revelou que estava apaixonada pelo mortal, que era sujeito ao envelhecimento e à morte. Para preservar a felicidade de Selene, Zeus fêz Endimion dormir eternamente para nunca envelhecer e não temer a morte. Endímion dorme até hoje e não pode ver a linda luz prateada enquanto Selene cruza os céus. Algumas vezes, Selene abandona os céus e vem juntar-se a ele nas noites escuras da Lua Nova e quando ela eclipsa.

Essa é uma trágica história de amor, oriunda da mitologia grega, do qual Naoko Takeuchi extraiu o argumento para a trama principal de Sailor Moon, que retrata uma história tão trágica quanto, da princesa Serenity e do príncipe Endymion, que não foram permitidos ficarem juntos, renascendo então no século XX como Usagi Tsukino e Mamoru Chiba, onde poderiam ter mais uma chance, embora não guardem memórias claras da vida passada. Como se pode ver, a premissa central de Sailor Moon é tudo o que há no mito de Selene (significa claridade ou luz), deusa da lua. Seu mito é relacionado ao amor, aos enamorados – a lua que tanto inspira os poetas e apaixonados, que faz companhia aos solitários. O fascínio pela lua (dica: Pocket #17: A Lua & Os Animes) reflete o amor que ignora obstáculos vários, o amor apaixonado que é cego e febril, o desejo de sentir, de estar juntos, de suspiros e dores. No mito, a lua e o pastor estavam juntos, mas sozinhos, distantes um do outro.  No amor há a necessidade de estar juntos, nos momentos difíceis e alegres, fazendo memórias.

Acho que ler essas histórias trágicas de amor tempestuoso e ter fantasias românticas de viver um amor tão intenso e marcante quanto é indiferente de gênero sexual, embora a forma como cada pessoa pensa nessa fantasia acaba soando diferente. Em nossa sociedade, é mais comum [por toda uma questão cultural de condicionamento] ver garotas sonhando com príncipes e castelos. Esse novo episódio de Sailor Moon Crystal, Masquerade Dance Party, me lembra dum mangá que li um tempo atrás que se chama Lady Masquerade, da renomada Chiho Saitou. É um mangá ruim pelo que me lembro, mas sua história ficou em mim. A premissa aludia ao conceito de um baile de máscaras, uma das fantasias romântico-sexuais mais provocantes, que é diretamente relacionada à libido; o momento em que dois corpos se atraem, e ainda que você não saiba quem é do outro lado, isto não te impende de se “entregar” num jogo de sedução e erotismo. Só que neste caso, Chiho Saito relaciona isto a uma traumática experiência da protagonista. Em resumo, quando as pessoas se escondem atrás de uma máscara, são capazes de atos selvagens sem pensar nas consequências, nas a vida não é um baile de máscaras e as consequências podem trazer danos irreversíveis, como o que ocorreu na vida dessa garota.

Se por um lado Saito está mais interessada em implicações dramáticas e traumáticas acerca deste fetiche romântico-sexual, Sailor Moon de Takeuchi mesmo na tragédia traz toda aquela virtuosidade do amor idealizado. Essa longa volta é só pra dizer que o episódio Masquerade Dance Party é sobre uma ingenuamente doce fantasia romântica adolescente. A escrita foge do habitual monstro da semana + introdução de alguma Sailor Senshi, para ilustrar as fantasias de Usagi [já evidentes desde o primeiro episódio quando ela declara querer ser uma princesa] e desenvolver um pouco mais a relação/fascínio dela com Mamoru.
Uma das cenas mais bonitas deste episódio é quando Usagi se perde em meio aos convidados e, se afastando, observa um casal apaixonado, em que a dama lisonjeia o cavalheiro, que retribui o afeto, e ela se sente melancólica; ela está vestida como uma princesa, belíssima, mas está sozinha (“Eu também estou vestindo um lindo vestido. Mesmo sendo uma princesa, é muito chato não ter alguém aqui comigo”). Quando você nutre tolas fantasias, se arruma maravilhosamente esperando que seus anseios se realizem, mas nada acontece, a sensação é de como se você fosse uma lua, radiante e brilhante, mas solitária lá em cima, sem conseguir sentir a ardência dos corpos colados. É quando Mamoru surge de Tuxedo Mask, belo, romântico e delicado, convidando a linda princesa para uma valsa. Nunca tive essas fantasias sobre príncipes encantados, mas isto não me impediu de sentir o clímax de uma atmosfera tão mágica e significativa. É um momento de pequena realização, onde você pode unir suas mãos e girar pelo salão nos braços daquela alguém que lhe causa fascínio. É quando tudo em volta desaparece magicamente e só existe você e aquela pessoa.

