sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Comentários: Psycho-Pass 2 #05 – Unforbidden Games

[Jogos não proibidos] Episódio que engloba todas as características que me fizeram gostar tanto de Psycho-Pass: melancolia, personagens colocados contra a parede, confrontação, enigmas e como cada personagem age com personalidade.
Acho que Mika Shimotsuki mostrou pra todo mundo que não é tão burra, embora tenha um modo de pensamento que é distinto o de Akane e não tenha a mesma experiência que a senpai – não que isso fará a maioria dos expectadores da PP2 gostarem dela... é um tanto curioso esse comportamento que a maioria tem com personagens fictícios, quando estes se mostram antipáticos ou com uma conduta que bata de frente com algum personagem querido, será porque estamos acostumados com tropos? Não acho que seja bem assim também. Mika ainda tem contra ela o fato de ela não ser simpática nem cool, como esses vilões que se mostram acima destas emoções – do ponto de vista deles – fúteis. Makishima certamente adoraria brincar com Mika até vê-la se quebrar. Kasei olha para ela com menosprezo e ironia. A psicopata Rikako Oryou esquartejava sadicamente as pessoas, em nome da arte. No entanto, só odiamos a Mika. Bem, os outros nunca se interessaram por questões banais que afligem meros mortais, como inveja e cobiça, pelo contrário, usam tais fraquezas humanas para manipularem suas presas.  

Ao contrário de muitos, eu não acho que o roteiro esteja forçando uma personalidade nela, mesmo porque, até a season 2, o que sabíamos da Mika? A única coisa que sabíamos dela é a base que justifica parte de sua postura – a outra parte, obviamente, faz parte do próprio caráter dela. Teremos que lidar com isto, por mais que a morte da amiga tenha moldado a Mika atual, no funto, ela com certeza sempre fora orgulhosa e arrogante. Personagens não tem que ser agir do jeito que queremos, basta que sejam peças importantes na narrativa, porem características como arrogância e fraqueza tendem a serem passiveis de desaprovação – oh sim, eu me lembro bem que parte do fandom odiava Akane [alguns ainda odeiam, mas estes tendem a ter uma visão limitada da coisa toda ou se ressentem por Akane não se enquadrar no padrão fanservice, vai saber o que essa gente exatamente pensa]. E neste episódio, ficou mais claro que Mika será muito mais do que um mero ponto de contraste da Akane (ou ao menos, essa é a minha expectativa), e que sim, ela é uma boa inspetora, ainda que esteja com julgamentos equivocados por estar se deixando cegar por se sentir em um grau de inferioridade à Akane.
Trabalhar com Akane deve ser realmente difícil para alguns, principalmente ela sendo tão boa no que faz. Gosto de como o roteiro demonstra que Akane gera uma antipatia natural não apenas em Mika, mas aparentemente na maioria dos outros Inspetores – o que é natural, tendo em vista que desde o primeiro episódio da season 1 ela já entrou em choque com a visão do Sistema e principalmente na forma como Ginoza conduzia as ações. A nossa bebê apanhou muito para conseguir ser respeitada, de certo modo, mas isto não quer dizer que tenha sido aceita por todos eles. O Sibila não caiu, logo, mesmo diante de tudo o que aconteceu e do provável aumento de instabilidade emocional (que faz com que o destaque nas medicações de limpeza de Coeficiente tenha sido uma boa sacada), a mentalidade da sociedade continua igual, obviamente, já que essa sociedade é tudo o que eles conhecem e, seria bizarro se de uma hora para outra começassem a pensar diferente.

