domingo, 21 de dezembro de 2014

12 Dias de Anime – #01: E eis que surge Fate UBW trazendo uma nova era


12 dias de animes é uma iniciativa do The Cart Driver, até onde eu sei, embora vários modelos desta postagem povoando o blogging americano neste período do ano. Consiste-se em listar 12 momentos marcantes OU NÃO que representam cada mês do ano relacionado a anime, que acabou se tornando algo que vale a pena ser relembrado, seja por qualquer motivo, no ano em questão. Sim, é basicamente uma retrospectiva pessoal. O legal deste padrão de postagem é que se trata de um modelo bem aberto e adaptável à necessidade de cada um. Portanto, meus 12 dias de animes começa agora e termina dia 1º. Não sei se vai sair algo de interessante daqui, porque até o presente momento que estou escrevendo esta introdução, nem sequer fiz uma lista prévia e tenho a ligeira impressão que 2014 foi meu pior ano relacionado a anime; não li muitos mangás, muito menos light novels ou visual novels ou doramas, nem muitos filmes japoneses e tampouco consegui maratonar animes antigos (e ainda por cima atrasei nos atuais). Bora lá então ver o que sai disto, buscarei ser o mais sincera possível, ilustrando 12 acontecimentos que dão forma ao meu 2014.
O ELBR não tem compromisso algum com notícias, mas às vezes a gente gosta postar alguma que nos chama a atenção. No meu caso, geralmente é apenas para surtar. Botar o ovo. Porque mesmo que os anos tenham tirado um pouco do meu espirito leve devido a diversos aborrecimentos da vida, ainda existe uma fangirl morando no meu peito querendo gritar a todo pulmão. Quando soube, ainda em 2013 que a visual novel Fate/Stay Night estaria recebendo um novo anime em 2013, não pude me conter, principalmente pelas expectativas da possibilidade da rota mais aguardada pelo fandom, Heaven’s Feel, estar ganhando um anime, e surgiu num momento em que eu buscava me aprofundar mais no Nasuverso, para conhecer outras séries que não fosse do Fateverso ou Kara no Kyoukai. Via Fate/Zero como uma abertura para Heaven’s Feel – apesar de nenhuma prova concreta, sempre acreditei que seria isso porque mesmo se tratando de uma prequel (uma obra surgida de outra, contando seus acontecimentos passados), funciona como uma boa introdução ao Fateverso (alguns fãs mais xiitas dizem que é essencial começar da série original, pois com Zero você irá receber vários spoilers futuros, mas isto é inevitável, seja por qual for que você comece, irá tomar conhecimento do que acontece na outra obra. A verdade é que tanto faz se irá seguir a ordem cronológica de lançamentos ou acontecimentos, a experiência não é afetada, então meu conselho é: não dê ouvidos a ninguém, comece por onde você quiser).

O inicio de 2014 se deu com muitas especulações a respeito de qual rota seria, e apesar de minhas expectativas irem por terra com o anuncio de Unlimited Blade Wors, Fate/Zero realmente se mostrou como uma introdução para a nova série que desta vez veio com a promessa de ser uma adaptação que apagasse de vez a péssima impressão pela produção do Studio Deen. É verdade que eu não esperava por UBW, de fato eu fui bastante surpreendida com a notícia, mas não fiquei nem um pouco triste, pelo contrário, feliz. UBW conta uma boa história com momentos grandiosos, e na minha cabeça, por ser uma narrativa de rivalização e embates intensos, proporcionaria momentos sensacionais em animação [me refiro particularmente à segunda metade da história]. Não é por acaso que muitos fãs consideram esta rota como a mais “battle shounen” entre as demais.

Além de tudo, apesar de Heaven’s Feel ser a história que dá origem à Fate/Zero, também há excelente ponte entre UBW e Zero, no que diz respeito à história do Shirou que se conecta com a de Kiritsugu e a própria temática em si torna a série sequencialmente como uma continuação exemplar para o que vemos no epilogo de Zero, e a luta interna de Kiritsugu que se torna a herança de Shirou; que essencialmente é o maior conflito de UBW. Das rotas de FSN, a Fate é que menos se justa sequencialmente à Zero, e não acrescenta nada de louvável ao caráter de Shirou (mesmo que de modo geral, se complemente bem com toda a saga em relação ao crescimento do personagem, e claro, a história da Saber está contida ali). Deste modo, o complemento entre Zero, UBW, e HF dará uma visão quase perfeita sobre FSN como série animada, com exceção de talvez a história da Saber.

Fiquei ainda mais satisfeita em ver que UBW como adaptação está se saindo regularmente bem nas mãos do estúdio Ufotable e com a bem-vinda releitura de muitos elementos da história. O seu inicio não me soa muito empolgante – foi escrito pensado para outra mídia, de modo que muitas coisas funcionam melhor lá do que como animação. Pessoalmente, creio que por ser uma light novel, que por si só possui um modelo de narrativa que é bem melhor adaptável, o inicio de Fate/Zero se sai melhor. Ainda assim, houveram ótimos momentos, e UBW como um todo segue equilibrado. Mesmo que o ritmo seja lento, ele é o adequado para contar esta história, afinal, nenhum clímax se constrói sozinho ou surge do vácuo, ele é resultado de uma construção gradativa. Há muitas coisas nas entrelinhas que parecem ser nada, mas depois de obter a visão completa da história, você irá voltar e sentir-se satisfeito ao analisar a história e perceber que tudo é tão bem amarrado e construído – isto incluo as ações dos personagens. É por isso que as vezes me pergunto: o anime de UBW estará sendo uma melhor experiência para quem já conhece a história ou para aqueles que estão entrando em contato agora? Sinceramente não sei responder.

Yeah, UBW anime foi uma experiência agradável, principalmente pra mim, que por já conhecer a história, posso degustar e absorver satisfatoriamente diversos detalhes. Da sua espera à realização, se destaca entre os meus momentos relacionados a animes em 2014.