É um momento desejado tanto por mulheres, quanto por homens, especialmente na adolescência. Viver abertamente a fantasia de ser a princesa ou o príncipe de alguém é algo que requer um pouco de coragem e desprendimento nos tempos atuais (falando assim parece que eu vivi 100 anos!). É visto de modo pejorativo, tanto por aqueles que acreditam que as mulheres com tais fantasias são menos capazes como por quem vê que um homem pensar de modo tão romântico lhe torna fraco.  Obviamente que é necessário saber distinguir fantasia de realidade e não se deixar cegar pela idealização de uma obra. Querer viver essas fantasias é natural, mas há uma significativa diferença entre o intangível e tangível. É a armadilha que as pessoas mais caem, em querer impor à realidade uma idealização inalcançável. Mas à fantasia é permitido os sonhos.
Isto é visto de modo pejorativo por ser associado ao feminino. E tudo que é associado ao feminino é tido como fraco, indesejável, vergonhoso. Que levante a mão quem nunca ouviu ou leu, direta ou indiretamente, que determinada pessoa do gênero masculino agia [ou fazia algo] como uma garota? “Nossa, você bate/corre como uma menina”. Aos homens que tem suas fantasias destroçadas e ousam expor tais emoções, resta o olhar de superioridade, por ele estar sendo tão frágil e fraco como uma garota. A emoção, a sentimentalidade, as lágrimas, romantismo e a devoção são caracteristicamente atribuídos ao feminino e, portanto, expressa fraqueza. Por isso a velha máxima de que “garotos não choram” (ou lágrimas masculinas!!!!!!!), ironizada na já clássica Boys Don't Cry, da banda The Cure. “Por isso eu tento rir disso tudo/Cobrindo com mentiras/Eu tento rir disso tudo/Escondendo as lágrimas em meus olhos/Pois garotos não choram/Garotos não choram”, diz a letra. Na maioria das vezes é algo inconsciente, não se faz por maldade e ninguém está isento desses padrões estabelecidos, embora seja sábio reconsiderar.

