Comentários: Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works #07 – The Reward for the Fight to the Death

[A Recompensa pela luta até a morte] Título que melhor reflete a conduta e ética de servo como Kojirou, mas já diria eu: a água suja polui os rios limpos e lhes matam qualquer beleza.

Bons valores de produção permearam as cenas de ação do episódio, apesar de a maioria das cenas de ação em UBW me deixar com algumas pequenas ressalvas. É tudo maquiado demais, sinto falta de cenas mais claras que não ofusquem os movimentos dos personagens, da animação 2D se movendo limpidamente, com todos os seus smears (“reflexo”/rastros). Os efeitos são bons, mas peca-se pelo excesso de maquiagem – e ufotable sabe maquiar bem, tornando diversas sequências atrativas visualmente, mas exagera em muitas cenas (obviamente, podemos ver isto como um truque para simular que algo médio é muito melhor do que realmente é). De qualquer forma, em termos de animação, este é um dos melhores episódios, para muitos o melhor [particularmente eu prefiro as lutas entre Berseker e Saber, e Lancer vs Archer/Rin; são sequências que contém movimentações claras]. O duelo entre Sasaki Kojirou [Assassin] e Saber é deslumbrante e de grande impacto visual, o modo como retratam as habilidades dele e como Saber as percebe é magnifico, com alguns cortes de beleza e fluidez narrativa com padrões cinematográficos – claro, não estou falando especificamente apenas de sakugas [cortes bem animados], mas de toda a composição do cenário. É esperado que Saber e Assassin se encontrem novamente e dessa vez, que as espadas deles brandem mais forte e sem intervalos de tempo, mas foi um primeiro encontro magnifico entre dois cavaleiros honrados e éticos. A admiração e “paixão” que Sasaki nutre pela Saber quase chega a doer, é neste aspecto é curioso perceber um padrão de repetição de eventos da guerra anterior [Fate/Zero] e a atual, mas falemos disto em outra oportunidade.

Enquanto que no embate entre Archer e Caster, um dos quais eu estava mais ansiosa para ver, sinto que o momento de maior orgasmo durou muito pouco, sem muita inventividade visual e nem foi tão prazeroso tanto quanto me lembro. Deixe-me explicar. O gostoso, tsundere e ambíguo GARcher tem umas explosões incríveis. No primeiro momento, ninguém dá nada por ele, mas de alguma forma, ele sempre consegue superar ou se postar de igual para igual diante alguém que aparentemente é superior. Há um outro momento em que isto irá se destacar em UBW, mas neste episódio é quando ele alveja Caster. O cenário descrito por Nasu é de uma energia cinética e tensão incríveis – além disso, os truques de Caster, como desaparecer do nada quando GARcher lhe dá um golpe fatal [sobrando lhe apenas as roupas vazias] enquanto ela reaparece deslumbrante planando no ar como uma mariposa [nada mais adequado; aqui chamamos mariposas de “bruxinhas”], originalmente são eventos de grande impacto. Mas bem, há todo um charme nas palavras que somente as palavras conseguem ressaltar, se tornando coisas difíceis de terem o mesmo poder de captação no visual.

 

Como notas de rodapé, destaco as alternâncias de humor da Caster, sempre divertidas, e assim como a Rider, ela também não gosta de ser subestimada [nem que a chamem de nomes depreciativos. Caster até tenta ser GAR, mas ela é tão moe – e como já deu pra notar, seu grande atributo não é exatamente combate corpo a corpo, o melhor dela é sua capacidade de manipular situações desfavoráveis a seu favor. E falando em moe, GARcher e Shirou discutindo como um casal foi certamente a parte que mais fez meu coração podre explodir de amor, no episódio. Eles pareciam dois irmãos que, ao mesmo tempo que são conflitantes, se mostram em plena sintonia. O Shirou orgulhoso cabeça dura parecia o irmão novo, enquanto Archer fazia beicinho e não aceitava que seu irmão mais novo o desobedecesse, lhe dando uns cascudos. Guardem bem isso, pois irá se tornar usual. Não é a relação entre Shirou e Rin que se destaca em UBW, mas sim Shirou e Archer. A história deste dois personagens começa neste episódio. A natureza melancólica e contraditória de Archer se mostra evidente aqui, primeiro em um flashback fragmentado do passado e segundo no seu ato de salvar e depois querer matar Shirou.

Na verdade, essa atitude dele em especifico, eu não vejo como tão contraditório assim. Archer, apesar do cinismo e comportamento niilista, tem um aspecto infantil e protetor em sua personalidade. Creio que isto não fique muito claro agora, mas no futuro se tornará obvio o porque ele salva e depois tenta matar Shirou. Enquanto isso, apenas digo que não vejo nada mais lógico: o cara salva o pirralho com complexo de Deus, um pirralho burro e irracional que encarna as piores características de protagonistas de battle shounen, e como retribuição, esse carinha o manda se foder e insiste em jogar fora a sua vida. Qualquer um se irritaria numa situação dessas; e no mais, as atitudes de Archer são bem fundamentadas. Quanto a Shirou, ele é um estupido, mas ver Archer negando tudo àquilo no qual acredita era algo que ele não poderia aceitar resolutamente. Dar às costas para Caster, para ele seria como dar razão para Archer, negando tudo aquilo ao qual acredita, no qual ele é; sua própria existência, seria como negar a Kiritsugu – como comentei neste post. Ele entende que não pode salvar todo mundo, mas Archer coloca isso de tal modo que ele jamais poderia ignorar. Shirou é um personagem mais complexo do que ainda aparenta, no entanto, isto não nos impede de odiá-lo. Por fim, faltou por parte da direção do episódio destacar a paixão instantânea de Shirou por aquelas que são as suas verdadeiras waifus em UBW: Kanshou e Bakuya.

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★

Roteirista: Akira Hiyama 

Diretor Auxiliar: Takashi Suhara 

Storyboard: Takashi Suhara 

Diretor de Animação: Shunya Kikuchi,  Miyuki Ishizuka 

Diretor: Takahiro Miura

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-Ao menos, ver a Saber lutando é uma das melhores coisas do anime, mesmo nos menores movimentos.

-GARcher é o melhor personagem, por ter quase matado Shirou e por estar sempre querendo matar essa barata!

-HUEHUEHUEHUEHUEHE confesso que ri forte.

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