Dragon Ball, de Akira Toriyama, é um clássico inquestionável. Uma das grandes obras shounens, estandarte da Shounen Jump e goza de uma enorme influencia nos meus culturais e também sociais, afinal, quem não conhece Goku e companhia? Mesmo quem nunca parou para assistir ou não se importa tanto, como eu, conhece a série e os personagens. É o tipo de obra que faz morada no subconsciente e que você consome indiretamente, vez por outra, através da mídia ou conhecidos.
Dito isso, o site japa Mixi News divulgou pesquisa em que 84% dos estudantes universitários nunca leram Dragon Ball – note bem que é referente a nunca ter lido, não que nunca ouviram falar da série. O que é absolutamente natural, afinal, é um mangá que terminou há 20 anos. O mundo é feito assim. Obras atuais em publicação sempre terão uma preferência de atenção imediata na maior parte da audiência do publico mainstream, principalmente levando em consideração a cultura de magazines de mangás japas, onde cada revista custa muito barato e são feitas com um papel mais descartável, motivo pelo qual muitas pessoas leem e abandonam essas revistas pelos metrôs, bancos e demais lugares onde passam. Os clássicos e as obras antigas de sucesso se mantêm vivas com o culto e a visita tardia de novos desbravadores, mas penso que no caso de um mangá shounen de 42 volumes, fica complicado de alguém sentar e pegar pra ler todos os encadernados, ainda mais com a vida multifocal e veloz em que vivemos.
Ao contrário do anime, que foi ao ar nas manhãs de finais de semana japoneses em horário vespertino e de fácil acesso. Mesmo o atual Dragon Ball Super, muito criticado, é transmitido em horário comercial vespertino, para o grande publico, e mantém uma audiência boa, ainda que não tão alta como outrora. O que faz a diferença são os meios e a facilidade de acesso.
Foram entrevistados 403 estudantes, e embora possam ter acesso ao mangá através da biblioteca de suas escolas, muitos justificaram que o mangá parecia datado e o anime era o suficiente. Sou bastante parcial em relação a pesquisas assim, feitas com base em uma pequena amostragem, desconsiderando diversas camadas sociais, demográficos e uma quantidade de amostragem mais adequada. Mas neste caso, acho que nem se precisaria de pesquisas para se chegar a conclusão que a maioria dos jovens não leram Dragon Ball.
Via ANN
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