Naoko Takeuchi ilustra em Sailor Moon que não há porque você se envergonhar de ser garota, de ser feminina e, principalmente, de estar expressando suas emoções (afinal, você não vai estar sendo muito menininha por isso. Estará apenas sendo honesta consigo mesma). Em Sailor Moon, a feminilidade é a fonte de poder. Sainhas, salto alto, botinhas, blush, gloss, batom, tiaras e toda espécie de acessórios e maquiagens. Nem mesmo Haruka Tennou, uma lésbica assumida que no dia-a-dia apenas veste roupas masculinas ou sóbrias [ou unissex], consegue e nem pode se livrar dos encantos femininos. Para se transformar e ter acesso ao poder, sua feminilidade precisa aflorar através do henshin (transformação), que não por mero acaso, se chama Make Up. A garota com trejeitos tipicamente masculinos de então, ao invés das inseparáveis calças, veste uma saia curtinha deixando à mostra suas longas coxas carnudas. Não que Takeuchi esteja pregando que toda garota tem que ser feminina ou agir de modo pré-determinado, mas evidenciando o poder existente na feminilidade, que não deve ser encarado como fraqueza ou algo a ser protegido, ainda que se tenha convencionado assimilar fragilidade/futilidade à feminilidade.
Olhando por este aspecto, é fácil entender o fenômeno que se tornou Sailor Moon. Elas poderiam ser muito sexies e pouco femininas. Duronas e pouco femininas. Poderiam ser guerreiras projetando o subconsciente masculino. Os desafios e as lutas poderiam ter uma lógica narrativa mais virilizada. Mas, mesmo o Cristal de Prata, que é o elemento mais poderoso do universo ainda que seja joia delicada, se refugia no interior do broche de Usagi, que ela usa como acessório no uniforme escolar. Nota-se o empenho da autora em ilustrar que o amor, a compaixão, sentimentalismos, perdão, lágrimas, emoções e afetações não são algo para se envergonhar ou serem suprimidos. Elas queimam os monstros com a pureza do amor e com este mesmo amor devolvem a luz a quem só vê escuridão. Elas são lindas, sexies, poderosas, todas são princesas e protagonistas de suas histórias, sem estar à sombra de nenhuma figura paternal. Elas têm acesso ao poder através de acessórios femininos que são o sonho de toda garotinha.

