quinta-feira, 10 de abril de 2014

Primeiras Impressões da Temporada de Primavera [Parte 4]

Hitsugi no Chaika, Black Bullet, No Game No Life, Mahou Shoujo Taisen. Essas foram algumas das estreias recentes, comentadas aqui.

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Mahou Shoujo Taisen (Magica Wars) Gainax 
Nessa história, cada uma das 47 prefeituras do Japão é representada por uma garota mágica, que disputarão entre si em uma espécie de torneio. A premissa tem potencial, bastante, uma pena que o formato seja limitador. São 4 minutos, incluindo opening e ending. É muito pouco para contar uma história realmente grande, mas o anime faz parte de uma franquia multimídia de jogos e aplicativos, ele tá ai mais pra marketing mesmo. Os projetos de designs de personagens foram selecionados através de um concurso realizado no imageboard Pixiv e cada uma das seiyuus que darão voz às garotas magicas são do lugar que representam. A animação é baixa e o visual é bonito. Os desenhos de storybord do diretor Ayano Ohnoki fazem uma loucura visual divertida e repleto de deformações no design de personagens. Talvez seja melhor se maratonando, já que a história aparenta ser contínua e não em esquetes.
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No Game No Life  Madhouse 
A alardeada adaptação da light novel do brasileiro Yuu Kamiya (saiba mais aqui), estreia com expectativas e pelo menos aqui, correspondeu positivamente. No Game No Life não tem segredo, é a velha fantasia escapista otaku de se refugiar na fantasia glamorosa do universo 2D para fugir da realidade nada atraente, só que dessa vez um pouco mais literal e flertando com outra poderosa esfera otaku (vamos lembrar que no Japão, otaku é sinônimo de fã hiper dedicado ao hobbie): os games. Diferente da primeira fase de SAO, No Game No Life não tem a menor pretensão de tornar o universo de sonhos em um lugar maldito, mas sim num mundo colorido, divertido, em que os maiores conflitos são resolvidos jogando. Ou seja, se divertindo. Esperem muitos tropos otakistas, como o subtexto sexual entre um irmão mais velho e a irmã caçula pré-pubere, com alguns cortes levemente apimentados.

Com direção da competente e bonitinha Atsuko Ishizuka (Aoi Bungaku Series, Sakurasou no Pet na Kanojo) e composição de roteiro do irregular Jukki Hanada (Chuunibyou 1 e 2, Steins;Gate), foi uma ótima estreia. Soube ser movimentado, dinâmico e apresentar o universo e sua estrutura básica, sem perder a solidez. A dupla de protagonista se interligou muito bem a este universo, até aqui, o que muitas vezes acaba sendo um problema em primeiros episódios rápidos, onde nem direção nem roteiro conseguem tornar as ações de seus personagens criveis – claro que ha de se levar em conta que a estrutura de No Game No Life é simples como a maioria das light novels e a motivação de seus personagens facilmente relacionáveis. A animação como um todo [incluindo character design, fotografia, fluidez de animação] é bonita, apesar de parecer ter saído dos filtros de usuários de Tumblr que exageram na saturação para dar uma atmosfera cool. Isso faz com que em alguns momentos do anime as cores de tonalidades mais fortes e semelhantes se anulem entre si, ao invés de gerar um contraste visual atraente. 
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Black Bullet – Kinema Citrus/ ORANGE ANIMATION STUDIO
Mais uma vez, a humanidade nas mãos de estudantes emocionalmente instáveis. Esse episódio teve uma composição ruim, a despeito de belos momentos de ação bem fluida. Uma mistura de roteiro expositivos, diálogos preguiçosos e idiotas (como o de Enju com a vitima, que de repente se deu conta de que tinha morrido “oh, é verdade, eu morri” puff) e uma combinação de atmosferas que não se integraram bem como um todo. Ora se tem uma atmosfera grave em um mundo a beira do colapso, ora uma relação cotidiana estranhamente mal definida entre a pré-pubre Enju Aihara (Rina Hidaka) e Kagetane Hiruko (Rikiya Koyama), em meio a informações despejadas de um modo anticlimático. Soa como um recorte mal feito onde as partes não se integram suavemente. Sentimentos mistos aqui. Boa sorte aos marinheiros que permanecerem neste barco.
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Hitsugi no Chaika (Chaika - The Coffin Princess) – BONES
O começo deste anime parece ter saído de algum conto de Lovecraft. Mas a história é sobre uma menina que carrega um caixão. Não, não se trata de uma versão moeficada do clássico de 1966, Django. Hitsugi no Chaika estreou com história tão incógnita quanto sua protagonista, Chaika, que conversa com palavras entrecortadas e não tem memórias claras, apenas sabe que precisa cumprir uma determinada missão, da qual também não conhece detalhes. A execução do primeiro episódio é chamativa, além do belo visual e bem movimentadas sequências de ações com os personagens correndo ou lutando, a trilha sonora teve um peso significativo sobre tais sequências. Com um roteiro enxuto e direção que faz um storyboad de uma forma que a narrativa flua suavemente em linha reta, Hitsugi no Chaika mostrou ter um grande potencial, veremos o que vem a seguir.

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