[Dias de Inverno, Onde Está o Coração]
As sequências de Reality Marble (uma espécie de mundo interno, uma dimensão mágica) que aparecem em
pequenas transições que às vezes soam como sonhos lúcidos para o Shirou, se
intensificam e devem se tornar ainda mais expressivos – no episódio anterior,
há uma cena em que outro personagem aparece numa Reality Marble similar, em uma
projeção. No inicio deste episódio, uma de suas cenas mais impactantes é a de
Shirou novamente neste Reality Marble, aparentemente desnorteado em algo que
parece uma sequência de sonho, onde seu braço começa a se materializar em
diversas lâminas de espada. É uma sequência surreal e até divertida, por um
instante achei que estivesse vendo Parasyte. É uma cena bem forte e com várias
conexões a episódios anteriores [note que há uma crescente evolução em Shirou,
tal qual acontece ao protagonista de Parasyte] e que está sendo mais
substancial agora. Na verdade, me lembra de uma cena Heavens Feel.
Ufotable foi realmente perspicaz ao retratar este estado de
espirito do Shirou em algo visual, já que a visual novel as suas sensações de
algo incomodando e se transformando por dentro não passam de descrições. Mas,
perdeu muito em não ter tornado mais evidente em termos de linguagem visual a
fixação e fascínio de Shirou pelas técnicas e armas de Archer no anterior – se trata
de uma caracterização que daria muito mais densidade à esta cena inicial e a
seguinte, onde Saber chama a atenção e se sente com o orgulho ferido ao perceber
que ele está emulando o estilo de Archer. Neste aspecto, outra perda é a da
luta anterior entre os dois, no episódio 6, no dojo. Ali se percebe o quanto
ele tem dificuldade em acompanhar o ritmo de Saber, o que é natural. Já neste
episódio, o modo como ele consegue acompanhar, mesmo que minimamente, a Saber,
não é nem um pouco natural pela velocidade de aprendizado, e este é o ponto: por
que isto acontece?, por que seu corpo respondeu mais rápido ao emular a técnica
de Archer?, e por que de seu fascínio por Kanshou e Bakuya? Questões que criam
uma atmosfera enigmática que, de certa forma, correspondem a cenas discrepâncias
que vão ocorrendo.
Um exemplo que se torna impactante e significativo por já
termos uma certa compreensão é quando Shirou se volta para Rin, atônica com
aquele cenário onde vários estudantes estão estirados ao chão semiconscientes, e
lhe diz que para ele é natural, por isso não perdeu o equilíbrio na situação,
pois já está acostumado a ver corpos mortos – não sei se isso aconteceu com
mais alguém, mas senti um impacto no peito quando ele diz isso. É algo que se
conecta diretamente àquela faceta dele levantada por Mitsuzuri Ayako, no episódio4. Eu acho que, é neste episódio, ao testemunhar este ato de Shirou, que Rin
se apaixona definitivamente por ele e o admira, será algo a se observar na
postura dela a partir de agora, pode ser que eu esteja equivocada, mas sempre
pensei que a partir deste ponto algo fica um tanto diferente no modo como ela o
vê.
Outro aspecto no episódio que considero digno de nota é na
atenção desprendida por Shirou para Sakura – sempre achei bizarro enquanto lia
o original, que em algumas situações, Shirou não desprendesse maior atenção a
certa garota só por que não era sua rota, sendo que ele se preocupar por elas
[e por todos] é algo que faz parte do personagem (e aqui, incluíram essa cena dele correndo para Sakura, que não existe
na original). Rin olhando para baixo e um tanto tremula e assustada é meigo
e terno, mas que só ganha sentido em Heavens Feels, assim como algumas de suas
ações estranhas abrangida pela narrativa nos primeiros episódios e que nunca
mais se falou sobre. É uma caracterização sutil que ufotable foi feliz em
transpor para a adaptação.
Este foi um episódio que destaca mais a direção do que o
roteiro, e em termos de narrativa visual este episódio possui uma melhor
direção que o anterior, que como ressaltado acima e no próprio post anterior,
não é tão sensível. As coreografias das lutas, a perspectiva de câmera e os
efeitos revelam um storyboard mais envolvente e pulsante. Já disse que eu adoro
ver a Saber lutando? É deslumbrante a sua postura de cavaleiro, sua luta é
sempre elegante – também gosto do estilo de luta da Rider, é agressivo e me faz
lembrar personagens de jogo de luta, como Street Fight, que eu costumava jogar
com meus primos. É agressivo e tem um tom sedutor, que é bem próprio da
personagem e o espirito heroico qual representa. Parando pra pensar, apesar de gostar
do quão brutal é a sua morte neste episódio, não gosto muito do que há por trás
desta morte (a desculpa usada nunca vai
me comprar totalmente), mas este é um assunto para outro episódio, quando
isto se tornará mais claro.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
Roteirista: Kazuharu Sato
Storyboard: Takuya Nonaka
Diretor Auxiliar: Takuya Nonaka
Diretor de Animação: Takayuki Mogi
Diretor: Takahiro Miura
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-Mais um episódio de puro Rin's Show! Como ela consegue ser uma tsundere tão adorável? Tsunderismo da Rin é em um nível diferente do usual.
-Deixar isso para apreciação eterna, da série Minha Sabre Não Pode Ser Tão Moe Assim.
-Heey, o Shinjo é tão verme que não merece nem ser pisado pela Tohsaka, francamente! Vem me pisar e puxar meu cabelo RIIIIIIIIIINNNNNNNNNNNN-ops
-Destaque para a brutalidade visual da morte da Rider, no filme não chega a ser tão explicito. É craapy e de certa forma lindo! Amando apenas.
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