segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Comentários: Mirai Nikki #07 & Fate/Zero #08



 É oficial que adaptações nunca conseguirão emular tudo o que há de melhor em uma adaptação, isso falando em uma âmbito geral, pois há sim, em menor parte, adaptações que tornam suas versões originais bem inferiores. K-on! é um exemplo disso, apesar das críticas que a série sofre, ela é bem produzida e dentro de sua proposta, se sai muito bem. Mas falando em Mirai Nikki, eu curti bastante esse episódio, me fez lembrar o porquê eu gosto tanto dessa série (não tanto assim do anime, como sabem). A premissa dele é completamente desproposital, e é ai onde mora toda a graça. Sakae Esuno criou essa história propositalmente “viajada” e sem qualquer apego com a verossimilhança. Ele não se leva a sério nessa história e nem você deve levar Mirai Nikki tão a sério assim. Esse é aquele momento onde todos são testados em nossa suspenção de descrença.

Esse episódio em particular, conseguiu emanar isso bem e no geral, Mirai Nikki tem sido bem fiel à história, o problema mesmo é na produção. Podem reparar em como a série usa bem sua paleta de cores, com cores fortes e extremamente coloridas, dando aquele feeling de “desenho animado” e afugentando qualquer visão de ser algo sério. Como por exemplo, uma paleta de cores mais verossímil a ambientação real. Ver uma criança fazendo tudo àquilo que o Reisuke faz é completamente surreal. Pra quem está sentindo como se o anime estivesse se repetindo demais nas mesmas situações, os melhores arcos ainda estão por vir. O episódio não chegou nem perto de ser FABULOUS MAX, mas foi razoavelmente bom.

Aliás, o Yuki se mostrou bem mais esperto que o normal nesse episódio, ein!? 











Fate Zero: Episodio #08

E estamos chegando à reta final da primeira parte de Fate/Zero (pra quem está pro fora, o anime será dividido em duas temporadas). Eu não vi muitas pessoas empolgadas como no episódio anterior, mas particularmente achei que este também não deixou nada a dever. Tivemos aqui o desfecho de uma trama iniciada no episódio anterior que conseguiu satisfazer plenamente. Ah bem da verdade, consumi o episodio como se estivesse degustando um delicioso pudim. Que Fate/Zero já é um dos melhores animes do ano e o melhor da temporada, tecnicamente não há o que discutir, ainda que isso não signifique que a série seja unanimidade. Mas eu vou um pouco mais além. Particularmente, é um dos melhores dos últimos anos e digo isso, por que ser apaixonada por séries épicas, com toques de magia com aquele feeling de drama e horror. A trilha sonora também dá o clima pra algo epicamente intelectual.


Mas bem, deixando meus delírios fangirl de lado, falando do episódio em si, o confronto entre Saber/Lancer VS Caster não foi tão empolgante como poderia ter sido e nem havia muito que se explorar, verdade seja dita. Não fosse a limitação dos poderes da Saber pela conveniência do roteiro, ela sozinha e em fração de segundos, acabaria com o Caster. Imagine então, dois servos com o potencial de Saber a Lancer, realmente não há muito que se explorar sem perder a consistência de verossimilhança que a trama propõe. Contudo, ainda que não tenha sido um confronto daqueles que faz o otaquinho levantar da cadeira e começar a surtar enlouquecidamente, foi ótimo.


Por outro lado, Kiritsugu VS El Melloi, e Iris, Maiya VS Kirei, foi de uma intensidade que quase saiu uma lágrima aqui no cantinho dos olhos. O tempo passa muito rápido, RÁPIDO DEMAIS. Oh wait, é apenas eu que fico completamente imersa na trama e sou incapaz de perceber o tempo passando. Kiritsugu se mostrou mais uma vez um jogador nato, tirando a vantagem de El Melloi com sua pistola Thompson Contender. Aliás, as armas são um espetáculo a parte em Fate/Zero, fora todo o detalhismo em cada cena que é fantástica. O confronto entre os seres humanos da trama mostrou que mesmo limitados, conseguem nos dar algo muito mais visceral do que as lutas entre os servos, justamente pelo fator invulnerabilidade, onde o jogador mais inteligente sempre sai na vantagem. Como foi o caso do mago assassino, Kiritsugu, que elaborou uma estratégia simples a principio, mas que por exatamente ser simples demais, se tornou eficiente contra El Melloi, que não esperava por aquilo - Como bem explicado no flasback, onde também acaba sendo revelado as duas origens dele por sua mentora, Natalia Kaminski. Já Kirei Kotomine, na figura do personagem desprezível, conseguiu mostrar nesse episódio todo o potencial que tem e o motivo de todos aqueles que já conhecem a franquia Fate, temer pelas atitudes do mesmo. Adorei a forma como ele bateu em Maiya, foi de igual para igual, sem ele ver nela a figura de uma frágil mulher e não houve uma amaciada por parte da Ufotable, o que me faz esperar com muita alegria no coração, pela versão BD, sem censura.


Se pegarmos Mirai Nikki como exemplo, podemos ver um contraste interessante entre as duas séries, onde uma pouco se importa em ser realista, se dando ao direito de conter fatos que não fazem o menor sentido. E é assim que tem que ser, já que á proposta da série. Em Fate/Zero, vemos uma preocupação em emular bem a realidade, mesmo se tratando de uma série onde a característica maior é a fantasia. Os cenários, a trilha sonora, os personagens e suas motivações, o uso de cores e iluminação, tudo traz consigo um feeling de série que tenta (e consegue) ser madura. Um dos melhores episódios, que conseguiu contrabalancear a ação e emoção, alternando muito bem todos os conflitos. Para quem se interessa o Light Novel Project está traduzindo a novel para o português e o blog VisualNovel Brasil fez uma review interessante sobre o novo jogo da franquia; Fate/Extra.