Hitsugi no Chaika, Black Bullet, No Game No Life, Mahou Shoujo Taisen. Essas foram algumas das estreias recentes, comentadas aqui.
Se liga nos últimos posts de primeiras impressões:
-Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 5]
-Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 4]
-Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 3]
-Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 2]
-Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 1]
-Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 5]
-Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 4]
-Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 3]
-Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 2]
-Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 1]
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Mahou
Shoujo Taisen (Magica Wars) – Gainax
Nessa história, cada uma das 47 prefeituras do Japão é
representada por uma garota mágica, que disputarão entre si em uma espécie de
torneio. A premissa tem potencial, bastante, uma pena que o formato seja
limitador. São 4 minutos, incluindo opening e ending. É muito pouco para contar
uma história realmente grande, mas o anime faz parte de uma franquia multimídia
de jogos e aplicativos, ele tá ai mais pra marketing mesmo. Os projetos de designs
de personagens foram selecionados através de um concurso realizado no imageboard
Pixiv e cada uma das seiyuus que darão voz às garotas magicas são do lugar que
representam. A animação é baixa e o visual é bonito. Os desenhos de storybord do diretor Ayano
Ohnoki fazem uma loucura visual divertida e repleto de deformações no design de
personagens. Talvez seja melhor se maratonando, já que a história aparenta ser contínua
e não em esquetes.
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No Game No Life – Madhouse
A alardeada adaptação da light novel do brasileiro Yuu
Kamiya (saiba mais aqui), estreia
com expectativas e pelo menos aqui, correspondeu positivamente. No Game No Life
não tem segredo, é a velha fantasia escapista otaku de se refugiar na fantasia glamorosa
do universo 2D para fugir da realidade nada atraente, só que dessa vez um pouco
mais literal e flertando com outra poderosa esfera otaku (vamos lembrar que no Japão, otaku é sinônimo de fã hiper dedicado ao
hobbie): os games. Diferente da primeira fase de SAO, No Game No Life não
tem a menor pretensão de tornar o universo de sonhos em um lugar maldito, mas
sim num mundo colorido, divertido, em que os maiores conflitos são resolvidos
jogando. Ou seja, se divertindo. Esperem muitos tropos otakistas, como o
subtexto sexual entre um irmão mais velho e a irmã caçula pré-pubere, com
alguns cortes levemente apimentados.
Com direção da competente e bonitinha Atsuko Ishizuka (Aoi Bungaku Series, Sakurasou no Pet na
Kanojo) e composição de roteiro do irregular Jukki Hanada (Chuunibyou 1 e 2, Steins;Gate), foi
uma ótima estreia. Soube ser movimentado, dinâmico e apresentar o universo e
sua estrutura básica, sem perder a solidez. A dupla de protagonista se
interligou muito bem a este universo, até aqui, o que muitas vezes acaba sendo
um problema em primeiros episódios rápidos, onde nem direção nem roteiro
conseguem tornar as ações de seus personagens criveis – claro que ha de se
levar em conta que a estrutura de No Game No Life é simples como a maioria das
light novels e a motivação de seus personagens facilmente relacionáveis. A
animação como um todo [incluindo character design, fotografia, fluidez de
animação] é bonita, apesar de parecer ter saído dos filtros de usuários de Tumblr
que exageram na saturação para dar uma atmosfera cool. Isso faz com que em alguns momentos do anime as
cores de tonalidades mais fortes e semelhantes se anulem entre si, ao invés de gerar um
contraste visual atraente.
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Black
Bullet – Kinema Citrus/ ORANGE ANIMATION STUDIO
Mais uma vez, a humanidade nas mãos de estudantes emocionalmente
instáveis. Esse episódio teve uma composição ruim, a despeito de belos momentos
de ação bem fluida. Uma mistura de roteiro expositivos, diálogos preguiçosos e
idiotas (como o de Enju com a vitima,
que de repente se deu conta de que tinha morrido “oh, é verdade, eu morri”
puff) e uma combinação de atmosferas que não se integraram bem como um todo.
Ora se tem uma atmosfera grave em um mundo a beira do colapso, ora uma relação
cotidiana estranhamente mal definida entre a pré-pubre Enju Aihara (Rina Hidaka) e Kagetane Hiruko (Rikiya Koyama), em meio a informações despejadas de um modo anticlimático. Soa
como um recorte mal feito onde as partes não se integram suavemente. Sentimentos mistos aqui. Boa sorte aos marinheiros que permanecerem neste barco.
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Hitsugi no
Chaika (Chaika - The Coffin Princess) – BONES
O começo deste anime parece ter saído de algum conto de
Lovecraft. Mas a história é sobre uma menina que carrega um caixão. Não, não se
trata de uma versão moeficada do
clássico de 1966, Django. Hitsugi no Chaika estreou com história tão incógnita quanto
sua protagonista, Chaika, que conversa com palavras entrecortadas e não tem
memórias claras, apenas sabe que precisa cumprir uma determinada missão, da
qual também não conhece detalhes. A execução do primeiro episódio é chamativa,
além do belo visual e bem movimentadas sequências de ações com os personagens
correndo ou lutando, a trilha sonora teve um peso significativo sobre tais sequências.
Com um roteiro enxuto e direção que faz um storyboad de uma forma que a
narrativa flua suavemente em linha reta, Hitsugi no Chaika mostrou ter um
grande potencial, veremos o que vem a seguir.
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