Logo, é compreensível que uma garotinha na década de 90, sem opções variáveis de heroínas que poderiam se identificar, se encontrem em Sailor Moon, onde as personagens ocupam espaços historicamente masculinos, mas olham como mulheres autossuficientes que não abrem mão de sua feminilidade. Sem a necessidade de reprimir este lado ou renega-lo em prol da conquista de respeito e poder, elas podem ser igualmente poderosas e salvar a galáxia incontáveis vezes. Mostra-se, representativamente, que elas podem ser super-heroinas sem abrirem mão de sua identidade, porque no fim das contas, é a combinação de todos os fatores, que muitos veem com fragilidade e incapacidade, que a tornam poderosas.
Quando perguntada acerca das diferenças entre anime clássico e mangá, Takeuchi afirma que a equipe do aime eram homens moldando a série por suas perspectivas, enquanto que sua história foi contada a partir da perspectiva de uma mulher sobre meninas e para meninas. Não que seja muito diferente aqui, mas sabemos que a birra dela é devido às alterações significativas no conceito de sua história e que neste novo anime, ela possui muito mais controle criativo. Uma das grandes diferenças se nota em Tuxedo Mask, onde sua participação é ainda menor no fluxo das batalhas. Tuxedo Mask/Mamoru Chiba é o estereotipo idealizado masculino pela perspectiva da fantasia feminina. É gentil, gostoso, lindo, elegante, romântico, fetichizado e mesmo quando se mostra meio ranhento, sabemos que no fundo ele é um doce e isto se transforma num charme; numa sexy appeal, e principalmente, está sempre presente, dando apoio emocional, mas nunca intervindo além de conselhos.
Ela chega a ser moe de uma forma ligeiramente diferente da qual associamos a palavra. Ele não tem grandes poderes, como a Usagi, tudo que ele pode fazer é apoiá-la. Ele é capturado, sofre lavagem cerebral, é quase morto, é salvo algumas vezes, o que não lhe impede de admitir não poder fazer muito por ela e de agradecê-la, sem que isso afete seu orgulho masculino, ou o faça se sentir vaidoso nas vezes em que é ele quem precisa estender o braço para salvar Usagi. Com elegância, é ele quem lhe agradece, mesmo que ambos estejam quites. Ele elogia o fato dela ser forte e teme se tornar um peso para ela. Usagi, que por sua vez, promete sempre salvar e protege-lo. Numa história que discute tanto sobre identidade, não é surpreendente ver em como a série defende a necessidade uma mulher não se sentir menor pelo que veste ou por como se comporta, mas talvez surpreenda muitos em como ela pode ostentar fantasias que soam ingênuas com tanto respeito e sem que a façam parecer fracas ou vulneráveis.
Esse episódio traz algumas diferenças significativas com relação ao mangá. Uma das mais sentidas é que Jadeite está vivo, ao contrário do que ocorre no mangá. O que isto significa para os rumos do enredo? Ele será um personagem inútil ou terá alguma importância?
Particularmente, das mudanças, a mais sentida por mim foi com relação à personalidade de Rei. Enquanto no mangá ela se mostra bem dura/pragmática e ameaça não seguir com os planos de Luna enquanto ela não lhes revelar mais informações , além de já se mostrar completamente à vontade, no anime ela ainda se sente insegura em relação às outras, sem muito entrosamento ou destreza social. Lembremo-nos de que ela passou a maior parte da sua vida sem se relacionar intimamente com as pessoas, a não ser seus dois corvos e seu avô (inclusive, ela diz que está cansada de lutar contra yomas justamente por seu caráter psíquico, sendo uma substituição mais simpática para o que ela diz no mangá; que é muito ocupada). Então é perfeitamente natural a postura dela, e chega ser até bem terno acompanhar todo esse processo.
No mangá, isso não é relevante devido ao seu gênio naturalmente forte e pragmático. E agora? Mais uma mudança nas atitudes da Rei. Não desgosto dessa sua camada no anime. Sua personalidade continua sendo firme e decidida, como se nota em como ela opina em relação ao plano e se comporta ao lado de Amy e Usagi. Achei lindo. Amy é a que inicialmente se mostra mais próxima dela e constrói mais intimidade, e ela já demonstra aquele olhar maduro em relação à Usagi. Se no anime ao vê-la tão desinteressada e preguiçosa Rei quer mata-la a cada segundo (não sem motivos, claro), aqui ela se mostra mais madura que a nossa princesa que só quer vida boa.
O Shitennou (os quatro generais da Rainha Beryl; Jadeite, Nephrite, Zoisite, e Kunzite) aparecer completo imagino que tenha sito também por questões de fanservice. Mas, das mudanças, a mais curiosa é com relação ao beijo roubado que Mamoru dá em Usagi, que dorme serena. No mangá, Usagi após valsar com Tuxedo e sentir o corpo queimar por dentro, procura água para beber e acaba tomando uma bebida alcoólica por engano, ficando bêbada e caindo no sono em seguido. É quanto Tuxedo/Mamoru lhe rouba o beijo. O diretor havia dito que haveria algumas mudanças, no sentido de que o cenário hoje é diferente do que era na década de 90. Em suma, ele quer dizer que muitas das coisas que foram permitidos à Sailor Moon numa revista para meninas de 8 a 12 anos, hoje já não são mais concebíveis. Por exemplo, uma menor de idade ficar bêbada. No entanto, para eles, uma garota ser beijada inconscientemente e alheio à sua vontade não é um problema. Digo isto apenas pelo moralismo paradoxal em decisões como estas, o que nos faz perceber o quão pouco sentido tem algumas políticas sociais.
Sim, porque a sequência é linda, com enquadramentos abertos e fechados, insinuando o aspecto palacial daquele local em alusão ao Reino numa clássica cena onde o príncipe beija a princesa adormecida – imersa dentro de si – e os ângulos mais intimistas, ressaltando seu carinho e atração. No entanto, ao contrário dos contos, Usagi não desperta, porque ela simplesmente apagou por causa da bebida, não é como se estivesse sob um feitiço da bruxa má ou estive precisando ser salva. É só um momento doce. É uma alteração que não difere muito do original, já que a lógica estrutural é a mesma, só se alterou os meios. Considero aceitável por, queiramos ou não, ser uma fantasia que também faz parte do imaginário de muitas garotas. Não quer dizer que está bem você tirar proveito de uma garota adormecida ou sair roubando beijos por ai. Acontece que a perspectiva dessa cena é pela ótica feminina, em que o príncipe predestinado recebe consentimento de lhe roubar um beijo, no qual, Usagi reage da forma mais romântica – impossível de se ver na realidade. Na ficção, constantemente o ato de acariciar e velar o sono de alguém é associado a amor. Essa cena é um fetiche romântico pela ótica feminina, mas sabemos que no mundo real, fantasias sejam sexuais ou não devem ser realizadas de comum acordo. Por isso que a ficção é tão perfeita, idealizada e inalcançável, afinal, você não pode controlar as ações do outro, apenas confiar.
É uma cena que também reflete o que se vê no Mito de Selene, a irmã da princesa Diana, deusa da Lua, que nunca havia se interessado por ninguém, fica contemplada por Endimion quando banhava-se nas águas do oceano e começava sua jornada aos céus quando a noite caia sobre a terra. Não resistindo aos seus encantos, foi se encontrar com ele, que dormia, e beijando-lhe os olhos, o infunde a um sono mágico. Todas as noites Selene descia para visitar seu amor adormecido, para beijá-lo e acariciá-lo. Do amor dela por ele, nasceram 50 filhas. Esse mito remete à essência ingênua dos encontros apaixonados repletos de fulgor e cólera, com os corações que se tocam e mudam a vida daqueles que vivem aquele momento, Como Usagi e Endymion.  