Para qualquer um de nós é difícil mensurar como é viver ali e ter somente aquela realidade como chão para se pisar – em uma entrevista, o diretor Naoyoshi Shiotani fala que por estarmos de fora, achamos que não nos acostumaríamos ou adaptaríamos com esse estilo de vida, mas se você vivesse ali, certamente se acostumaria; afinal parte do que somos é moldado pelo ambiente à nossa volta. Se até os índios não são mais, no geral, da forma que estudamos na escola... Mas claro que toda regra possui exceções diversas; Makishima e Akane, por exemplo, refletem os pensamentos daqueles que pensa diferente, mas que não possuem a força ou os meios para mudar o sistema. Ginoza mesmo, só conseguiu ter a dimensão da perspectiva defendida por Akane ao passar para o outro lado e confessa: o outro Ginoza agiria bem diferente.
Akane gerou antipatia inclusive nos justiceiros com que trabalhava e tratava com tanto respeito, mas acabou conquistando sua confiança com o tempo. O modo como Yayoi trata Mika é tanto de carinho como também de alguém mais velho e experiente que entende os conflitos pelo qual a pessoa mais nova e sem a mesma carga de vida está sentindo. Ao ir afagar a cabeça de Mika, é uma ação que demonstra tanto que ela a vê de modo um tanto infantil como também para que Mika não se sinta constrangida por estar chorando, ficando às costas delas, apoiando-a e a forma como isto se dá evidência Mika como uma criança ainda (ela deve ter quantos anos? Uns 19?). Yayoi poderia ser dura com ela, mas entende que seria inútil optar pelo conflito, para que Mika cresça ela precisa trilhar o próprio caminho. Essa conversa de Mika com Yayoi é parte de uma camada que confere um aspecto muito humano para Mika. É interessante fazermos um paralelo com a Sayaka de Madoka Magica. Por que Sayaka despertava tanta antipatia e era chamada constantemente de inútil? Logo ela, a personagem mais humanizada da série, era também a mais odiada, de modo geral. Mas é muito natural que estes sentimentos despertem nos espectadores reações de defesa e repudio, pois entretenimento lida com emoções e subjetividades, a arte nada mais é que o interno primitivo humano exposto poeticamente. Encaremos os fatos, não gostamos de ver nossas maiores fraquezas refletidas e da mesma forma que antipatizamos com pessoas que possuem a postura de Mika aqui fora, também sentimos antipatia com tais representações no campo ficcional. Por que haveria de ser diferente? A pessoa que tende para um lado racional, certamente consegue desvencilhar mais facilmente deste tipo de julgamento, mas essa pessoa não está imune a tais reações incoerentes.

No entanto, vejam só, a Mika sente orgulho, inveja, se sente inferiorizada, é mais sincera do que gostaríamos e tem pensamentos pouco apreciados em voz alta, tipo querer ver a colega se ferrar para que aprenda uma lição – tudo pela nossa perspectiva, que julgamos como sendo, na maioria das vezes, a correta. Estamos constantemente julgando o outro e não há como fugir disto [dica: Nekomonogatari Black: Família Tsubasa], no máximo, se controlar. Mas, é curioso, tudo o que a Mika diz ou sente, é algo que também já sentimentos em alguns momentos, embora tratemos de reprimir ou de não dizer em volta alta para não criar um mal estar desnecessário.
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Esse foi um episódio maravilhosamente fracionado, e belo do ponto de vista de narrativa, com 2 ou 3 subtramas se desenrolando ao fundo enquanto a narrativa se focava na perspectiva de diversos personagens, criando uma teia intricada de eventos que, sabemos que se relacionam entre si, mas não entendemos exatamente a dimensão de cada ponto nem onde ao certo nos levará. Essa temporada tem um mistério mais denso que na temporada anterior, e se por um lado não temos as divagações e discussões filosóficas, por outro temos um enredo interessante que está sabendo explorar as características daquela sociedade; então mesmo que a linha de pensamento final seja similar a da primeira, o processo em si é estruturado com personalidade própria – não que esteja mais burro por não termos mais longas linhas de diálogo analisando e questionando a natureza humaa, mas a proposta de narrativa que é diferente (até mesmo pelo numero limitado de episódios). Portanto, é muito bacana ver a ação linearmente, sem fragmentações episódicas. A diferença é notável (como na segunda parte da primeira temporada de PP, que ganhou um ritmo mais dinâmico com uma trama linear ao invés de casos episódicos), onde o jogo proposto por Kamui possui uma integração orgânica em que cada passo dado por ele e cada personagem usado como cobaia é importantíssimo e revela uma mentalidade astuta por trás – que ao contrário de Makishima, não busca despertar o senso crítico de ninguém, mas ir direto ao coração do Sibila – que não parece estar preocupado.

