terça-feira, 5 de novembro de 2013

[+18] Oh, My Sweet Alien! (2009) – Minha Esposa é Uma Alienígena!

Um sitcom sobre a vida de casados de um homem humano e uma alienígena? WOW! Okay, não a muito de ineditismo nisto. A aparentemente originalidade está no fato de que ela é uma monster girl. 


Esse é o plot do curto Oh, My Sweet Alien! (Yome ga Kore na Monde.) que se desenvolve em torno de um casal nada convencional. Ele foi abduzido, se apaixonou loucamente pela alien e eles se casaram. As histórias são situações da vida diária de casado dos dois e na identidade secreta da esposa. É um mangá dividido em pequenos esquetes cotidianos com desdobramentos bem humorados.

Quando vi a capa de Oh, My Sweet Alien!, eu estava esperando encontrar um monster girl daqueles que a história gira primariamente em torno do ecchi. Situações eróticas. Mas embora contenha algumas esparsas abordagens picantes, a abordagem em si é na relação do casal, no fato dela ser uma alienígena e os conflitos que isto gera com sua permanência na terra. Claro, tudo isso é trabalhado superficialmente, mas com um ótimo domínio de tempo, tornando a história envolvente e divertida.

Por exemplo, quando numa reunião da empresa, ela começa a beber demais e o marido pede para que pare, pois é fraca com bebidas. Em um relacionado humanamente normal, o motivo de sua preocupação não seria outra senão o temor da esposa começar a dar vexame, tirar a roupa, falar demais. Aqui, é porque ela começa a perder o domínio e revelar sua identidade secreta. Há uma parte em que ela começa a se despir, ele fica desesperado, mas a pele dela é só uma capa humana, a real preocupação dele é com o que vem depois, com ela abrindo o zíper dessa “capa” e revelando seu corpo de monstro. É nesse timing de humor, uma inversão de padrões usando a mecânica usual, que o autor se sobressai.



É, eu sei! ASDLKDJFGKJHSFGKL

Logo no começo, depois deles visitarem os pais dela, que são uns monstrengos, ela fica gravida. Okay, beleza! Quão perplexa fiquei então quando vi um enorme ovo bem na sala deles!! Pensei comigo, “poxa, ela botou esse ovão?”. E de repente, o ovo se rompe é quem é que surge lá de dentro? Ela com o bebê na mão. Fiquei chocada, claro! HEHUEUHEUHE OMG.

Não dá pra negar que há certa originalidade no conceito de monster girls que parece estar vivendo o seu boom atualmente – originalidade para criar fanservice e fetichismo é algo que japas dominam com soberania. E eu acho muito legal o fato dela ser realmente um monstro. Um monstro fofo, mas ainda um monstro. Alienígenas na ficção geralmente só são feios quando são inseridos em tramas em que eles precisam criar pavor, serem criaturas temíveis. Em outras oportunidades, eles... ou melhor dizendo, elas, são criaturas lindas, ainda que possam se transformar em coisas horrendas. Já aqui, o herói se apaixona pelo que ela é realmente. E Miyata Kouji deixa sua heroína muito a vontade, como dentro de casa, com a capa humana sendo para ela algo desconfortável que usa apenas como conveniência para manter sua identidade em segredo quando sai na rua.

Lembra um pouco as comédias românticas dos anos 80/90, que essencialmente são mais ingênuas, um fetiche mais soft. Aqui por exemplo, está em como as mulheres podem ser alienígenas fascinantes pela perspectiva masculina (já é um velho clichê dizer que mulheres são complicadas de se entender que nem nós mesmas nos entendemos e muitos homens ainda carregam essa imagem da figura femina. Por isso o “alienígena” é um termo aplicável ainda). Do fato dela ser uma ótima dona de casa, que acha divertido desempenhar essa função. Ouch, e ela ainda é tão sweet! Acho que este é o ponto. Há! Huehueheue. Mas ela é realmente um amor.

O aspecto mais interessante, a meu ver, é a história não ser apenas no mundo adulto, mas os personagens se comportarem como tal, ainda que estereotipado. É uma história curtinha, leve e descontraída. Eu diria que inofensiva.

Pra completar, a arte de Miyata Kouji soa bastante oldschool. É uma arte muito linda, repleta de curvas e redondinha. Ele possui um traçado com muita elasticidade, os olhos expressivos, suas mulheres são bem dotadas fisicamente – tão corpudas que parece ter saído do lápis de um artista americano – e mostrou um domínio incrível no uso sequência de quadros e de sombreamento. É o tipo de mangá que eu não me arrependeria de ter lido nem mesmo se a história fosse ruim, porque a arte é maravilhosa, mas infelizmente também traz uma história divertida.
Pra fechar. Este é o quadro mais fofo do capítulo mais sweet <3


Nota: 07/10
Autor: Kouji Miyata
Serialização: Fellows! (Enterbrain) 
Demografia: Seinen

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