Por fim, eu gostava da ambientação antiga porque mostrava claramente a ambiguidade do que Usagi estava sentindo – o corpo queimar –, em um obvio despertar sexual, que vai de encontro à simbologia do baile de máscaras. Ou vai dizer que nunca sentiu o corpo ou certas partes dele arder em chamas ao ter um contato físico mais intimo outra pessoa que lhe atraia? Isso me faz ficar temorosa quanto ao futuro, espero que não cortem as passagens quentes do mangá, quando Usagi começa a se relacionar sexualmente e se sentir confusa. Quanto à animação e direção, trabalho pouco inventivo e animação sem qualquer frescor visual, sem angulações fluídas durante a valsa, que era o momento maior do episódio, e a consistência do character design ainda continua inconsistente em todos os momentos. Só as sequências mais estáticas conseguiram se salvar. Muito, muuito mal!

Avaliação: ★   ★ ★
______________________
Temas Relacionados:
-Sailor Moon Crystal Act. 3: Seguindo Um Caminho Diferente


***

Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_02.19_[2014.08.18_22.26.33]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_03.24_[2014.08.18_22.27.59]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_04.23_[2014.08.18_22.29.13]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_04.38_[2014.08.18_22.29.36]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_04.44_[2014.08.18_22.29.47]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_05.02_[2014.08.18_22.30.39]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_05.04_[2014.08.18_22.30.29]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_05.23_[2014.08.18_22.31.05]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_06.59_[2014.08.18_22.32.53]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_08.02_[2014.08.18_22.34.34]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_09.10_[2014.08.18_22.36.00]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_09.33_[2014.08.18_22.36.33]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_10.03_[2014.08.18_22.37.10]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_10.43_[2014.08.18_22.38.09]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_10.48_[2014.08.18_22.38.18]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_12.07_[2014.08.19_09.10.50]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_12.38_[2014.08.18_22.40.32]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_12.56_[2014.08.18_22.41.23]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_13.48_[2014.08.18_22.42.21]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_13.51_[2014.08.18_22.42.28]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_15.42_[2014.08.18_22.44.26]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_16.12_[2014.08.18_22.45.00]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_16.39_[2014.08.18_22.45.32]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_16.43_[2014.08.18_22.45.40]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_16.45_[2014.08.18_22.45.47]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_16.46_[2014.08.18_22.45.51]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_20.02_[2014.08.18_22.49.34]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_20.21_[2014.08.18_22.50.03]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_21.12_[2014.08.18_22.51.38]Sailor Moon Crystal - episode 04.mkv_snapshot_21.32_[2014.08.18_22.52.48]

Curta o Elfen Lied Brasil no Facebook e nos Siga no Twitter