Como disse, as diversas perspectivas da linha de ação e como cada personagem pensa distintamente é outro ponto agradável do episódio, mostrando o impacto que as ações tiveram sobre todos os personagens e como cada um reage, e eu realmente gosto deste panorama e fico feliz que tenha se mantido na segunda temporada. Em termos de caracterização, essa temporada está se focando sabiamente na confrontação de Akane e em menor grau também em um confronto de Mika em relação à visão de Akane, e sobre isso:

-Estou vibrando que Mika tenha ganhado uma trama importante que não se resuma simplesmente à sombra de Akane, seguindo uma importante pista sobre as intenções dúbias de Kougane e seu estranho interesse por Akane (que já estava mais do que aparente). É certo que são duas pistas distintas pela qual Akane e Mika estão seguindo, mas ambas devem levar ao mesmo ponto. E talvez Mika chegue a uma resposta antes mesmo de Akane, mas será que conseguirá viver para contar? Particularmente, gostaria de ver Mika salvando Akane em algum momento, acho difícil que esta tenha se dado conta da natureza dúbia de Tougane, que de tanto insistir acabou ficando muito próximo a ela e deixando Ginoza em segundo plano em termos de parceria, sabiamente.

-O crescimento da Akane se deu na primeira temporada, dessa vez o crescimento se dá em sua parceira (isto não quer dizer que ela vá aceitar a ideologia de Akene algum dia. Cada pessoa possui suas próprias demandas). Agora, o desafio de Akane é completamente distinto, e por isto a sua segurança e o fato de estar em um nível acima de Mika. Akane não tem o que aprender, mas certamente está encarando uma prova que testa todo seu conhecimento adquirido e que definirá sua queda ou a conquista de mais um degrau. São diversas nuances que tornam a experiência enriquecedora e aprazível, como o fato de Akane demonstrar um senso de investigação que só pode ter aprendido com a convivência entre detetives de estilo clássico como Masaoka e Kougami – essa coisa de conferir com os próprios olhos, de privilegiar o instinto, coisas que um inspetor comum abomina, mas que possui suas vantagens. Isso certamente ela aprendeu com Kougami (veja como isto se alinha tão bem com o extra do último episódio de Psycho-Pass Extended, em que Akane e Yayoi conversam sobre dados contidos na internet e como eles não são confiáveis por estarem na jurisdição do Sibila, e Akane tem uma epifania, ao entender o motivo de Kougami preferir fazer anotações manuais em caderninhos. Touché. Ou seja, dados do sistema podem ser muito imprecisos para se confiar cegamente. Isso desponta em outra discussão clássica da temática cyberpunk: a tecnologia nunca conseguirá substituir plenamente o homem, sendo que ela deve servi-lo e não ao contrário, com  inversão desta sentença trazendo à tona cenários futurísticos degradados e que contrasta com a natureza do homem).

Yeah, não se deve confundir estilos de narrativa com deficiência narrativa. O roteiro até aqui tem se saído bem, principalmente no que diz respeito a certas nuances. Não ter mencionado o nome do Makishima e os ocorridos anteriormente foi uma aposta que certamente impacientou muitos, mas que demonstra a segurança de saber o momento certo de jogar um diálogo que poderia soar gratuito e infrutífero, no entanto, agora é um olhar no passado que caiu com espontaneidade em um momento critico em que buscam por respostas e paralelos. Kamui é diferente de Makishima, é difícil até pra traçar um paralelo entre eles. Ele não é assintomático.  E ao contrario de Makishima que possui um coeficiente baíssimo, o de Kamui sequer existe, e por isso, não pode ser detectado pelos scanners, fazendo com que todos duvidassem do julgamento de Akane. É obvio que todos teriam dúvidas da sua existência, que ao contrário de Makishima, é uma existência fantasma, sem rastros (lembremos que Kougami já tinha suficientes pistas sobre Makishima). Por outro lado, é natural que alguém como o Ginoza, que tem carinho especial pela Akane, se preocupe com seu psicológico, mesmo que ela tenha um quadro similar ao de Makishima, com pouca alteração de coeficiente. Oras, nós temos a segurança de saber que Akane é protagonista, ela não vai cair e que sua segurança está resguardada para o futuro, mas Ginoza convive com ela lado a lado e tudo o que ele sabe é unilateral. Ademais, a Akane não é bem assintomática, como Makishima, mas o nível baixo do seu coeficiente durante situações traumáticas é anormal para os padrões. 

