Sem pensar muito, o foco semanal de Kuzu se dá nas declarações de Hanabi e Mugi para seus amados professores. Se a conversa entre ambos dava a certeza e conformidade com a rejeição, a voz interna na hora das revelações sugere ideais diferentes, o que é demonstrado nas situações que sucederam os encontros.
Só que, enquanto Hanabi e seu alvo são ambos ingênuos, tímidos e acanhados, o que resultou num constrangimento consolatório que parece reforçar as convicções da menina, Mugi e a professora estão em outro espectro mundano.
O rapaz soa quase cômico em sua calorosa e masoquista ânsia por trocar intimidades com sua sensei, mas para sua idade, até pelo que fora mostrado em flashbacks passados, é nítido sua vivência em libertinagem precoce. Como a comparação direta é com Hanabi, sua superioridade no quesito é inegável.
E isso nos leva à professora, que dispensa comentários. Haveria espaços para reviravoltas e hipóteses caso a real personalidade dela fosse segredo para o estudante. Não é. Ele avistou o espinho e, irremediavelmente seduzido, optou por afagá-lo. Sabe que será aceito, ainda que não por empatia, e sim por pura satisfação. Nisto, eles se assemelham. Um busca o prazer do outro. Mas para um, pelo que inferimos através das próprias palavras de Mugi, de “querer mudá-la”, a expectativa é além do carnal.
Assim, os caminhos se separam. Hanabi parece florescer sentimentos por seu outrora substituto físico. Agora, a química parece estar em jogo. Não se veem mais como objetos, e sim como indivíduos distintos, o que já fora simbolizado anteriormente através de facer tingidas de vergonha.
Mas ele, por mais que a tenha em maior quista do que o previsto, ainda está preso em outra.
Carlos escreve sobre idols em seu blog Delirios da Madrugada.