***
A verdadeira face de Tougane revelada não surpreende, mas assusta. Diante de todas as evidências, Tougane volta a ter amplas possibilidades, de tanto ser um agente infiltrado do Sibila quanto do Kamui. Com quem Kasei falava? Com outros cérebros criminosos? Hm... parecia uma conversa intimista com alguém que possui expectativas em relação à Akane; seria com Makishima? Pensei nisto, mas Makishima levou, aparentemente, um tiro na cabeça. As únicas certezas são que Kasei conhece mais sobre Kamui do que diz e que alguém possui expectativas/curiosidade sobre Akane, e este alguém poderia muito bem ser Tougane, um agente do Sibila, quanto também os outros celeeeeeebrossss. Como já era de se esperar, Sibila está dando ampla liberdade a Akane para tê-la sobre controle, e por este lado, ter Tougane como infiltrado se alinharia a esta linha de pensamento. Por outro lado, Tougane parece estar estudando a estrutura corporal de Akane, o que lhe dá mais possibilidade de estar a serviço de Kamui, que está estudando o sistema – e claro, Akane é uma peça curiosa, conseguindo manter seu coeficiente controlado e ter uma ideologia que se destaca entre os demais... Além de um cargo de confiança, sendo entre todos, a que possui mais intimidade com Kasei. Sim, Akane é um alvo valioso, caso queiram substituí-la por um “clone”. Agora, com a revelação de que existe mesmo a possibilidade de tomar a identidade do outro, todo mundo se torna suspeito. Que enredo mais gostoso de seguir, não é mesmo? Eu não quero nem pensar que a Yayoi já não seja mais a Yayoi... CRY! Ah, esse episódio teve muitos diretores, o que indica que havia tantas coisas que apenas um diretor de episódio [que, a rigor, auxilia o diretor geral] ou de animação não poderia lidar. Ou seja, as coisas ficaram frenéticas e corridas na produção, e muita gente numa mesma função nunca é bom sinal. Enfim, claro que a produção tá frenética, ou então o Production I.G. não teria delegado a produção principal de série original no qual também detém os direitos para outro estúdio.

reação ao episódio:

Avaliação:★ ★ ★ ★ ★
Roteiro: Jun Kumagai 
Direção Auxiliar: Keisuke Kojima, Yuuzou Satou, Kiyotaka Suzuki, Naoyoshi Shiotani
Storyboard: Satomi Kurose
Direção de animação: Tatsurou Kawano, Manabu Nakatake, Shigeki Kuhara, Jiemon Futsuzawa 
Composição de Roteiro e argumento: Tow Ubukata
Direção: Naoyoshi Shiotani
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-Mika só mostra seu lado fragilizado para Yayoi, como não shippar? E acho que os tipos instáveis como Mika faz mais o estilo da Yayoi, talvez... só talvez... hummm... rs. Bom, as pessoas possuem muitos lados, não é mesmo? Alguns a gente só mostra para determinadas pessoas, que consideramos especiais.
-Minha convivência com Mika seria horrível, eu odiaria conviver com alguém de personalidade tão detestável e irritante, a não ser que fossemos amigas e comigo ela agisse diferente... Caso contrário, seria choques diários porque meu sangue é quente e eu entro pra briga mermo! É tiro porrada e bomba, SIM, caralho! Mas como não tenho que conviver com ela, confesso que tenho uma relação de ódio e satisfação com a personagem. Satisfação porque me divirto com essa postura dela e ódio porque odeio a forma como ela trata minha Akane!!!!!!!!!!!!!
-E algumas cenas mostradas na OP continuam a aparecer, dessa vez a do diabólico Tougane com o corpo refletido pela luminosidade, revelando pela frente um fisionomia tomada pela escuridão. Oh, sim, continuam a nos estimular visualmente com composições que insinuam o lado sombrio de Tougane.
-Corpos de bonecos pendurados, OH MEU DEUS! Isso é tão comum em cyberpunk que, claro, não poderia deixar de aparecer aqui também! LOLLOLLOL
-Como Shisei pode ter mudado tão drasticamente de personalidade? Trocada ela não foi, então, o que? Shisei não consegue saber o que sente ao certo sobre a morte da Aoyanagi, mas se sente um pouco triste. Soa como se a capacidade de sentir emocionalmente muito forte tivesse sido deletada, com ela apenas tendo vagas sensações, parecido com o que ocorre com as pessoas de Jouka no Monshou. De certo, isso tem haver com o tratamento aplicado pelo Kamui. Livres de uma emoção que acorrenta e fazem com que façamos julgamentos equivocados, as pessoas são capazes de analisar todas as situação de um modo mais racional, o que faz com que elas pareçam menos humanas... engraçado o Saiga dizer isso para Akane. Foi uma pitada sarcástica do roteiro ou mais uma pista em relação ao que está por vir? Seja como for, as coisas vão ficar caóticas com este joguinho e a falta de segurança de saber quem é quem de verdade.


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